quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

COLETÂNEA CONHECENDO OXUM - SINCRETISMO NO SUL E SUDESTE DO BRASIL

Dando continuidade ao fato do SINCRETISMO RELIGIOSO relacionado à ORIXÁ OXUM pelo BRASIL, vamos nos estender a esta realidade nas REGIÕES SUL E SUDESTE, através da devoção à NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA

Motivo principal deste SINCRETISMO foi o fato desta devoção ter se dado inicialmente no final do tempo da ESCRAVATURA dos NEGROS, no BRASIL. Bem como o encontro de sua imagem nas águas do RIO PARAÍBA, em APARECIDA DO NORTE - SP, de onde sua imagem foi retirada. Seguida de vários fatos milagrosos relatados em nossa história brasileira.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida


Imagem de Nossa Senhora Aparecida, que apareceu para os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves em outubro de 1717. Nossa Senhora da Santa Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.

Instituição da festa: 1980. Venerada pela Igreja Católica.
Principal igreja: Basílica de Nossa Senhora Aparecida, Aparecida, São Paulo.
Festa litúrgica: 12 de outubro.
Atribuições: Pesca milagrosa.
Padroeira de: do Brasil, das grávidas e recém-nascidos, rios e mares, do ouro, do mel e da beleza.
Polêmicas: O Chute na santa.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, popularmente chamada de Nossa Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil, venerada na Igreja Católica. Um título mariano negro, Nossa Senhora Aparecida é representada por uma pequena imagem de terracota da Virgem Maria atualmente alojada na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo. 

Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de outubro, um feriado nacional no Brasil desde que o Papa João Paulo II consagrou a Basílica em 1980. A Basílica é o quarto santuário mariano mais visitado do mundo, e é capaz de abrigar até 45.000 fiéis.

Aparição

Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma. 

A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá. 

Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica.

O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde. 

Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus. Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente. Ao invés de peixe, ele apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria sem a cabeça. Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço. 

Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la. A partir daquele momento, segundo os relatos, os três pescadores apanharam tantos peixes que foram obrigados a voltarem para o porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar a embarcação deles. Este foi o primeiro milagre atribuído à imagem.

Início da devoção

Durante os quinze anos seguintes, a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. 

A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos supostos poderes da imagem foi se espalhando por todas as regiões do Brasil. 

Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo tornou-se pequeno para abrigar tantos fiéis.

Assim sendo, por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. A capela foi erguida com a ajuda do filho de Filipe Pedroso, que não queria construí-la no alto do Morro dos Coqueiros, pois achava mais fácil para o povo entrar na capela logo abaixo, ao lado do povoado. Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então Principe Regente do Brasil Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

O número de fiéis não parava de aumentar e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basílica Velha), sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888.

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