sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

OS CABOCLOS E CABOCLAS DE YEMANJÁ

A Linha de Yemanjá, também chamada de linha do POVO DO MAR ou POVO D’ÁGUA, se apresentam na Umbanda na forma de caboclas; gostam de trabalhar com água do mar ou água com sal grosso, Perfumes e espelhos (elementos que também servem para uma oferenda para as entidades no nível de protetoras e não no nível de guias e orixás).

Fazem uso da mecânica de incorporação emitindo sons que são verdadeiros mantras que são confundidos por lamentos devido a associação do canto das sereias. Nada impede que médiuns homens trabalhem com essas entidades pois todos têm o equilíbrio dentro de si.

O Orixá Ancestral é representado no planeta Terra (no plano físico e astral) pelos “7 Orixás Menores”.

Na Vibração de Yemanjá, os caboclos e caboclas são:


Cabocla Yara


Cabocla Estrela do Mar 


Cabocla Jurema do mar 


Cabocla Indayá


Abaixo dessas Entidades, temos os Guias de Yemanjá: 


Caboclo do mar 


Caboclo 7 Luas 


Cabocla Jandira

Ainda dentro da Hierarquia Sagrada, logo abaixo, temos os Protetores. Dentre eles citarei: 


Caboclo Lua  


Cabocla Jurema da Praia 

Vamos ver as(os) Caboclas(os) mais conhecidos  de Yemanjá

Diloé 

Cabocla da Praia
Estrela d'Alva 

Janaína
Jandira 
Jacira 
Sete Ondas 
Espero que esta simples colaboração possa ter ajudado em algo, bem como ter aumentado um pouco mais nosso conhecimento como membros desta religiosidade tão vasta, linda e magnifica.

AS LENDAS DOS ORIXÁS

Sejam bem vindos novamente ao BLOG OLHOS DE OXALÁ.

Devido à complexidade de cada Orixá, que é vasta. Achei mais conveniente, após a nova reestruturação do BLOG, expor os aspectos do Orixá em si, sua força, seu lugar proveniente. Descrevê-lo de fato sem extrair ou adicionar coisas inexistentes.

Nesta semana dedicaremos total carinho como fizemos ao descrever sobre nosso Pai OXALÁ, nas suas pessoas de OXALUFÃ E OXAGUIÃN, onde tudo começou e cujo BLOG é dedicado, para agora falar de nossa amada Mãe YEMANJÁ.

É muito triste hoje ver filhos de santo, sejam eles yawôs (recém iniciados até os sete anos), Egbomis (filhos após os sete anos) e até Babas ou Yalorixás sem um conhecimento verdadeiro de cada lenda, e de cada forma que os Orixás se apresentam, de suas folhas, cores, dia da semana em que são comemorados, como temos visto por ai.

Assim podemos além de ir conhecendo, também podemos ir despertando o carinho, a admiração por cada um deles.  Devemos nos lembrar que Yemanjá, por seu caráter materno, meigo assim como é muito cultuada e admirada principalmente pelo nosso povo querido do Rio de Janeiro. É um Orixá que esta presente direta e indiretamente na vida de todos nós.

Desta maneira, assim sem medos e receios, vamos nos abrindo ao conhecimento não somente dedicado a esta grande orixá, mas bem como a cada um.

Um grande abraço e não deixem de colocar seus comentários.

Yemanjá – parte II



Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja "Iemanjá" ou Yemoja, é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão Iorubá "Yèyé omo ejá" ("Mãe cujos filhos são peixes"), identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejibe e ossá, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba Yemanjá.

África


Na Mitologia Yoruba, a dona do mar é "Olokun" que é mãe de Yemanjá, ambas de origem Egbá.

Yemojá, que é saudada como Odò (rio) ìyá (mãe) pelo povo Egbá, por sua ligação com Olokun, Orixá do mar [masculino (no Benim) ou feminino (em Ifé)], muitas vezes é referida como sendo a rainha do mar em outros países. Cultuada no rio Ògùn em Abeokuta.

História

Pierre Verger, no livro Dieux D'Afrique, registrou: "Iemanjá, é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemanja. Com as guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas, transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade, e o rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o orixá do ferro e dos ferreiros."

Brasil


Yemanja - escultura de Carybé em madeira Museu Afro-Brasileiro, Salvador (Bahia), Brasil.

No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas.

Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro, a maior festa do país em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.

Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional "Banho de pipoca" e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orixá.

Na Umbanda, é considerada a divindade do mar, além de ser a deusa padroeira dos náufragos, mãe de todas as cabeças humanas.

“Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta” – Jorge Amado.

Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de "sincretismo" encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadimissíveis tais "manifestações pagãs" em suas propriedades. Embora tal invocação tenha caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a "Janaína do Mar" e como canções litúrgicas.

Pela primeira vez em 2 de Fevereiro de 2010; uma escultura de uma sereia negra, criada pelo artista plástico Washington Santana, foi escolhida para representação de Iemanjá no grande e tradicional presente da festa do Rio Vermelho, Salvador, Bahia em homenagem à Àfrica e a religião afrodescendente.

Qualidades

Aqui irei enumerar algumas das qualidades mais conhecidas, mas que na verdade ao todo são 14 qualidades, que em breve irei postar. 

Yemowô - que na África é mulher de Oxalá,
Iyamassê - é a mãe de Sàngó,
Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá,
Olossa - lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,
Iemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé,
Iemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável,
Iemanjá Saba ou Assabá - está sempre fiando algodão é a mais jovem.
  • Dia: sexta-feira.
  • Data: 2 de fevereiro.
  • Metal: prata e prateados.
  • Cor: prata transparente, azul, verde água e branco.
  • Comida: manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya, ebô e vários tipos de furá, melancia, cocada branca.
  • Arquétipo dos seus filhos: voluntarioso, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em extremo, ingênuos, amigo, tímido, vaidosos com os cabelos principalmente, altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, e tem um certo medo do mar.
  • Símbolos: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras.
Sincretismo


Existe um sincretismo entre a santa católica: Nossa Senhora dos Navegantes é a orixá da Mitologia Africana: Iemanjá. Em alguns momentos, inclusive festas em homenagem as duas se fundem. No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá tem sua data festiva no dia 2 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado, com uma grande procissão fluvial.

Uma das maiores festas ocorre em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, devido ao sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes. No mesmo estado, em Pelotas a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas. Antes do encerramento da festividade católica acontece um dos momentos mais marcantes da festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Pelotas, que em 2008 chegou à 77ª edição. As embarcações param e são recepcionadas por umbandistas que carregavam a imagem de Iemanjá, proporcionando um encontro ecumênico assistido da orla por várias pessoas.


No dia 8 de dezembro, outra festa é realizada à beira mar baiana: a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Esse dia, 8 de dezembro, é dedicado à padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia, sendo feriado municipal em Salvador. Também nesta data é realizado, na Pedra Furada, no Monte Serrat em Salvador, o presente de Iemanjá, uma manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar - também conhecida como Janaína.


Na capital da Paraíba, a cidade de João Pessoa, o feriado municipal consagrado a Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro, é o dia de tradicional festa em homenagem a Iemanjá. Todos os anos, na Praia de Tambaú, instala-se um palco circular cercado de bandeiras e fitas azuis e brancas ao redor do qual se aglomeram fiéis oriundos de várias partes do Estado e curiosos para assistir ao desfile dos orixás e, principalmente, da homenageada. Pela praia, encontram-se buracos com velas acesas, flores e presentes. Em 2008, segundo os organizadores da festa, 100 mil pessoas compareceram ao local.

Festa do Rio Vermelho


A tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Iemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais.

A festa católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, enquanto os terreiros de Candomblé e Umbanda fazem divisões cercadas com cordas, fitas e flores nas praias, delimitando espaço para as casas de santo que realizarão seus trabalhos na areia.

No Brasil, Iemanjá na versão de Pierre Verger, representa a mãe que protege os filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos, ou vários peixes, que adora cuidar de crianças e animais domésticos.

Cuba


Em Cuba, Yemayá também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana.

Lydia Cabrera fala em sete nomes igualmente, especificando bem que apenas uma Iemanjá existe, à qual se chega por sete caminhos. Seu nome indica o lugar onde ela se encontra.

Acontecimentos extraordinários
  • No ano de 2008, dia 2 de fevereiro, a Festa de Iemanjá do Rio Vermelho na Bahia, coincidiu com o Carnaval. Os desfiles de Trios elétricos foram desviados da região até o fim da tarde, para que as duas festas acontecessem ao mesmo tempo.
  • Antecedendo o réveillon de 2008, devotos da Orixá das águas, estiveram nesse momento, com suas preces dirigidas a um arranha-céus, em forma de um monólito negro, na praia do Leme em Copacabana onde era costume, no último minuto do ano, surgir uma cascata de fogo, no topo desse monólito, iluminando o entorno bem como as oferendas.
  • Todo réveillon, principalmente na Cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana, milhares de pessoas se reúnem para cantar e presentear Iemanjá, jogando presentes e rosas no mar.
 Notas
  1. Verger, Pierre. Dieux D'Afrique. Paris: Paul Hartmann (1st edition, 1954; 2nd edition, 1995). 400pp,
  2. Guennes, Duda (07 de Dezembro de 1998). Iemanjá: uma deusa para o próximo milênio. Jornal do Commercio. "Os revéillons das passagens dos anos 1999/2000 e 2000/2201 serão duas grandes festas, com direito a comemoração dupla: o século e o milênio. Por certo, os festejos serão presididos por uma nova Rainha: Iemanjá, a deusa das águas”