quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Escolas de samba homenageiam os Orixás

Motumbá irmãos, com grande alegria venho postar para todos vocês alguns vídeos muito legais. 

Vídeos estes, dedicados aos nossos grandes ORIXÁS. Verdadeiras coreografias, cheias de alegria, beleza e acima de tudo alegria em dedicar parte do tempo e esforço de um CARNAVAL, aos Orixás. Espero que gostem. 




A Quaresma e a Semana Santa no Candomblé


Muito antes do Advento de Jesus de Nazaré, o povo africano já respeitava a Quaresma, porém com um significado totalmente diferente do Cristianismo. Enquanto estes celebram a morte e a ressurreição de Cristo, os africâneres param suas funções e celebram o Olorogún, período em que os Orixás e Voduns entram em guerra contra o mal, para trazer o pão de cada dia para seus filhos.

Na quarta-feira de cinzas, todos os Orixás da casa devem ser vestidos e cada filho oferece a eles suas comidas preferidas, os atabaques são recolhidos, depois de serem lavados com ervas, somente sendo acordados no Sábado de Aleluia. Sendo a forma de fortalecer os Atbaques da casa.

No Sábado de Aleluia Ogun, guerreiro maior do panteão africano, faz a distribuição dos pães, representando a vitória na guerra pela paz.

No Candomblé a Semana Santa representa a Criação do Mundo, por este motivo, neste período seus seguidores devem vestir-se de branco, principalmente na sexta-feira, por ser este o dia em que os Orixás descem do Orún par conhecerem a grande criação de Olorun, executada por Ododuwa.

Na noite de quinta para sexta-feira os seguidores do Candomblé devem se proteger, usando seus contra-eguns, pois nesse dia Yansã está em guerra e não pode conter os eguns que nos rondam. Da mesma forma devemos nos alimentar com comidas brancas, tais como cangica, arroz, arroz doce, acaçás e pães.

Devemos também oferecer esses pratos a Oxalá, em busca de paz e prosperidade.

A Umbanda e a Quaresma


Esse é um assunto polémico para muitos umbandistas. Praticar ou não Umbanda no período da quaresma?

Para aqueles que entendem que podem e devem realizar, aparece um outro dilema. Realizar ou não uma gira de esquerda?

Entendemos que a quaresma é um período de enorme importância para algumas religiões, em especial a católica, em que se recorda um período entre a morte e a ressurreição de Jesus e que é seguido por determinados preceitos. Não que haja algo de mal ou errado nisso, apenas entendemos que este não é um principio da religião de Umbanda.

Entendemos que a Umbanda é uma religião nova e devido a isso grande partes dos seus adeptos são imigrantes de outras religiões, e que a força do hábito e do sincretismo religioso são muitas vezes, por demais fortes, e que acabam se misturando em conceitos e fundamentos.

Mas devemos aprender a separar o que é base fundamental de uma religião de outra.

Assim não compreendemos como algo errado ou pecaminoso (ainda mais que a Umbanda não se utiliza do termo pecado) praticar Umbanda no período da quaresma. Até porque se formos adentrar mais profundamente no assunto, a Umbanda pratica justamente aquilo que o divino mestre tanto pregou: a fé, o amor e o auxilio ao próximo. Tendo isso em vista não vemos como algo contrário e nem motivos para se suspender um trabalho que espalha luz, amor, alegria a vários corações.

Também como não vemos razão de suspender trabalhadores da Luz seja em que período ou época for, por isso não colocamos a nossa esquerda em “stand by”.

Esse conflito em praticar ou não a esquerda na Umbanda durante a quaresma, é mais uma confusão devido a falta de conhecimento do próprio umbandista. Pois a esquerda da umbanda foi no seu início associada com um outro culto, a Quimbanda (nome o qual também ficou conhecido a Esquerda na Umbanda), que é um culto afro-brasileiro com fortes influências da magia negra européia.

Porém, mais uma vez temos que separa uma coisa da outra.

No culto de Quimbanda, onde também se associa Exu, que por sua vez foi associado aos demônios (do grego dáimon que significa “divindade”, “espírito” e que com o tempo ganhou uma conotação negativa) da cabala hebraica. O que acabou por gerar muita confusão ao culto de Exu e suas entidades.

Porém a Umbanda não interpreta e não ver em Exu algo de negativo ou ruim. Pelo contrário, ela enxerga em todos os Orixás da sua esquerda como qualidades divinas que tem como função estimular, potencializar e a impulsionar os homens a desenvolverem suas qualidades e virtudes, e a buscar seu progresso espiritual constantemente, onde através das entidades que atuam através da Esquerda da Umbanda resguardam, protegem a nossa caminhada contra os ataques das sombras.

São verdadeiros e abnegados trabalhadores da Luz, pois atuam como uma polícia especial contra os mercenários das trevas.

Abolir a Esquerda de nossos trabalhos, seja em que período for é o mesmo que dar ferias coletivas a todos os agentes responsáveis pela segurança, pela lei e pela ordem. O que a nosso ver estimularia um caos, pois os agentes do submundo das trevas não respeitam nenhum período e estão sempre pronto a nos armar uma cilada e prejudicar nossas vidas sempre que houver espaço para isso.

E por entender que o trabalho da luz é constante, a Umbanda não para seus trabalhos durante esse período e até entende que a melhor maneira de louvar a vida do mestre é levantar sua bandeira branca em seu nome, dos sagrados Orixás e de nosso divino criador Olorum.

Carnaval, Quaresma, Páscoa e Ano Novo no candomblé – Lorogun


Olorogum, Lorogun ou lórogúné uma obrigação que acontece antes do carnaval e determina um período sem festas nos terreiros de umbanda e candomblé. 

O Olorogum marca o período para descanso coletivo, marcando o final do ano litúrgico. 

O lorogun acontece propositadamente no período da quaresma católica, logo depois do carnaval, terminando justamente no sábado de aleluia (primeiro sábado da lua cheia), onde começa o início do ano litúrgico (Ano Novo) para o povo do santo. 

O encerramento do ano litúrgico acontece durante os quarenta dias que antecedem aPáscoa no católicismo, com o Lorogun, em homenagem a Oxalá. 

Neste ritual não acontece sacrifício animal, embora seja oferecida comida ritual não só aos Deuses, mas à todos os participantes, servidos diretamente por todos os orixás do terreiro, extraordinariamente vestidos com roupas estampadas, menos os orixás funfuns que sempre estão com os seus vestes brancos. 

A comida é comportada em duas capangas à tira colo e distribuída a todos os presentes, depois estas capangas são penduradas na árvore sagrada do terreiro. 

Em seguida, todos os orixás saem com um ichã devida enrolado com tecidos ou papéis e começam simbolicamente uma luta, parecido com maculelê, este mesmo objeto é levado e depositado aos pés da árvore sagrada do terreiro. 

Neste momento todos os orixás seguram nas mãos uma quantidade de folha sagrada, que são passada no corpo de todos os presentes, inclusive uns aos outros, formando um verdadeiro alarido, dando uma impressão de briga ”guerra” que é interrompida com a manifestação de Oxalá, imediatamente tudo volta a calmaria e todos dançam sob um grande alá (pano branco), os cânticos sagrado deste orixá da paz.

 

Fonte: Wikipédia