sexta-feira, 8 de março de 2013

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - MÃE SENHORA


By Mãe Salvina do Cantuá 

Dona Senhora de Oxum teve a satisfação de ver reconhecida a sua liderança espiritual, ainda em vida, em muitas homenagens que recebeu: 

Em 1957, por ocasião do cinquentenário de sua iniciação, foi homenageada com uma grande festa no barracão do Axé lotado dos filhos-de-santo, obás e demais integrantes do egbé, delegações dos mais diversos candomblés da Bahia, personalidades da vida intelectual, muitas delas vindas do Rio de Janeiro e São Paulo, inclusive representações do presidente Juscelino Kubitschek e do seu ministro da Educação. 

Em 1959, por ocasião do IV Colóquio Luso-Brasileiro, realizado pela UFBA, Dona Senhora ofereceu no Axé um grande amalá de Xangô, numa festa pública dedicada aos congressistas. Durante a festa, o escritor Jorge Amado saudou os convidados, em nome do terreiro e de sua ialorixá, dizendo “…Estais em vossa casa porque este terreiro de Xangô, este candomblé de Senhora, tem sido – permanentemente e sempre – uma casa da cultura e da inteligência baiana… somos orgulhosos deste templo e de seu significado. Aqui passaram e estudaram Martiniano do Bonfim, babalaô da casa, nosso Édison Carneiro, o feiticeiro Pierre Verger e hoje nós, homens de cultura, somos os defensores do seu segredo e de sua grandeza, ao lado desta figura invulgar de mulher, feita de uma só peça, rainha, se a este título damos sua significação mais profunda…” 

Em 1965, Mãe Senhora recebeu o título de “Mãe Preta do Brasil” e foi aclamada pelas comunidades religiosas afro-brasileiras, que lotaram o Maracanã, no Rio de janeiro, com seus representantes, além de políticos e jornalistas.

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - DONÉ RUNHO


Maria Valentina dos Anjos Costa nasceu no ano de 1877, descendente direta de escravos oriundos do antigo Dahomey, foi a terceira sacerdotisa da comunidade de candomblé jeje do Terreiro do Bogun (Zoogodo Bogun Male Hundo). Iniciada para o Vodun Sogbo, assumiu o terreiro do Bogun em 1925 - após o falecimento de Gaiakú Romana de Kposú (Kposusi Romaninha) - onde se tornou uma das mais memoráveis sacerdotisas do Candomblé Jeje. Conhecida pelo nome de Mãe Runhó. 

Mãe Runhó comandou o Terreiro do Bogun mantendo os princípios e a tradição africana de culto aos Voduns. Faleceu em 27 de Dezembro de 1975 vítima de um enfarte. Seu enterro foi realizado conforme a tradição; o caixão saiu pela janela da casa e foi transportado pelos filhos de santo, que o carregavam nas costas; a cada encruzilhada três passos a traz e três passos a frente eram dados e seguia o cortejo com cânticos específicos. Ao chegar ao cemitério na Quinta dos Lázaros o caixão é largado ao chão e canta-se em louvor a Ayizan - que representa a memória ancestral, na seita - e logo após é enterrado diretamente na terra como manda a tradição. Antes de cobrir o caixão com terra, cada filho de santo deve jogar um punhado de terra em cima. 

Após a morte de Mãe Runhó o terreiro passou a ser comandado por Evangelista dos Anjos Costa - Mãe Nicinha ou Gamo Lokosi - filha carnal de Mãe Runhó. 

FONTE: Hùngbónò Charles | Maio 3, 2012 at 2:17 am | Categorias: Candomblé | URL: http://wp.me/pds6I-183

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - O MATRIARCADO NO CANDOMBLÉ


A mulher sempre teve uma posição de grande força dentro da nossa religiosidade. Uma religiosidade que se estende diretamente também à UMBANDA SAGRADA, como também dentro do CANDOMBLÉ

Como dirigentes de diversas casas de Santo, são muitas vezes encontradas na política, na organização de todas as funções de grande porte dentro de suas organizações dos seus respectivos Ilês. Um poder que vem de tradição desde suas chegadas aqui no tempo da escravidão, representadas pelas MULHERES NEGRAS, que trouxeram para todos nós essa sublimidade de nossa religiosidade. 

Na África, era comum as mulheres participarem do Conselho dos Ministros. Elas tinham organizações próprias e lideravam um intenso comércio que incluia rotas internacionais. Foi por isso, que na Bahia, a partir século XIX, elas conseguiram o que parecia impossível. Deram à luz a uma Organização religiosa, que conciliou tradições de diferentes povos da Diáspora Africana, resistindo à escravidão e a perseguição policial, com diplomacia, inteligência e fé. 

Esta produção é uma reportagem pensada e produzida por Urânia Munzanzu, Vilma Neres e Lívia Machado, estudantes de Comunicação Social (Jornalismo) pelo Centro Universitário Jorge Amado. Uma produção pensada para a disciplina de Telejornalismo II, sob orientação da Mestre Silvana Moura.


COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - NAÇÃO BATUQUE



O Batuque ou simplesmente Nação, é uma religião afro-brasileira, ou quem sabe afro-gaúcha, pois está presente principalmente neste estado e em lugares vizinhos a ele (como Santa Cataria, e outros países como Uruguai e Argentina). 

Tem seu culto voltado aos Orixás e é fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria, com as nações Jeje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô (e as chamadas “mistas” como Jeje-Ijexá, Jeje-Nagô, Nagô-Ijexá, etc). Apesar de diversas nações o culto do Batuque é praticamente homogeneo em todas as casas predominando a cultura Ijexá que cultua doze orixás (Bará, Ogum Oyá, Xangô, Odé e Otin, Ossanha, Obá, Xapanã, Oxun, Yemanjá e Oxalá), além dos Ibejis. 

A Nação Oyó se caracterizava principalmente pela ordem das rezas: primeiro tocava-se para todos os Orixás masculinos, depois para os femininos, e finalizava-se com Oyá, Xangô e Oxalá (Oyá e Xangô no final, representando o Rei e a Rainha de Oyó)e dizem também que ao final da cerimônia, os orixás carregavam a cabeça dos animais a eles sacrificados, já em estado de decomposição, na boca. 

A Nação Cabinda embora de origem bantu não cultua nkisis (muitos desconhecem esta palavra), mas sim Orixás, os mesmos de Ijexá, com acréscimo de algumas qualidades de Bará (Bará Legba) e Oyá (Oyá Dirã, Oyá Timboá) e o culto aos Eguns é muito forte nesta nação, tendo toda a casa de Cabinda o assentamento de Igbalé (casa dos mortos). Nesta nação os filhos de Oxun, Yemanjá e Oxalá podem entrar e sair dos cemitérios quando bem quizerem, sem que sua obrigação ou feitura seja prejudicada, diferentemente das demais nações, onde os filhos destes orixás só podem entrar em cemitérios quando for algo extremamente importante. 

A Nação Jeje, assim como a Cabinda, adotou o panteão Yoruba dos orixás, que são os mesmos de Ijexá, sendo muito comum as casas de Jeje-Ijexá. Muitos sacerdotes da Nação Jeje do Batuque desconhecem a palavra Vodun, embora se tenha relatos de culto a algumas destas divindades antigamente. Os descentendes de Pai Joãozinho do Bará (Esú By) são os que mantém firme as tradições desta nação, como o uso de agdavís em seus rituais (chamado “Jeje de pauzinhos”), o assentamento de Ogun semelhante ao do Vodun Gun no Daomé, e existência de pessoas iniciadas para Dan e Sogbo. As cerimônias se iniciam com a parte Jeje (com cânticos no dialeto fongbe) e a dança em pares (simbolizando o par da criação Mawu-Lisa) e o toque com as “varinhas” e depois a parte Yorubá com as rezas tradicionais do Batuque. 

A Nação Nagô é muito parecida com o candomblé tanto nas cerimônias como nas características dos Orixás. Nesta nação usa-se sacrificar os animais deitados e não suspensos como nas demais. Está quase extinta. 

Orixás do Batuque 

Os Orixás cultuados no Batuque são doze: Bará, Ogun, Oyá, Xangô, Odé, Otin, Ossanha, Obá, Xapanã, Oxun, Yemanjá e Oxalá. O culto aos Ibejis varia de acordo com a nação, sendo que em algumas (como na Cabinda) são associados e considerados como qualidades de Xangô (Xangô Aganju di Ibeji) e Oxun (Oxun Ipandá di Ibeji). Alguns orixás se dividem em qualidades, chamadas de “classes de orixá” no Batuque e depois é revelado somente ao filho e ao sacerdote o “sobrenome do orixá” que seria como o orukó/digina do candomblé. No Batuque acredita-se que a pessoa não deve ficar sabendo que foi possuida (“ocupada” é o termo do Batuque) pelo seu orixá, sob pena de ficar louco. Mas alguns dizem que não pode é ficar comentando sobre o que o orixá fez ou deixou de fazer, não se comenta sobre a incorporação. Os orixás do Batuque 

Bará 

É o primeiro a ser saudado em todas as ocasiões, e também é chamado de Exu. É o orixá que representa a comunicação entre os homens e as divindades e é aquele que abre os caminhos. Trás a chave nas mãos, simbolizando o “guardião de todas as portas” e é responsável pelo bom andamento dos negócios e tudo que se relaciona a dinheiro. Suas oferendas são basicamente constituidas com milho torrado, azeite de dendê e opetés de batata inglesa. A cor é o vermelho. Se divide nas classes: 

BARÁ LEGBA ou ELEGBA: é sincretizado ao demônio e usa o tom escuro de vermelho, assentado fora dos templos e é responsavel pela comunicação entre os mundos. Segundo a tradição é daomeano, mas é cultuado somente na Nação Cabinda (?). 

BARÁ LODÊ: assentado fora do terreiro, é responsável pela segurança do mesmo. É o orixá que mantém a estrutura do templo; sua sustentação depende do Bará ou Exu Lodê. 

BARÁ ADAGUE: assentado dentro do terreiro e recebe suas oferendas na encruzilhada. É o mais chamado, pois faz a frente dos orixás Ogun, Oyá, Xangô, Odé, Otin, Ossanha, Obá e Xapanã. 

BARÁ AGELU: é o Bará que faz frente para os orixás das aguas como Oxun, Yemanjá e Oxalá. Em suas oferendas usa-se, além do azeite de dendê, o mel. 

BARÁ LANÃ: tem as mesmas atribuições do Bará Adague. 

Saudação: Alúpo ou Lalúpo 

Dia da Semana: Segunda-feira 

Número: 07 e seus múltiplos 

Cor: Vermelho 

Guia: Corrente de aço (para alguns), vermelho escuro (Legba), vermelha 

Oferenda: Pipoca, Milho torrado, 07 batatas inglesas assadas e azeite de dendê 

Ogun 

Orixá da guerra, do ferro, da metalurgia. Tem praticamente as mesmas caracteristicas que a ele se aplicam no candomblé. Sua cor é o verde e vermelho, mas pode-se usar o azul escuro. Ogun Avagã tem seu assentamento do lado de fora e tem a mesma função de defender e equilibrar a casa, assim como Bará Lodê, e usa cores no tom escuro. Dizem que ele é um Vodum, conhecido como Gún Awagàn. Temos também Ogun Onira (ou Onire) e Ogun Adiolá (que vive junto aos orixás da água, Oxun e Yemanjá). A saudação do Ogun é Ogunhê. 

Saudação: Ogunhê 

Dia da Semana: Segunda-feira para Ogum Avagã 

Quinta-feira para os demais 

Número: 07 e seus múltiplos 

Cor: Vermelho e Verde 

Guia: Vermelho e Verde escuros 

Oyá 

É a divindade dos ventos e das tempestades, uma das esposas de Xangô. Rainha dos raios, ventos e tempestades, Oyá é um Orixá feminino, enérgico, sensual e autoritário. Na mitologia dos Orixás, Oyá primeiramente foi casa com Ogum, traindo-o mais tarde com Xangô, não abandonando as relações com seu primeiro casamento. Em outra passagem mitológica, Oyá é presenteada por Xapanã, que a concede o poder sobre os eguns – espíritos, tornando-se conhecida também por a Rainha dos Eguns. 

Saudação: Epaiêio 

Dia da Semana: Terça-feira 

Número: 07 e seus múltiplos 

Cor: Vermelho e Branco 

Guia: 01 conta vermelha, 05 contas brancas, 01 conta vermelha 

Oyá Timboá (Cabinda) é tida como “a mais quieta” que sabe fazer as coisas. Oyá Dirã (igualmente Cabinda) é a dona dos Eguns. 

Xangô 

O Orixá do fogo e do trovão, Senhor da Justiça, considerado um Orixá vaidoso, que gosta de festas e comemorações. Sua sensualidade atrai as mulheres de modo geral, na Mitologia dos Orixás, Xangô é casado com três mulheres: Oyá, Obá e Oxun. Tem as classes Aganju e Agodô. 

Este Orixá é sempre lembrado, pelos fiéis do Batuque, em casos de difícil resolução e justiça, já que suas atitudes são sábias e rígidas. 

Saudação: Caô Cabecile 

Dia da Semana: Terça-feira 

Número: 06 e seus múltiplos 

Cor: Vermelho e Branco 

Guia: 01 conta vermelha, 01 conta branca, 01 conta vermelha 

Odé e Otin 

No Batuque, estes dois Orixás são cultuados juntos. São os protetores das matas e dos animais silvestres e selvagens. Os filhos de Otin são quase inexistentes, pois na Mitologia, Otin não teve filhos na terra, dando assim as cabeças dos filhos para Odé. Com o passar dos tempos já se nota a existência de filhos de Otin, caso raro e absurdo para muitos Pais-de-Santo. Não se sacrifica para um sem dar para o outro, os animais são os mesmos, mudando apenas o sexo. 

Saudação: Oquebambo 

Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé, para outros Segunda-feira 

Número: 07 e seus múltiplos 

Cor: Azul forte e branco para Odé e Azul forte e rosa para Otin 

Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul, para Odé e 01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa, para Otin. 

Ossanha 

A este Orixá pertence todas as folhas medicinais e ervas utilizadas nos rituais de Nação, por este motivo, temos um Orixá muito respeitado e cultuado em todos as Casas de Religião, podemos dizer que Ossanha possui a solução para todos os problemas relacionados a cura de enfermos, tanto material quanto espiritual. Este Orixá não possui uma das pernas, caminha com auxílio de muletas, quando se manifesta em algum filho, este dança normalmente em apenas em uma de suas pernas. 

Saudação: Ewe o 

Dia da Semana: Segunda-feira 

Número: 07 e seus múltiplos 

Cor: Verde Claro e amarelo. 

Guia: 01 conta verde e 01 conta branca alguns usam verde e amarelo. 

Obá 

Todas as máquinas, carros e navios estão relacionados com Obá, pois a ela pertencem a roda e o leme. Tem as mesma lenda do candomblé. 

Saudação: Exó 

Dia da Semana: Segunda-feira ou Quarta-feira 

Número: 07 e seus múltiplos 

Cor: Rosa 

Guia: toda rosa 

Xapanã 

Sua Mãe, Nanã Burucun, abandonou-o na praia quando pequeno por suas feridas em grande quantidade. Xapanã foi recolhido as profundezas do oceano, cuidado e criado por Iemanjá, que fez para ele uma roupa de palha-da-costa, cobrindo-o da cabeça aos pés. Ficou forte e saudável, porém as cicatrizes nunca desapareceram. Normalmente os filhos deste Orixá são marcados pelo corpo, com pequenas feridas, espinhas, manchas e secreções que assim como aparecem, desaparecem, ficando neste processo pelo resto da vida. Tem as qualidades Jubeiteí, Belujá e Sapatá (este último vem do nome do vodun Sakpata) 

Saudação: Abáo! 

Dia da Semana: Quarta-feira 

Número: 07 e seus múltiplos 

Cor: Vermelho e Preto e para Sapatá roxo. 

Guia: 01 conta vermelha, 01 conta preta, 01 conta vermelha e para sapatá roxa. 

Oxun 

Senhora soberana das águas doces. Todos os rios, lagos, lagoas e cachoeiras pertencem a este Orixá. O casamento, o ventre e a fecundidade e as crianças são de Oxun, assim como, talvez por consequência, a felicidade. O ouro e o dinheiro em todas as suas espécies também são de Oxun. Pela hierarquia é o primeiro Orixá doce seguida de Iemanjá e Oxalá, formando assim o grupo de Orixás chamado de Cabeças Grande. Tem as qualidades Oxun Ipondá ou Pandá (jovem e muito bonita, esposa de Xangô), Oxun Ademun (misteriosa, representa o fundo dos rios), Oxun Adocô ou Docô (cuida das crianças e faz frente com Oxalá) e Oxun Olobá (muito antiga). 

Saudação: Iê iêu! 

Dia da Semana: Sábado 

Número: 08 e seus múltiplos 

Cor: Todos os tons de amarelo, a escolha do tom depende da característica da Mãe 

Guia: toda amarela de um mesmo tom, o tom varia com a característica da Mãe 

Yemanjá 

Com certeza não existiria outro elemento da natureza para representar e ser o habitat deste Orixá, como o mar. O mar é lindo, fascinante e belo, porém na maioria das vezes severo e perigoso quando não respeitado ou usufruído da maneira correta, características diretamente relacionadas com a Grande Mãe. Nanã Borocun que no candomblé é um orixá a parte, no Batuque é uma qualidade mais velha e antiga de Yemanjá. Tem também as qualidades de Boci e Bomi. 

Saudação: Omi odô! alguns usam Omi Odo Iyá! 

Dia da Semana: Sexta-feira 

Número: 08 e seus múltiplos 

Cor: azul claro, azul forte ou incolor, dependendo da característica da Mãe. Para Nanã Borocun usa-se o lilás. 

Guia: toda da mesma cor, o tom do azul ou se for incolor varia com a característica da Mãe e para Nanã o lilás. 

Oxalá 

Pai de todos os Orixá e mortais, Oxalá é o maior e mais respeitado Orixá nas Nações africanas, a paz e a harmonia espiritual são as características deste que é o Criador e Administrador do Universo. Quando moço, se manifesta em seu Cavalo-de-Santo dançando como os outros Orixás, quando se apresenta em suas passagens velhas, chega se arrastando caminhando com dificuldade, muitas vezes fica parado no lugar esperando o auxílio de algum Orixá moço. Pertence a Oxalá de Orumiláia (que no Batuque é qualidade de Oxalá e seria Orumilá no candomblé) a visão espiritual, como consequência o jogo de Búzios. Existem qualidades como Oxalá Olocun (ligado a Yemanjá e as águas), Oxalá Jobocun e Oxalá Dacun. 

Saudação: Epaô Baba! 

Dia da Semana: Domingo 

Número: 08 e seus múltiplos 

Cor: Branco e Branco com preto para Oxalá de Orumiláia 

Guia: toda branca ou 01 branca, 01 preta, 01 branca para Oxalá de Orumilá. A ordem de saudação destes orixás é: Bará (legba, lode, adague, lanã, agelu), Ogun (avagã, onira, olobedé, adiolá), Oyá (oyá timboá, oyá dirã), Xangô (aganju, agodô), Odé e Otin, Obá, Ossanha, Xapanã (jubetei, belujá, sapatá), Oxun (pandá, ademun, doco, olobá), Yemanjá (boci, bomi, nanã-borocun) e Oxalá (olocun, obocun, dacun, jobocun e Oromiláia).