segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

COLETÂNEA LOGUN E O PRECONCEITO - PRECONCEITO CONTRA A MINISSÉRIE SEREIA

Religiosos extremistas pegam no pé da sereia


Depois de implicarem com “Salve Jorge”, chegou a vez dos extremistas religiosos apontarem suas críticas à minissérie “O Canto da Sereia”.

Assim como na novela de Gloria Perez, o alvo é a crença de outras religiões. No caso de “Salve Jorge”, acusavam a Globo de fazer uma novela com um santo pagão, e em “O Canto da Sereia” o que é usado como justificativa aos ataques é o candomblé e o bissexualismo da protagonista Sereia (Ísis Valverde).

Em imagens divulgadas no Facebook, fotos dos personagens da trama aparecem ao lado de um texto escrito em WordArt dizendo “Depois de Salve Jorge agora é Oxum ‘O Canto da Sereia’ Isis Valverde será Bissexual”.

Protesto de pastor contra minissérie “O canto da Sereia” é tema de reportagem da Record

No programa Domingo Espetacular 13/01/13 trouxe uma reportagem abordando o protesto do pastor Divino Aleixo Marinho da Igreja Betel Palavra de Fogo, contra a minissérie “O canto da Sereia” que segundo ele foi uma forma de instruir os fieis do que é contra a Palavra de Deus.


O programa da TV Record entrevistou o pastor da Igreja Betel Palavra de Fogo, que criticou a abordagem feita pela Globo em relação às religiões. Para ele, o tratamento é desigual.

“A distribuição em relação à religião que a emissora em si propõe não é muito justa. Quando aborda um assunto religioso, sempre aborda de uma maneira crítica, ou diminuindo a capacidade que os evangélicos têm. Eles consideram a gente como um povo pequeno, um povo sem cultura”, afirma o pastor.

A reportagem repercutiu ainda as manifestações dos autores Glória Perez e Walcyr Carrasco, que através do Twitter, reclamaram dos protestos contra as produções Salve Jorge e O Canto da Sereia, e ressaltou a declaração da criadora da atual novela das nove, que afirmou ter medo do “modo talibã de ser” dos evangélicos que acompanharam os protestos do pastor Marinho.

Em resposta de Marinho às críticas feitas à sua iniciativa, foi baseada nos princípios que o levaram a pedir que os fiéis não acompanhassem a microssérie: “A minha opinião é que, infelizmente, se era intenção dos criadores ou não, eles passam uma mensagem contrária ao que a Bíblia diz”, pontua.

Procurada pela reportagem da Record, a assessoria da TV Globo pronunciou-se dizendo que a emissora é “laica e assim é vista pela maior parte do público brasileiro”, e se negou a comentar a possibilidade de que exista uma personagem evangélica com status de protagonista na próxima novela que for produzida.

A reportagem do programa Domingo Espetacular ouviu ainda os pastores Diógenes Monteiro e Agenor Duque, que criticaram a iniciativa da Globo em tentar se aproximar do público evangélico.

Para Duque, o Festival Promessas, é uma “jogada de marketing”, que não enfatizou a “pregação do Evangelho”. Já Monteiro ressaltou que ao seu ver, a aproximação é uma tentativa de “maquiar uma série de abusos que têm sido cometidos contra a comunidade evangélica”.

COLETÂNEA LOGUN E O PRECONCEITO - NOVELA LADO A LADO

João Ximenes Braga defende a tolerância religiosa em Lado a Lado



Autor da novela das seis usa personagem de Jurema para apelar pela liberdade às crenças no país

João Ximenes Braga, autor de Lado a Lado em parceria com Claudia Lage, está fazendo muita gente refletir com a trama de Jurema, personagem de Zezeh Barbosa. Ao assumir sua religião no início do século XX, ela vem enfrentando dificuldades que ainda podem ser vistas nos dias atuais.


A constituição da época já previa liberdade religiosa. Mas havia uma lei que proibia jogos de adivinhação e uso de ervas para ludibriar pessoas. Era uma forma de reprimir credos de origem africana. João explica: "A diferença da época de Lado a Lado para agora é que não há qualquer lei contra, pelo contrário. Mas o preconceito ainda é muito forte. Em novembro, a PUC-Rio divulgou uma pesquisa sobre os templos de religiões afro-brasileiras no estado do Rio. Eles mapearam 847 templos e, segundo a pesquisa, mais da metade já foi vítima de 'algum tipo de ação' que pode ser classificada como intolerância em razão da crença ou culto", diz o escritor.


João Ximenes Braga vê com otimismo a discussão de temáticas religiosas em folhetins, e diz que tem recebido muitas mensagens agradecendo a iniciativa.

Conselho de Promoção de Liberdade Religiosa e Direitos Humanos. O projeto, pioneiro no país, trabalha diretamente no enfrentamento dessas ocorrências e na proteção às vítimas de preconceito de ordem religiosa. Reveja a cena da prisão de Jurema.

Braço da Secretaria de Estado da Assistência Social e Direitos Humanos, o órgão vem promovendo em conjunto com outras secretarias do Estado ações para preparar os funcionários que recebem esse tipo de demanda. Inclusive, há um programa de treinamento especial para o contingente das Polícias Civil e Militar no sentido de prepará-los para proteger as vítimas de agressão.

Claudio Nascimento, Superintendente do Programa de Combate à Intolerância Religiosa, ressalta que todas as crenças merecem respeito e cuidado. “Não são só as religiões de matriz africana que passam por isso. Credos islâmicos, judaicos, kardecistas, entre outros, também são alvos de preconceito. Nossa ideia é mostrar que todas as religiões precisam ser respeitadas. Inclusive, aqueles que não possuem crença alguma” ressalta. Reveja a cena em que Jurema é solta e aclamada pelo povo.


Claudio vê com bons olhos iniciativas como a de Lado a Lado em abordar um tema tão atual e de profunda importância para o crescimento da sociedade. “Acompanho capítulos de Lado a Lado e acho fundamental essa abordagem em folhetins, principalmente das 18h. Esse geralmente é um momento em que as pessoas chegam em casa do trabalho, as crianças voltando das escolas, enfim, é muito importante que eles tenham acesso a esse tipo de discussão. A televisão tem papel transformador na cultura de uma sociedade, e pode traduzir para uma linguagem mais clara temas importantes como a intolerância religiosa.”

João enxerga na televisão um poder de alcance muito grande e espera que quem assistiu à cena da prisão de Jurema pela prática do Candomblé possa, no mínimo, discutir a questão em casa com a família e os amigos, ou até mesmo refletir profundamente sobre o assunto. "Mas não acredito que a novela acabe com o preconceito de uma hora para outra", ressalva.

COLETÂNEA LOGUN E O PRECONCEITO - PRECONCEITO AOS ÍNDIOS



É uma pena ainda hoje ver esse tipo de atrocidade preconceituosa de pessoas que nem capacitadas direito para dirigir a Palavra de Deus tem para tentar aniquilar uma crença indígena que esta viva entre gerações mais antigas. Mas que por força das leis dos homens parece que agora todo mundo deve ser evangélico. Fico a me perguntar onde esta ou onde fica o livre arbítrio das pessoas, dos povos e das raças? Fala sério. 

COLETÂNEA LOGUN E O PRECONCEITO - A BELEZA DAS DIVERSAS RAÇAS


Muito se tem falado da beleza num geral. Mas não se tem verificado a verdadeira noção de que cada pessoa tem sua beleza própria, seja oriental, seja europeia, seja ameríndia, seja negra. A beleza é de fato UNIVERSAL


Por vezes existe nas pessoas ou nas coisas um charme invisível, uma graça natural que não pode ser definida, a que somos obrigados a chamar o «não sei o quê» Parece-me que é um efeito que deriva principalmente da surpresa. 

Sensibiliza-nos o fato de uma pessoa nos agradar mais do que deveria inicialmente e somos agradavelmente surpreendidos porque superou os defeitos que os nossos olhos nos mostravam e que o coração já não acredita. 

Esta é a razão porque as mulheres feias possuem muitas vezes encantos que raramente as mulheres belas possuem, porque uma bela pessoa geralmente faz o contrário daquilo que esperávamos; começa a parecer-nos menos estimável. 

Depois de nos ter surpreendido positivamente, surpreende-nos negativamente; mas a boa impressão é antiga e a do mal, recente: assim, as pessoas belas raramente despertam grandes paixões, quase sempre restringidas às que possuem encantos, ou seja, dons que não esperaríamos de modo nenhum e que não tínhamos motivos para esperar. 

Os encantos encontram-se muito mais no espírito do que no rosto, porque um belo rosto mostra-se logo e não esconde quase nada, mas o espírito apenas se mostra gradualmente, quando quer e do modo que quer; pode esconder-se para surgir de novo e proporcionar essa espécie de surpresa que constitui os encantos. 

— com Rusalia Giorgia.

COLETÂNEA LOGUN E O PRECONCEITO - PRECONCEITO RELIGIOSO NAS NOVELAS


Motumbá meus (minhas) irmãos (ãs) do BLOG OLHOS DE OXALÁ

Uma das coisas que atualmente tem virado ponto de discussão entre os internautas, membros do FACEBOOK é de fato a questão da NOVELA SALVE JORGE. 

Durante a criação e gravações da mesma, o foco central, como outras quaisquer apresentadas pela REDE GLOBO DE TELEVISÃO é de fato divulgar, apresentar culturas diferentes. E como já conhecemos o trabalho excelente da autora GLÓRIA PERES, que entre seus vários trabalhos destacamos com maior enfoque a novela O CLONE, que na sua época foi um foco central de criticas devido ao tema central abordado. 

Hoje se vive novamente uma questão parecida, pois o intuito da novela, é de fato apresentar a origem da história arqueológica de SÃO JORGE. Um guerreiro muito fervoroso e que lutava para conquistar seus objetivos de acordo com a monarquia de sua época e claro respeitando a sua religião. 

Mas isto hoje em dia não tem sido lembrado para muitos membros das religiões protestantes, devido a SÃO JORGE ser um santo cultuado e votivo dentro da IGREJA CATÓLICA. Bem como ser um Santo muito reverenciado dentro da UMBANDA SAGRADA, tendo seu sincretismo com o ORIXÁ OGUM, de forte atuação também no CANDOMBLÉ

Motivado por este tipo de situação resolvi postar esta colocação de meu amigo DOFONO WALLACE DE YEMONJÁ, que sabiamente foi muito feliz nas suas palavras e na sua pesquisa. 

Divertido é que, se a questão com o S. Jorge é de "evidência arqueológica", então a maioria dos personagens da Bíblia tá lascado... afinal, nunca ouvi dizer de alguém que foi a Jerusalém e tenha visto algum dos restos mortais de Davi, Moisés, Isaías..... 

O blog do bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (controladora da Record) chegou a publicar um texto assinado por Vanessa Lampert, que alega que São Jorge sequer teria existido: seria uma lenda de origem babilônica encampada pela Igreja Católica. 

Ela se esquece de que não há provas arqueológicas nem documentais da existência física do Rei Davi: ele só é mencionado no Antigo Testamento. Mas o que importa é inflamar o autodenominado "povo de Deus". 

Quem quiser conferir o Blog do Bispo: http://www.bispomacedo.com.br/

COLETÂNEA LOGUM E O PRECONCEITO - A CULPA SEMPRE CAI SOBRE NÓS


Dia de desordem e destruição em Brejo da Madre de Deus 

BREJO DA MADRE E DEUS – O dia foi de caos ontem no distrito de São Domingos, em Brejo da Madre de Deus, no Agreste. Revoltados com a morte de Flanio da Silva Macedo, 9 anos, assassinado em ritual macabro, moradores da comunidade botaram fogo em pelo menos seis casas de pessoas acusadas de atuar como pai-de-santo. O tumulto tomou conta do distrito e a polícia não conseguiu conter os atos de vandalismo, que atingiu também pessoas que nada tinham a ver com o a morte da criança. A situação só começou a se normalizar no começo da tarde, com a chegada de reforço policial, inclusive o Batalhão de Choque e dois helicópteros. 

Os atos de vandalismo começaram logo cedo, por volta das 7h. Os incêndios aconteceram em sequência e foram causados por centenas de pessoas de todas as idades. Alegando que queriam matar todos os “macumbeiros”, a turba descontrolada tomou as ruas da cidade e incendiou casas em vários bairros. 

Uma das primeiras fica localizada na Travessa São João, no centro do distrito de São Domingos. A pequena residência, de um homem identificado apenas como Vavá, teve os móveis retirados e queimados na frente. O fogo também atingiu o imóvel, que ficou parcialmente destruída. “Muita gente invadiu a tocou fogo. Ele usava coisa de catimbó. O pessoal está tocando fogo em todas as casas dos catimbozeiros”, disse o autônomo Jânio Arruda. Segundo populares, o morador já tinha fugido e a casa estava aberta. Um homem foi detido durante o ato de vandalismo. 

Enquanto a polícia tentava controlar a situação na Travessa São João, recebeu a informação de que a multidão já estava atacando outra residência, desta vez na Rua Francisco Borba Xavier, conhecida como Rua da Lama. Segundo vizinhos, a dona da casa, identificada apenas como Dona Carminha, de 78 anos, morava no local com o marido. A população não colocou fogo na residência, mas quebrou móveis e objetos, entre eles algumas imagens de santos de candomblé. 

Fonte: Jornal do Comercio 

Por desinformação, ignorância e distorção da mídia, religiosos de segmentos espiritualistas e de matriz africana vêm sendo perseguidos e tendo seus centros e terreiros invadidos - e em alguns casos destruídos - em Brejo da Madre de Deus, Pernambuco. 

Um homem apontado como “pai de santo” é o principal suspeito de ter planejado e participado do crime juntamente com outras quatro pessoas. Diante da atrocidade do ato, a população enfurecida vem cometendo atos durante esta semana contra centros e terreiros. 

O caso, devido à dimensão, tem ganhado bastante espaço na mídia pernambucana e frequentemente cenas típicas de inquisição e intolerância passam nos canais de comunicação e me deixam perplexa diante de tal atitude, de tamanha agressão começando pelo crime e chegando aos atos de destruição e perseguição religiosa na cidade e em localidades vizinhas. 

A falta de informação ainda é a principal causa desse tipo de ato relacionado a nós, praticantes de religiões de matriz africana. Uma mídia que distorce fatos, uma população ignorante e somos lançados a fogueira para sermos dizimados. 

Especialmente hoje, por perceber que todos esses atos assustadores têm causas maiores, fixas, e não pontuais, questiono até quando as nossas federações continuarão tão desarticuladas nacionalmente, ainda com pouco grito, ainda com pouca vontade de gritar e se manifestar imediatamente diante desses atos, até quando o povo de terreiro irá se calar e quando a Lei 10.639 será praticada com eficácia nas escolas para construirmos cidadãos menos intolerantes, menos manipuláveis e um pouco mais sensatos. 

Como religiosa me pus no lugar de cada um que teve a sua casa de culto destruída, de cada um que foi agredido e imagino o sentimento de impotência e de falta de proteção que nos cerca. Já está passando da hora de unirmos, meus irmãos. Já está passando da hora da nossa religião se transformar na instituição que naturalmente ela deve ser.


MATERIA ENCAMINHADA AO MEU EMAIL PESSOAL MANUFESHOWBOY@YAHOO.COM.BR PELO SITE: O CANDOMBLÉ.  

COLETÂNEA LOGUN E O PRECONCEITO - HOMOFOBIA NA POLÍTICA



Um deputado federal e pastor evangélico fez um chamado no mês de julho de 2012 a todas as denominações evangélicas do Brasil para que se unam contra a criminalização da homofobia e criticou as decisões do Supremo Tribunal Federal “de esquerda” a favor de “tudo que não presta”, incluída aí a “união estável homo-afetiva”

O pastor é longe de ser o único a fazer manifestações públicas desta natureza: basta fazer uma busca em alguns sites fundamentalistas na internet, assistir a determinados programas de televisão e ouvir discursos proferidos por certos parlamentares evangélicos fundamentalistas.

A decisão do STF de reconhecer a união homoafetiva foi uma afirmação da soberania da Constituição no País

Fico me perguntando por que tanto desprezo, tanto ódio, tanta agressão, tanto amedrontamento infundado dos fiéis, tanto anúncio da “catástrofe” por vir que representaria a proteção jurídica dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), e tanta perseguição até contra pessoas que não são LGBT mas que têm manifestado seu apoio à causa da diversidade, vide alguns ataques que já se iniciaram nessas eleições. Nestas posturas, onde está o espírito do cristianismo exemplificado e pregado pelo próprio Cristo? O que aconteceu com o mandamento pregado por ele: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”

A homofobia é pecado, assim como o racismo. Vejam por analogia, quando Tiago relata “Todavia, se estais cumprindo a lei real segundo a escritura: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem. Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo por isso condenados pela lei como transgressores;” e também em Atos: “Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas.” Mesmos fossemos utilizar argumentos de livros sagrados, o que não é o caso, está havendo – sim – acepção da comunidade LGBT.

Querer marginalizar segmentos da sociedade em nome de uma suposta verdade é uma prática perigosa, e também um erro no sentido original da palavra pecar (errar o alvo). A este respeito é impossível não fazer um paralelo com o extermínio nazista de todas as pessoas que – segundo o dogma deles – também “não prestavam”. O resultado disso foi o holocausto. O paralelo também se espelha no seguimento incondicional, cegamente e sem senso crítico, das pregações dos líderes fundamentalistas, até se chegar ao caos irreversível, o verdadeiro inferno na terra: o holocausto no caso do regime nazista; a intolerância e barbárie no caso do islã fundamentalista, por exemplo. Seria imperdoável a religião, no caso o fundamentalismo evangélico no Brasil, errar mais uma vez. 

Os protestantes / evangélicos já sofreram muito no Brasil e em outros países católicos, chegando a ser uma minoria perseguida. Por que então perseguir outra minoria por causa de sua condição sexual? Não se aprendeu nada da triste lição de ser objeto de preconceito, discriminação e até de morte por serem “hereges”, ou terem uma religião diferente da predominante, assim como as pessoas LGBT sofrem hoje por terem uma sexualidade diferente da convencionalmente aceita. Apenas como exemplo, na semana passada publicaram-se os resultados de mais uma pesquisa que apontou que 70% dos gays de São Paulo já sofreram agressão, entre agressão verbal, física e sexual.

Temos plena consciência de que é um erro generalizar e sabemos – de primeira mão – que há muitas pessoas evangélicas que não seguem essas posturas fundamentalistas homofóbicas e, sim, procuram respeitar a todos na profissão e no exercício de sua fé.

Um exemplo é o bispo negro sul africano, Desmond Tutu, da igreja Anglicana, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, que tem se posicionado inúmeras vezes contra a prática de fazer acepção às pessoas LGBT: “Discriminar nossas irmãs e nossos irmãos que são lésbicas ou gays por motivo de sua orientação sexual é para mim tão totalmente inaceitável e injusto quanto o apartheid… Opor-se ao apartheid foi uma questão de justiça. Opor-se à discriminação contra as mulheres é uma questão de justiça. Opor-se à discriminação por orientação sexual é uma questão de justiça. É improvável que o Jesus a quem louvo colabore com aqueles que vilipendiam e perseguem uma minoria que já é oprimida” (tradução minha, fonte). 

Não queremos uma guerra santa ou uma guerra arco-íris, muito menos criar e impor uma “Ditadura Gay” ou um “Império Gay”. Não! Absolutamente! Não queremos ser excluídos das famílias e nem destruí-las, como se alega. Queremos ter a nossa vivência e construir a nossa família da nossa forma, em coexistência pacífica e harmoniosa com as já estabelecidas. A diversidade existe e isso há de ser reconhecido e respeitado. Uma sociedade se faz com toda a diversidade: “Quase sempre minorias criativas e dedicadas tornam o mundo melhor” (Martin Luther King). Não se deve discriminar ninguém, sejam 0,25%, 25% ou 90% da população. Respeitar as minorias é dever de todos, como já diz o grande pacifista Gandhi: “Uma civilização é julgada pelo tratamento que dispensa às minorias”.

Também há muitas pessoas LGBT que são cristãs e para as quais é dolorido serem taxadas de pecadores e desviantes dentro do seio das igrejas, ao ponto de se sentirem excluídas e desistirem de frequentá-las. Neste sentido, gostaria de citar o primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron (partido conservador) em pronunciamento recente: “Eu sei que isso é muito complicado e difícil para todas as igrejas, mas acredito fortemente que as instituições devem redescobrir a questão da igualdade e as igrejas não devem ser oposição a pessoas que são gays, bissexuais ou transgêneros, que também podem ser membros plenos das igrejas, assim como muitas pessoas com visões cristãs profundamente enraizadas são homossexuais”

A igualdade é uma das questões no cerne deste debate. O Brasil é um Estado laico – não há nenhuma religião oficial, as manifestações religiosas são respeitadas, mas não devem interferir nas decisões governamentais – e o País é regido por uma Lei Magna, a nossa Constituição Federal. E a Constituição garante que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e que não haverá discriminação. Por isso as proposições legislativas que visem a restringir nossos os direitos se veem derrotadas uma a uma.

No caso da população LGBT no Brasil, ainda não temos igualdade de direitos em todos os quesitos, e ainda sofremos muita discriminação. Os dados oficiais do governo federal para o ano 2011, obtidos através do módulo LGBT do serviço telefônico Disque-denúncia, revelam que houve 6.809 denúncias de violações de direitos humanos de pessoas LGBT, representando 18.6 violações por dia. As violências mais denunciadas são as de ordem psicológica (42.5%), por discriminação (22.3%) e a violência física (15.9%).

Este quadro, e incluindo também o elevado nível de assassinatos, se repete todos os anos no Brasil. Apesar disso, o Congresso Nacional tem sido omisso e em 11 anos não aprovou nenhuma proposição em resposta a esta situação. Esta omissão é mais um sinal de desrespeito aos preceitos constitucionais da igualdade, da não discriminação, da dignidade humana, entre outros e, acima de tudo, um sinal claro do desrespeito e da indiferença quanto à situação vivida pela população LGBT. Diante disso, não podemos mais ficar de braços cruzados e aceitar o descaso. Buscamos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a possibilidade do reconhecimento de nosso direito à proteção jurídica contra a violência e a discriminação homofóbica, como já existe em 58 países. 

Isso não é uma ameaça à liberdade de expressão, e nem à liberdade de crença. A nossa iniciativa não é um ataque frontal voltado para as igrejas. Defendemos intransigentemente essas liberdades, contanto que não sejam utilizadas como salvo-conduto para ataques à nossa cidadania, e nos defenderemos com todas as armas políticas e jurídicas disponíveis – incluídos aí o Ministério Público e o Judiciário, sempre.

O mandado de injunção apresentado ao STF é uma tentativa de reverter o comprovado quadro de violência e discriminação que nós, cidadãs e cidadãos LGBT brasileiros, vivenciamos nos mais diversos campos, mas que – ao contrário do racismo, por exemplo – não é punido por legislação específica, de modo a incentivar e perpetuar a impunidade de quem pratica esses crimes.

A decisão de 5 de maio de 2011 do STF em reconhecer a união estável homoafetiva foi uma afirmação da soberania da Constituição em nosso País e da indivisibilidade da igualdade dos direitos. Isto quer dizer que não há mais direitos para alguns setores da sociedade, e menos para outros, mas que os direitos são iguais, ou pelo menos deveriam ser, no dia-a-dia da sociedade brasileira. Enquanto o Legislativo Federal persiste em não reconhecer isso, a mais alta instância do Judiciário foi firme e unânime em fazer valer os preceitos constitucionais indiscriminadamente. Que o mesmo exemplo seja dado em relação à criminalização da homofobia.

PALAVRAS DE PEDRO MANUEL T'OGUM - COLETÂNEA PRECONCEITO

Motumbá meus (minhas) irmãos (ãs) de nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ.


Mais uma nova semana se inicia, e com ela novas lutas, histórias, fatos, conquistas, talvez algumas derrotas, mas nada que não se encaixe perfeitamente na grande escola que se chama vida. 

Dentro desta escola, nada se nasce sabendo ou conquistando. A cada dia, uma nova batalha se inicia e com ela temos erros e acertos. Verdadeiras situações que nos fazem de fato amadurecer como pessoas, indivíduos e até seres melhores sociáveis.

Estamos num tempo em que vivenciamos a alegria do Carnaval, onde por breves períodos de tempo,  esquecemos problemas, situações desagradáveis da vida. Até vários problemas são postos de lado e vivemos uma alegria que explode de fato com o som dos tambores. E claro, nesse interim,  outras coisas vão acontecendo.

Dentro de nossa realidade BLOG OLHOS DE OXALÁ, não poderia deixar de ser igual. Situações que envolvem família, amigos, e até o próprio dia a dia. E como temos visto estamos dentro da seqüência central abordada, ser referente a LOGUN-EDÉ, temos visto outras coisas que podem ser abordadas perfeitamente; mesmo não fazendo coligação direta ao mesmo. Como estamos fazendo agora abordando o tema PRECONCEITO RELIGIOSO.

E falar de PRECONCEITO RELIGIOSO é de fato complicado devido a sua vastidão de assuntos e fatores. Afinal de contas, ao analisarmos as questões que envolvem LOGUN-EDÉ, é de fato um ORIXÁ, que traz consigo muitas contradições, entre elas muitos tabus e até preconceitos também.

É preconceitos na própria questão da opção religiosa que cada um escolhe. É preconceitos de Nação para Nação. Preconceitos ligados entre como uma falsa disputa entre membros do CANDOMBLÉ e da UMBANDA SAGRADA

São fatos de preconceitos ligados à credos, raças, sexualidades, enfim vastos assuntos que estão de fato inseridos nestas realidades. E isto acontece conosco também, como um fato que aconteceu atualmente referente a minha pessoa JOSÉ PEDRO MANUEL T'OGUM, com uma pessoa que até alguns dias atrás era tida como AMIGA mas com os fatos, pude ver que de amiga, esta mesma pessoa não sabe em hipótese alguma o real significado da mesma palavra. Mas enfim.

Com a busca de cada vez fazer este meio de comunicação ficar melhor, além dos assuntos que vamos hoje abordar aqui, vou por conta e risco abordar um tema que foi uma verdadeira bomba atômica em nossa realidade social e religiosa. E que logo cedo a própria televisão já tem relatado, chegado aos meios de comunicação mundiais, espalhados pela INTERNET. Estou me referindo à RENUNCIA DO PAPADO DO PAPA BENTO XVI, líder religioso da IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA

Mas mediante todas estas realidades, reforço meu convite e todos (as) vocês: SEGUIDORES,  VISITANTES, AMIGOS, que continuem acompanhando nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ, que trata-se de um serviço de informação a todos que fazem parte de nossa RELIGIOSIDADE, seja ela da UMBANDA SAGRADA, bem como do CANDOMBLÉ.