quarta-feira, 18 de abril de 2012

PAI PEDRO DE OGUM - A UMBANDA EM PORTUGAL


Pai Pedro de Ogum
Babalorixá

O Pai Pedro de Ogum é o Dirigente Espiritual do Templo Sagrado de Umbanda, com Ordem de Ifá (Leitura de Buzíos).

Pai Pedro de Ogum, nasceu em Portugal, na cidade da Covilhã, no Centro de Portugal. O caminho espiritual realizado por Pai Pedro de Ogum passou por conhecer vários tipos de cultos e seitas, tais como os Rosa Cruz e com algumas seitas de fundamento indiano, tal como o Ashram de Guru Maharaji e a Religião Hare Khrisna.

Foram tempos de aprendizagem e de perguntas sem resposta, que muitas vezes o faziam questionar sobre algumas questões dentro da temática espiritual.

Em 1983, foi viver para o Rio de Janeiro, com a sua familia, e foi no Rio que teve o seu primeiro contacto com as Tradições Religiosas Afro Brasileira, pois frequentava como assistente alguns terreiros na zona norte do Rio de Janeiro.

Em 1990, voltou para Portugal e frequentou alguns Centros Espiritas, enquanto fazia o Curso de Engenharia de Telecomunicações. A sua curiosidade pela espiritualidade levou-o a tomar conhecimento com algumas pessoas, que nos anos de 1997, se reuniam para falarem sobre Umbanda e Religiões Afro, e foi dessas reuniões em que participava , que começaram a projectar a criação de um templo de umbanda com raiz de tradição de Angola .

Esse projecto, levou esse grupo ao Brasil, para participarem em Camarinhas e algumas obrigações, e o resultado foi a criação de um Templo de Umbanda em Portugal. Pai Pedro de Ogum, nesse tempo participava como Médium Atendente e desenvolveu o seu trabalho nesse Templo durante oito anos (8), em que trabalhou na implantação desse Terreiro em Portugal e no desenvolvimento de vários projectos internos do Templo.

Mas a metodologia e organização desse templo, exercia um determinado questionamento sobre aquilo que ele sentia do que deveria ser realmente a Umbanda e no ano de 2003, abandonou esse Terreiro.

Durante um ano, procurou encontrar respostas para tantas perguntas e como diz a frase “..o Mestre apareçe quando o Discipulo está pronto”, foi quando na sua busca espiritual, encontra uma Mãe de Santo em São Paulo, e conjuntamente com essa Mãe Espiritual, sábia e conhecedora, começou a encontrar as respostas certas para tantas questões que sempre tinha tido durantes tantos anos.

Com essa Mãe de Santo, realizou todos as Obrigações e rituais para que pudesse receber o Deká e a Ordem de Ifá

Com a participação e incentivo desssa Mãe de Santo e de Pai Francelino de Shapanan, Pai Pedro de Ogum, começou a realizar o seu Caminho Espiritual dentro da Umbanda. Tinha começado um novo processo de criação de um Templo de Umbanda em Portugal.

Assim nasceu o Templo Sagrado de Umbanda em Portugal.

Foi o começo da cristalização do projecto iniciado por Pai Pedro de Ogum.

Actualmente, Pai Pedro de Ogum desenvolve um trabalho de organização e Implementação de uma organização europeia que possa integrar todos os templos de umbanda.
O Pai Pedro de Ogum desenvolve além de tudo, o seu trabalho com a finalidade de apoiar e desenvolver ações para defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano e dos Templos de Umbanda em Portugal, através das actividades de educação cultural, social, profissional e religiosa, além de desenvolver um trabalho de divulgação dos fundamentos da Umbanda, ao efectuar Palestras e Workshops em prol de uma boa informação sobre o que é a Umbanda.

ERES DE OGUM NO CANDOMBLÉ - PARTE I



Motumbá meus (minhas) amados (as) irmãos (ãs).

Muito se tem falado ou buscado saber sobre o que vem a ser os Erês no Candomblé. Que sinceramente difere em atitudes quanto a Umbanda Sagrada. Mas em olhos humanamente falando leigos são quase a mesma coisa. 

Devemos saber que sua presença principalmente no processo de iniciação é importantíssimo como vamos ver no texto abaixo, mas vamos buscar ler com toda a atenção devida.


No Candomblé, Erê é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exacto entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa a sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos do seu Orixá.

A palavra Erê vem do yorubá, iré, que significa “brincadeira, divertimento”. Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Erê (não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.

Durante o ritual de iniciação no Candomblé, o Erê é de suma importância pois, é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.

O Erê às vezes confundido com Ibeji, na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Erê” é mais influenciado por certos aspectos da sua personalidade, que pelo carácter rígido e convencional atribuído ao seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Apanan.

A confusão entre Ibeji e Erê é muito frequente, ao ponto que em algumas casas de candomblé e batuque Ibeji é referido como Erê (criança) que se manifesta após a chegada do orixá, em outras são cultuados como Xangô e ou Oxum crianças. Porém na verdade Ibeji é um orixá independente dos Erês. Dado o facto conhecido e recorrente de que muita gente transita entre o Candomblé e a Umbanda, é também natural que esta confusão se acentue, dados os conceitos e entendimentos diferentes que existem nas duas religiões e que muitas vezes as pessoas não conseguem diferenciar.

Na Umbanda, Erês, Ibejada, Dois-Dois, Crianças, ou Ibejis são entidades de carácter infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer confidências e resolver problemas. 


Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. 

São tidos como mensageiro dos Orixás, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças, Linha de Yori ou Linha de Ibeji. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho e Cosminho. Seus líderes de falange incluem Cosme e Damião. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.

Devemos nos lembrar que um Erê dentro do Candomblé, no processo de iniciação, recebe do Babalorixá ou da Yalorixá um nome novo dado-lhe como que num batismo. Ou seja, o que poderia ser um Joãozinho na realidade Umbanda. Após a iniciação no Candomblé o mesmo pode vir a se chamar depois Escudinho. Para demonstrar bem de que Orixá ele pertence.

Vamos aqui algums exemplos:
Flexinha - Odé;
Joaõzinho Maru;wô - Ogum
Pipoca - Omulu;
Rochinha - Xangô;
Pingo Dourado - Oxum;
Fonte Iluminada - Logun-Edé;
Estrelinha - Yemanjá;
Tempestade - Yansã;
Pilãozinho - Oxaguiã;
Pombinha branca - Oxalufã;

Ou seja estes são alguns exemplos básicos da apresentação deles na realidade do Candomblé, demonstrando de cara a quem eles são de fato pertencentes. 

CONHECENDO OGUM MEGÊ

OGUM MEGÊ NA UMBANDA

“O seu cavalo corre, em ninguém ver, ô salve as sete espadas de Ogum Megê”.



Essa qualidade de Ogum de Umbanda é muito invocada para resolver casos de feitiçaria e outros trabalhos mais pesados, principalmente os que envolvem a Calunga Pequena, ou cemitério.

Esse Orixá anda geralmente nas encruzilhadas e estradas que dão aceso ao campo santo, e sua força se une com a de Omulú, o grande guardião das almas e de sua morada. Grande guerreiro, sempre está atento para o que se passa dentro dos cemitérios, sendo importante que; antes de fazermos qualquer obrigação neste local, levemos presente para ele.

Ogum Megê, assim como os demais Oguns, é um protetor fiel, e sempre que por ele chamamos, encontramos pronto atendimento às nossas súplicas.

Com seu cavalo, este Ogum ronda os cemitérios sempre e nada podemos fazer sem sua devida autorização. Era comum os umbandistas mais antigos, levarem para ele, cerveja, velas, ou outro tipo de oferenda para que ele autorizasse aos exús daquele lugar, que viessem atender a um chamado sempre que deles precisassem.

Usa as cores vermelha e branca, assim como a grade maioria dos Oguns de Umbanda, fuma cigarro ou charuto e quando incorporado, bebe de forma moderada a cerveja branca.

Ao invocarmos algum exú de cemitério para nos ajudar em alguma situação, o Sr. Ogum Megê, vem imediatamente até as proximidades do portão e pergunta a que lugar vai aquele exú, e se ele não foi devidamente homenageado, pode impedir que aquele exú venha trabalhar, e essa é a causa de alguns trabalhos de cemitério não renderem resultados satisfatórios.

Dentro da quimbanda, assim como os demais Oguns, Megê se encarrega de supervisionar os trabalhos que são realizados e se por ventura algo de muito errado for feito, ele imediatamente comunicará às esferas superiores e se dará assim, o início da cobrança daquele ato, primeiramente para o exú e posteriormente para a pessoa que solicitou o trabalho.

Recebe velas brancas, vermelhas e brancas e sempre ao redor dos cemitérios, também costuma receber cerveja branca e algumas pessoas costumam colocar farofa para o mesmo.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

OGUM MEGÊ NO CANDOMBLÉ


Era um terrível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Nascido na cidade de IFÉ e nela cultuado,pois veio na corte de ÒRÚNMÌLÀ em sua chegada a terra.

É considerado filho de YEMONJA e outras vezes de ODÙDUWÀ e, em ambos, seu pai é ÒRISÀNLÁ.

ÒGÚN caça e inventa armas. Deve-se ter sempre a seus pés uma cabaça virada, pois se êle chegar e não encontra-la, fica nervoso. O fogo e o sangue simbolizam a raiva e o desejo de guerrear. Êle teve várias esposas: ÒSUN, OBÁ e OYA, mas a mais importante foi ELESY ÒSUN ORIY, aquela que pintava sua cabeça com pós brancos e vermelhos. Por onde passava conquistava aldeias, cidades, era aclamado e recebia vários nomes: ÒGÚN BENIN, ÒGÚN DAYO, ÒGÚN FENÁN, ÒGÚN KAUANÁ; não são qualidades e sim títulos. Seu principal alimento é o IXÙ ( inhame ) .

ÒGÚN é assentado, geralmente, do lado de fora. Gosta de ficar rodeado de árvores, como YIOBÉ, peregun, sua árvore de maior fundamento, e YIZIEEOU, pé de jaca. Mulher não deve chegar perto.

Sua saudação: ÒGÚN YÈ, PÀTÀKÌ ORÍ ÒRÌSÀ, quer dizer: Salve OGUN, Oricha importante para a cabeça.

Seria o mais velho, a raiz de todos. É um ÒGÚN completo. Come nos cemitérios. Soleteirão, ranzinza e muito sanguinário. Suas cores são o verde claro e o vermelho claro.



OBS: OGUM MEGÊ NESTE VÍDEO É DO RAPAZ QUE ESTA COM ROUPA VERDE CLARA PARA NÃO SE CONFUNDIR COM AS OUTRAS QUALIDADES PRESENTES.