TRADIÇÃO
Xangô é a divindade do trovão, luz, fogo e justiça. Ele se veste impecavelmente, como é evidente nos seus ricos trajes cerimônias, e adora usar jóias decorativas. Sua dança é rápida representando sua realeza, natureza guerreira, virilidade e sua relação com a luz. Suas cores são o vermelho e o branco, seu dia é a quarta-feira e sua saudação È “Kawo Kabiyesile ”.
LENDAS
Xangô é reconhecido como o orixá da justiça
Xangô e seus homens lutavam com um inimigo implacável. Os guerreiros de Xangô, capturados pelo inimigo, eram mutilados e torturados até a morte, sem piedade ou compaixão. As atrocidades já não tinham limites.
O inimigo mandava entregar a Xangô seus homens aos pedaços. Xangô estava desesperado e enfurecido. Subiu no alto de uma pedreira perto do acampamento e dali consultou Orunmilá sobre o que fazer, pedindo ajuda a Orunmilá.
Xangô estava irado e começou a bater nas pedras com o oxé, seu machado duplo. Este arrancava das pedras faíscas, que acendiam no ar famintas línguas de fogo, que devoravam os soldados inimigos. A guerra perdida foi se transformando em vitória.
Xangô ganhou a guerra.
Os chefes inimigos que haviam ordenado o massacre dos soldados de Xangô
foram dizimados por um raio que Xangô disparou no auge da fúria. Mas os soldados inimigos que sobreviveram foram poupados por Xangô.
A partir daí, o senso de justiça de Xangô foi admirado e cantado por todos.
Através dos séculos, os orixás e os homens têm recorrido a Xangô para resolver todo tipo de pendência, julgar as discordâncias e administrar justiça.
(L.Mitologia dos Orixás, 2001, pp.245)