terça-feira, 6 de novembro de 2012

MÃE ANA DE OGUM CONVIDA A TODOS

Com grande alegria MÃE ANA DE OGUM, representante direta do ASÉ OXUMARÊ, aqui em São Paulo. Convida a todos para a grande festividade anual de seu ORIXÁ OGUM, em seu ILÊ ASÉ, aqui em São Paulo.


Nós do BLOG OLHOS DE OXALÁ, estaremos presentes nesta festividade, ao nosso grande PAI OGUM.

ORIKÍ DE OGUM


Ògún ng bátákun rí àwon mbe jì (Ògún eu inteiramente, em qualquer tempo me entrego a você.)
Ké bòro Ògún jò (Corta facilmente Ògún queima como luz do fogo) 

Ògún Ilé (Ògún da casa)

Şó şògo-lo nã (Teimoso glorioso em primeiro lugar)

Ògún Ilé (Ògún da casa)

Ké bòro Ògún jò (Corta facilmente Ògún queima como luz do fogo)

Ké bòro Ògún jò (Corta facilmente Ògún queima como luz do fogo)

Ògún Ilé (Ògún da casa)
Àgó-lo nã Ògún o òní ké (Tenda ou acampamento mais avançado de Ògún hoje chora)

Àgó itęramóşe òní ké (Acampamento perseverante hoje chora)

Ké Ògún ìtoríwa (Chora Ògún chora por nossa conta)

Ké ké boró şó ìtoríwa (Chora corta facilmente teimoso por nossa conta)

Ké ké boró şó ìtoríwa (Chora corta facilmente teimoso por nossa conta)

ORÍKÌ DO ORÍŞA 
Òsí mọ lé (Esquerdo constrói o prosseguir em frente)

Olo mi ní ilé fi ẹjẹ wẹ (Senhor de meu respirar, possui morada em meu sangue) 

Õlà sọ ní ilé (Conserta brigas do lar)

Fi ìmọ bọ rá (Para saber nutrir e guarnecer)

Là ká aye (Nascer do sol colhe os frutos da vida)

Mọju ré (Olha de sosleio e vai embora) 

Ma jẹ ki irin (É feito de denso aço)

Ìjà rẹ ìBa Ògún (Sua luta tem Ògún)

Ìbárẹ olo mi ní ilé (Dedica-se senhor de minha casa)

Fi ẹjẹ wẹ (E do meu sangue)

Fẹ jẹ wẹ ẹjẹ (Amplo feito de sangue bom)

Ta si ilé (Derrama luz na casa)

Ki le rọ (Com suas qualidades, apto faz uso dos metais)

Àşẹ (Força imaterial)

ORIXÁ ÒGÚN - IGBÓ - IGBÒ


Uma interessante cerimônia acontece todas as semanas, na África, para o Orixá Ògún-Igbó-Igbó, na pequena aldeia de Ishede, em Holi, região de floresta úmida situada exatamente na fronteira da república Popular do Benin (antigo Daomé) com a Nigéria. 

Trata-se de uma típica semana Yorubá, cujos dias são dedicados sucessivamente a Exú, Ogun, Xangô e Oxalá. 

Ishede permaneceu muito tempo isolado do mundo exterior, em função da natureza pantanosa do seu terreno, o que dificulta a construção de rodovias de acesso. Desta forma, esta aldeia tinha conservado até 40 anos atrás (quando foi realizado este ensaio fotográfico), os hábitos e os costumes religiosos dos antepassados, totalmente preservados das influências estrangeiras. Ishede era um excelente exemplo do que foram as cidades nagôs-yorubás antes da chegada dos missionários cristãos e mulçumanos e dos representantes do poder civilizatório. 

O Alase (guardião do poder) de Ògún Igbó-Igbó detém, na ladeia, a posição de chefe tradicional. \estando sua autoridade fundamentada na força deste Orixá, o poder que ele possui é de características teocráticas, O Alase assiste e preside as cerimônias realizadas a cada semana Yorubá para homenagem a Ògún Igbó-Igbó. 

O templo de Ògun Igbó-Igbó está localizado numa grande clareira da floresta, vizinha à aldeia. O santuário onde são venerados os ferros de Ògún, símbolos de seu poder, consiste em uma choupana redonda, de teto em forma cônica, precedida de um galpão cujo o telhado de palha é sustentado por pilastras de madeira esculpida. Ao lado do templo tem um pequeno cercado chamado Idomosun, onde são feitas as oferendas aos ancestrais dos participantes da cerimônia. Em outro cercado, em frente ao templo, guarda-se sob os cuidados de Yafero, o odundun, planta que acalma, conhecida no Brasil como Folha da Costa. 

Dois outros Orixás também são abrigados em choupanas ou cabanas, sendo uma de forma cônica, que é o templo de Exú, a outra guarda os objetos sagrados de Oxóssi, o caçador. Existe ainda um abrigo que serve de "caserna" aos Egbenlas, os soldados de Ògún. Os tocadores de atabaques são instalados ao ar livre, ao lado do templo de Ògún. 

Há ainda outros assentos em diversos lugares para os demais dignatários da cerimônia e, finalmente, para as mulheres que cantam para saudar, mas, que não entram em transe durante os rituais. O Alase também não entra em transe, este é um privilégio do sacerdote portador do título de Soba. 

A manifestação da presença de Ògún é acompanhada pelas presenças de Odé e Exú, que incorporam respectivamente em Onisegun e Oluponan. 

Uma mulher, Yafero, é encarregada de acalmar Ògún se ele se tornar muito violento. Ela participa de todas as danças do ritual. 

No dia consagrado a Ògún, o chão da clareira é cuidadosamente varrido, os sacerdotes dos Orixás e os dignatórios chegam uns após os outros tomam assento nos lugares determinados pela tradição. 

Depois de algum tempo de pausa, a orquestra composta de três atabaques entram em ação com seus cânticos e ritmos e os sacerdotes de Saba, Oxogun, Oluponan e Yafero, entram em transe e dançam em harmonia perfeita, uma espécie de quadrilha. Eles vão e vêm , saúdam os notáveis e pessoas presentes, Os egbenlas, soldados de Ògún, acompanham suas evoluções armados de facão. 

Ao fim de um certo tempo, cada um dos participantes retorna a seu assento no lugar que lhes foi reservado, os atabaques param de tocar, os Orixás retornam aos seus templos e os sacerdotes depois voltam para confraternizar com todos. 

Texto de Pierre Verger 
*Publicado originalmente na revista Bric à Brac, IV, Brasília, 1990 
Fotos sobre o texto podem ser vista no livro:Verger|Batiste - Dimensões de uma amizade.

BOM DIA, VAMOS DE OGUM PARA OXÓSSI

Bom dia a todos! Meu sincero Motumbá a quem é de Motumbá. Meu sincero Kolofé, a quem é de Kolofé. Mojubá a todos! E meus sinceros Saravá, a quem é de Saravá.


Em nome de toda EQUIPE OLHOS DE OXALÁ, em nome de toda EQUIPE DE CO-AUTORES, eu Pedro Manuel, COORDENADOR GERAL do BLOG OLHOS DE OXALÁ. Tenho a alegria de partilhar com vocês que daremos início hoje a toda reportagem das postagens de acordo com a REGRA DAS TRÊS PENEIRAS, onde iremos respeitar toda a seqüência correspondente a um tema em questão.


Neste inicio de retorno ao andamento de nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ, vamos reposicionar alguns tópicos pendentes de BABA MY OGUM, que ficaram ausentes na sequencia. Claro que OGUM possui vários assuntos ainda a serem abordados. Mas quando isso ocorrer vamos postar novamente em sequencial descrito com o tema COLETÂNEA OGUM - PARTE II. No presente momento ainda só daremos andamento do mesmo.

Outro tópico foi o fato de percebermos, pelo levantamento que fizemos para esta modificação, que a partir do MÊS DE MAIO DESTE ANO, tivemos uma queda de visitas e participações com respeito às postagens referentes ao ORIXÁ OXÓSSI. Mas verificando todas as postagens sobre este mesmo assunto pude ver que mesmo assim ainda faltou muita coisa.


Desta forma iremos reformular tudo a partir de hoje onde o que faltou será postado em sua totalidade. Teremos maiores explicações e lendas das QUALIDADES MAIS IMPORTANTES de OXÓSSI, como também outras realidades do tipo XIRÊS, CANTIGAS, CABOCLOS E CATIÇOS DE OXÓSSI, COMIDAS DE OXÓSSI, e muito mais informações.

O QUE ESPERO DE VOCÊS? Que participem mais, com seus comentários, criticas e sugestões. Pois isto nos será imprescindível para o bom andamento e excito do mesmo.

Que BABA MY OGUM e BABA MY OXAGUIAN, possam lhes dar caminhos e lhes abençoar em todos os instantes de suas vidas. 

Pedro Manuel T' Ogum