sábado, 21 de abril de 2012

MENSAGEM DO DIA - BELLA

Mais uma vez chegamos até você partilhando uma mensagem encaminhada aos nossos cuidados pelo perfil BARA LONAN BORDADOS do ORKUT de nosso irmão FERNANDO

Esta mensagem é de uma de nossas visitantes, dos dois BLOGS em questão: OLHOS DE OXALÁ e BARA LONAN BORDADOS. Esperamos que gostem.

ILE AGANÂ ASÉ LABURÊ - CONVIDA

Através de nosso irmãozinho MARCOS DE ODÉ, presente em nosso perfil no ORKUT OLHOS DE OXALÁ (O BLOG). O ILÊ AGANÂ ASÉ LABURÊ, convida a todos a prestigiar a FESTIVIDADE DAS QUARTINHAS DE OXÓSSI

AGRADECEMOS a todos que de alguma forma, entram em contato conosco para nos atualizar de novos eventos a serem realizados em suas casas. Participe você também nos encaminhando sua programação.

ITAPECERICA DA SERRA REALIZA MISSA AFRO

Muito temos falado dos grandes feitos de OGUM. O ORIXÁ que vai a frente abrindo os caminhos, bem como temos vivenciado situações sobre o preconceito inter-religioso, ou mais conhecido como INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.

De fato, OGUM, tem feito suas andanças e com elas suas obras e manifestações. E desta vez chegamos em ITAPECERICA DA SERRA, no SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DOS PRAZERES E DA DIVINA MISERICÓRDIA, presidida pelo seu PÁROCO PE. ALBERTO GAMBARINI, responsável pela RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA, da DIOCESE DE CAMPO LIMPO, como Diretor Espiritual.

Bem sabemos que este movimento RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA, R.C.C., foi e é um reavivamento para a IGREJA CATÓLICA, mas também é um dos fortes pregadores contra as religiões afrodescendentes. E claro, OGUM não poderia deixar por menos. Justamente nesta Paróquia foi realizada um evento que em muito colabora com nossa religiosidade.

DEIXAMOS CLARO QUE ESTA REPORTAGEM FOI EXTRAÍDA DA REVISTA MANCHETE, NO ANO DE 2010, MÊS DE NOVEMBRO.

Itapecerica da Serra realiza missa afro na Igreja Matriz 

Em comemoração ao Mês da Consciência Negra, o Conselho Municipal do Negro, em parceria com a Prefeitura de Itapecerica da Serra, da Pastoral Afro e do Santuário Nossa Senhora dos Prazeres, realizou no dia 28 de novembro de 2010 a II Missa Inculturada em Estilo Afro Brasileiro de Itapecerica da Serra. Presidida por Padre Alexandre e pelo Frei Leandro, a celebração contou com a presença de diversas personalidades negras do município.

Entre as autoridades presentes estavam o Deputado Federal Vicentinho, Márcia Farro - assessora do Deputado José Cândido, Sr. Paulo Roberto Esteves Guedes - secretário de Cultura, Frei Leandro da Educafro, Sr. Guilherme Botelho-Doutor em Eucaristia, Sr. Edson Robson – Coordenador de Igualdade Racial de Carapicuíba, Kaká Werá (representante dos povos indígenas), Camila Haruna (representante do povo cigano), os sacerdotes e sacerdotisas Mãe Alessandra de Ogum, Mãe Luciana de Ewá, Mãe Kika de Bessem e Pai Tenório, acompanhados de seus filhos e filhas de Santo.


Celebração contou com personalidades e autoridades

A organização agradece aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a realização da cerimônia: Mestre Canibal e grupo Tupinambá, Mestre Orikerê e os Tropeiros da Serra, Carla Magalhães, Lucimeire Monteiro, Augusto, Chica, Josy, Lacilete, Kátia Cilene, Daniel, PC, Marinalva, Nice e a todas as secretarias envolvidas.

Segundo a ativista e presidente do Conegro, Kátia Trindade, “a missa afro é uma manifestação inculturada que serve de instrumento para combater o preconceito e promover um diálogo inter religioso, a fim de trabalharmos a tolerância, a paz e o respeito pelo diferente, sem segregação e com quebra de paradigmas”

Assim, desejamos que não somente este exemplo possa servir aos nossos irmãos CATÓLICOS, que hoje estão aprendendo a ver a nossa religiosidade com outros olhos. Mas que PROTESTANTES, EVANGÉLICOS EM GERAL, que em qualquer esquina vão abrindo suas IGREJAS sem a menor preparação TEOLÓGICA BÁSICA POSSÍVEL, possam também aprender a olhar nossa religiosidade com outros olhos. 

MEMÓRIAS DA CASA DE OXUMARE


OGUM DEKISI IMPEDE UMA GRANDE INJUNTIÇA 

A fama de Ogum Dekisi, Orixá da saudosa Mãe Simplícia, era conhecida por toda a cidade de Salvador. Pessoas de todos os lugares do mundo vinham até a Casa de Oxumarê para ter a honra de receber um abraço desta divindade de força tão presente. Episódios, como o narrado abaixo, faziam o respeito e admiração pela Yalorixá extrapolar as fronteiras da religiosidade, contribuindo até mesmo para a sua influência política. 

Muito bem conceituado como mestre de obras, Seu Hilário, marido de Mãe Simplícia, era sempre requisitado para fazer serviços na área da Construção Civil em várias partes da cidade, mas isso não agradava à todas as pessoas, gerando desconforto e atritos.

Certo dia, Hilário foi convidado para fazer um trabalho em uma residência na Barra, uma casa de uma família tradicional e rica de Salvador. Ao chegar no local, o mestre de Obras, fez a avaliação do serviço e foi embora, voltaria no outro dia para começar. 

E assim ocorreu, bem cedo depois de seu desjejum, seguiu para o trabalho. Assim que ele saiu, Mãe Simplícia sentiu algo errado, sentiu vontade de ir atrás dele, porem não conhecia o local do novo trabalho do seu marido. Como esposa dedicada, que era, foi até o pegi de Ogum e pediu que o Orixá olhasse por ele. Assim que terminou de acender a vela, falou para suas que tinha sentindo um aperto no peito e não sabia o que era. Passou o dia inteiro preocupada.

Ao final do dia, por volta das 18h, Mãe Simplícia se sentiu ainda mais agoniada, afinal, seu marido ainda não tinha chegado em casa. Ao ir novamente no pegi, Ogum Dekisi tomou o seu corpo e avisou a todos que estavam presentes: 

-Vim aqui apenas para resolver uma pendenga!
Disse Ogum e foi descendo as escadarias da Casa de Oxumarê em direção à Vasco da Gama. As filhas de santo de mãe Simplícia ficaram apreensivas e seguiram o Orixá para onde ele caminhava. De repente estavam em um imenso casarão na Barra. Ao abrirem o portão, encontraram seu Hilário rodeado de Policiais, sendo acusado de um crime que não cometera. Um relógio de ouro tinha desaparecido e Hilário era o principal suspeito e estava sendo encaminhado para a delegacia. Ogum respondeu:

- Foi por isso que vim em terra para dizer que ele é inocente. Desde cedo, eu sabia o que estava sendo armado para culpar este homem e vou mostrar a vocês onde tá o roubo. 

Ogum saiu pela casa e em um canto esquecido apontou para os policiais onde estava o velho relógio escondido. Antes, fez questão de dizer para a filha do casal, patrões de seu Hilário: 

- Sei que foi você fez isso para ele ser preso. Se você não quer ele na sua casa, manda ele sair, mas nunca faça alguém pagar por algo que não cometeu. 

A garota ao ouvir as palavras da divindade caiu em prantos e assumiu ter levantado o falso para o mestre de obras, simplesmente porque não gostava de negros.

Os pais de prontidão pediram desculpas e quiseram presentear o profissional, que recusou. A família ficou tão grata com o ocorrido e depois desse dia passaram a frequentar a Casa de Oxumarê sempre que podiam. Mãe Simplicia passou a ser sacerdotisa da família. Essa história se tornou conhecida em toda a cidade e corria junto a fama de Ogum.

MAE ANA DE OGUM - RECEBE MEDALHA ANCHIETA

Motumbá meus (minhas) irmãos (ãs) do BLOG OLHOS DE OXALÁ.

Entre as vastas pesquisas para postarmos sempre novidades para todos que visitam nosso BLOG, ainda mais se tratando da dedicação que estamos tomando quanto ao ORIXÁ OGUM, partilhamos com todos vocês, mais um prêmio conquistado por esta mulher de OGUM  e que tem muito a nos ensinar. Estamos falando de MÃE ANA DE OGUM.

Vejam vocês mesmos como a sociedade a reconhece numa premiação no ano de 2010:


A Câmara Municipal de São Paulo entregou nesta quinta-feira (9/12/), por iniciativa do vereador Claudio Fonseca (PPS), a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo a Ana Maria Araújo Santos, mais conhecida como Mãe Ana D’Ogun. 

Nascida na cidade de Valência, interior da Bahia no ano de 1944, e tendo estabelecido domicílio na cidade de São Paulo no início dos anos 70, Ana D' Ogun construiu uma trajetória de vida que a credencia como uma das principais representantes do candomblé. 

Iniciada para o culto aos Orixás (candomblé) em 24 de maio de 1960, aos 16 anos de idade, aprofundou-se e mantém viva a tradição do candomblé e ainda inicia inúmeras pessoas na religião.


“Eu quero agradecer a esse povo de São Paulo, que me recebeu de braços abertos”, afirmou Mãe Ana. Ela foi saudada por diversos representantes de entidades afro-brasileiras, como Cosme Aparecido Felix, Leandro Rosa, Profª. Terezinha Bernardo (PUC-SP) e Eduardo Joaquim de Oliveira, ex-presidente da entidade negra do Estado de São Paulo.

“Mãe Ana D’Ogum representa o símbolo da resistência da mulher negra brasileira”, salientou a Profª. Terezinha, destacando a luta pela igualdade racial no País.

No ano de 2010, completou 50 anos de iniciação, juntamente com suas irmãs de barco: Elza de Oxóssi, Walquíria de Oxum e Beth de Oxalá. Motivo de festa para os seguidores da instituição.