Ygimun é de grande importância dentro da casa de santo.
Está ligada à Xangô por se tratar de um acordo do culto aos Deuses africanos, pois esse Deus das rochas detinha o mineral e ela, Ygimum, detinha os espíritos e todas as essências iniciais da natureza.
O acordo foi em que ela necessitava de um corpo sólido para embutir e guardar os espíritos ou as Essências Divinas da Natureza ( Os Orixa ) porém, ele queria dominar os últimos espíritos livres que residiam nas águas profundas e misteriosas de Ygimum.
O acordo deu-se quando a barganha foi selada, pois o rei Xangô lhe ofertou um otá e Ygimum o usou como recipiente (corpo), o otá, pode abrigar qualquer ser , espírito, energia, elemental e até mesmo um Orixá.
Xangô passou a ser o chefe dos espíritos em toda a sua natureza, na água, no fogo, no ar, na terra e em todos os campos e elementos.
E é ela quem guarda as pedras (16 + 1) 17 Okutás, que serão doados por ela, para os assentamentos de todas as outras Oxuns e outros seres e Orixás que serão preparadas no Axé.
É importante, é que no caso de falecimento, esta Iya (Assentamento) não pode ser despachada, pois o mito continua e, é daquele assentamento que continuará saindo os Okutas para as outras feituras de Oxun no Ilê axé.
Se não houver ninguém para dar continuidade ao mito, ninguém para herdar ou tomar conta do Axé, cabe ao sacerdote que estiver fazendo as obrigações do Axexê, devolver aqueles Okutas as águas da cachoeira.
Para isto, deve-se ter um Xangô virado, para que ele com suas próprias mãos devolva às águas os Okutas que sobraram.