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sábado, 23 de março de 2013

COLETÂNEA LENDAS DE XANGÔ - “Kawo Kabiyesile”



TRADIÇÃO 

Xangô é a divindade do trovão, luz, fogo e justiça. Ele se veste impecavelmente, como é evidente nos seus ricos trajes cerimônias, e adora usar jóias decorativas. Sua dança é rápida representando sua realeza, natureza guerreira, virilidade e sua relação com a luz. Suas cores são o vermelho e o branco, seu dia é a quarta-feira e sua saudação È “Kawo Kabiyesile ”

LENDAS 

Xangô é reconhecido como o orixá da justiça 

Xangô e seus homens lutavam com um inimigo implacável. Os guerreiros de Xangô, capturados pelo inimigo, eram mutilados e torturados até a morte, sem piedade ou compaixão. As atrocidades já não tinham limites. 

O inimigo mandava entregar a Xangô seus homens aos pedaços. Xangô estava desesperado e enfurecido. Subiu no alto de uma pedreira perto do acampamento e dali consultou Orunmilá sobre o que fazer, pedindo ajuda a Orunmilá. 

Xangô estava irado e começou a bater nas pedras com o oxé, seu machado duplo. Este arrancava das pedras faíscas, que acendiam no ar famintas línguas de fogo, que devoravam os soldados inimigos. A guerra perdida foi se transformando em vitória. 

Xangô ganhou a guerra. 

Os chefes inimigos que haviam ordenado o massacre dos soldados de Xangô  

foram dizimados por um raio que Xangô disparou no auge da fúria. Mas os soldados inimigos que sobreviveram foram poupados por Xangô. 

A partir daí, o senso de justiça de Xangô foi admirado e cantado por todos. 

Através dos séculos, os orixás e os homens têm recorrido a Xangô para resolver todo tipo de pendência, julgar as discordâncias e administrar justiça.  

(L.Mitologia dos Orixás, 2001, pp.245)

COLETÂNEA LENDAS DE XANGÔ - A LENDA DA RIQUEZA DE OBARÁ

Já postamos a PARTE I deste seguimento, e nem sabemos ainda a quantidade de postagens do mesmo tema. Mas o que esta importando agora é que tudo esta sendo muito bem pesquisado, preparado com todo amor à XANGÔ e com carinho para você ter o gosto de não perder nenhuma. 


A Lenda da Riqueza de Obará


Eram dezesseis irmãos, Okaram, Megioko, Etaogunda, Yorossum, Oxé, Odí, Edjioenile, Ossá, Ofum, Owarin, Edjilaxebora, Ogilaban, Iká, Obetagunda, Alafia e Obará. Entre todos Obará era o mais pobre, vivendo em uma casinha de palha no meio da floresta, com sua vida humilde e simples. 

Um dia os irmãos foram fazer a visita anual ao babalaô para fazer suas consultas, e prontamente o babalaô perguntou: Onde está o irmão mais pobre? Os outros irmãos disseram-lhe que havia se adoentado e não poderia comparecer, mas na verdade eles tinham vergonha do irmão pobre. 

Como era de costume o babalaô presenteou a cada irmão com uma lembrança, simples, mas de coração e após a consulta foram todos a caminho de casa. Enquanto caminhavam, maldiziam o presente dado pelo babalaô, Morangas? Isso é presente que se dê? Abóboras? . 

A noite se aproximava e a casa de Obará estava perto, resolveram então passar a noite lá. Chegando a casa do irmão, todos entraram e foram muito bem recebidos, Obará pediu a esposa que preparasse comida e bebida a todos, e acabaram com tudo o que havia para comer na casa. O dia raiando os irmãos foram embora sem agradecer, mas antes lhe deixaram as abóboras como presente, pois se negavam a come-las. 

Na hora do almoço, a esposa de Obará lhe disse que não havia mais nada o que comer, apenas as abóboras que não estavam boas, mas Obará pediu-lhe que as fizesse assim mesmo. Quando abriram as abóboras, dentro delas haviam várias riquezas em ouro e pedras preciosas e Obará prosperou. 

Tempos depois, os irmãos de Obará passavam por tempos de miséria, e foram ao Babalaô para tentar resolver a situação, ao chegar lá escutaram a multidão saldando um príncipe em seu cavalo branco e muitos servos em sua comitiva entrando na cidade, quando olharam para o príncipe perceberam que era seu irmão Obará e perguntaram ao Babalaô como poderia ser possível e ele respondeu: Lembram-se das abóboras que vos dei, dentro haviam riquezas em pedras e ouro mas a vaidade e orgulho não vos deixaram ver e hoje quem era o mais pobre tornou-se o mais rico. 

Foram então os irmãos ao palácio de Obará para tentar recuperar as abóboras e lá chegando, disseram a Obará que lhes devolvessem as Abóboras e Obará assim o fez, mas antes esvaziou todas e disse: Eis aqui meus irmãos, as abóboras que me deram para comer, agora são vocês que as comerão. 

E quando o babalaô em visita ao palácio de Obará lhe disse: Enquanto não revelares o que tens, tu sempre terás. E foi assim que se explica o motivo que quem carrega este Odú não pode revelar o que tem pois corre o risco de perder tudo, como os irmãos de Obará.

COLETÂNEA LENDAS DE XANGÔ - ORIXÁ DA JUSTIÇA

Assim como fizemos com outros ORIXÁS, já estudados aqui no BLOG OLHOS DE OXALÁ, uma das coisas que mais nos preocupamos de fato é transmitir as LENDAS DOS ORIXÁS que estão de fato sendo estudados. 


Desta forma, falar de XANGÔ, não poderia ficar por menos. Com isto estamos hoje dando início ao estudo de algumas lendas deste grande ORIXÁ DA JUSTIÇA. Esperamos que gostem.


Conta a lenda que ao ser vencido por seus inimigos, refugiou-se na floresta, sempre acompanhado da fiel Iansã, enforcou-se e ela também. 

Seu corpo desapareceu debaixo da terra num profundo buraco, do qual saiu uma corrente de ferro - a cadeia das gerações humanas. E ele se transformou num Orixá. No seu aspecto divino, é filho de Oxalá, tendo Yemanjá como mãe. 

Xangô também gera o poder da política. É monarca por natureza e chamado pelo termo obá, que significa Rei. No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral. 

Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. 

Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo. 

Xangô é um Orixá de fogo, filho de Oxalá com Yemanjá. Diz a lenda que ele foi rei de Oyó. Rei poderoso e orgulhoso e teve que enfrentar rivalidades e até brigar com seus irmãos para manter-se no poder.

COLETÂNEA ORIXÁ XANGÔ - MITOLOGIA


Filho de Bayani e marido de Iansã, Obá e Oxum, Xangô nasceu para reinar, para ser monarca e, como Ogum, para conquistar e solidificar, cada vez mais, sua condição de rei. 

Uma das lendas que mostra bem o senso de justiça de Xangô, é aquela conta a história de uma conquista, feita pelo deus do trovão. Xangô, acompanhado de numeroso exército, viu-se frente à frente com o exército inimigo. Seus opositores tinham ordens de não fazer prisioneiros, destruir o inimigo, desde o mais simples guerreiro até os ministros e o próprio Xangô. E, ao longo da guerra, foi exatamente o que aconteceu. Aqueles que caíam prisioneiros dos exércitos inimigos de Xangô eram executados sumariamente, sem dó ou piedade, sendo os corpos mutilados devolvidos para que Xangô visse o suposto poder de seu inimigo. 

Batalhas foram travadas nas matas, nas encostas dos morros, nos descampados. Xangô perdeu muitos homens, sofreu grandes baixas, pois seus inimigos eram impiedosos e bárbaros. 

Do alto da pedreira, Xangô meditava, elaborava planos para derrotar seu inimigo, quando viu corpos de seus fiéis guerreiros serem jogados ao pé da montanha, mutilados, com os olhos arrancados e alguns com a cabeça decepada. 

Isto provocou a ira de Xangô que, num movimento rápido e forte chocou seu machado contra pedra, provocando faíscas tão fortes que pareciam coriscos. E quanto mais forte batia mais os coriscos ganhavam força e atingiam seu inimigo. 

Tantas foram as vezes que Xangô bateu seu machado na rocha, tantos foram os inimigos vencidos. Xangô triunfara, saíra vencedor. A força de seu machado de emudeceu e acovardou inimigo. 

Com os inimigos aprisionados, os ministros de Xangô clamaram por justiça, pedindo a destruição total dos opositores. Um deles lembrou Xangô: 

- Vamos liquidá-los a todos. Eles foram impiedosos com nossos guerreiros! 

- Não! – enfatizou Xangô – meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça! Os guerreiros cumpriam ordens, foram fiéis aos seus superiores e não merecem ser destruídos. Mas, os líderes sim, estes sofrerão a ira de Xangô. 

E, levantando seu machado em direção ao céu, Xangô gerou uma seqüência de raios, destruindo os chefes inimigos e liberando os guerreiros, que logo passaram a servi-lo com lealdade e fidelidade. 

Assim, Xangô mostrou que a justiça está acima de tudo e que, sem ela, nenhuma conquista vale a pena, e o respeito pelo rei é mais importantes que o medo. 

Esse é Xangô que, apesar de ser grande guerreiro, justo e conquistador, detesta a doença, a morte e aquilo que já morreu. Xangô é avesso a eguns (espíritos desencarnados). Admite-se que ele é numa espécie de ímã de eguns, daí sua aversão a eles. 

Xangô costuma entregar a cabeça de seus filhos a Obaluaê e Omulu, sete meses antes da morte destes, tal grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas. O elemento fundamental de Xangô é o fogo.

COLETÂNEA ORIXÁ XANGÔ - LEMBRANCINHA DE XANGÔ

Motumbá meus (minhas) irmãos (ãs) do BLOG OLHOS DE OXALÁ.

Esperamos que estejam gostando das postagens referentes à COLETÂNEA ORIXÁ XANGÔ. E como não poderia deixar de ser, aqui estamos enviando nossas LEMBRANCINHAS DE ORIXÁS - XANGÔ, dedicadas para INICIAÇÕES e OBRIGAÇÕES de 1, 3 e 7 anos.

Espero que gostem pois estes são alguns dos exemplos de nosso serviço. Lembrando que todas são EXCLUSIVAS. Sendo confeccionadas de acordo com a QUALIDADE do ORIXÁ. Onde quem as solicita ainda pode acompanhar o andamento de sua confecção aqui no BLOG.

Os preços e condições de pagamento e prazo de entrega, você irá encontrar na PÁGINA LEMBRANCINHA DOS ORIXÁS.




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