sexta-feira, 30 de novembro de 2012

COLETÂNEA OXÓSSI E A CAPOEIRA - A LUTA REGIONAL BAIANA


Em 1932, um período em que a perseguição à capoeira já não era tão acentuada, mestre Bimba, exímio lutador no ringue e em lutas de rua ilegais, fundou em Salvador a primeira academia de capoeira da história. Bimba, ao analisar o modo como diversos capoeiristas utilizavam suas habilidades para impressionar turistas, acreditava que a capoeira estaria perdendo sua eficiência como arte marcial. Dessa forma, Bimba, com auxílio de seu aluno José Cisnando Lima, enxugou a capoeira, tornando-a mais eficiente para o combate e inseriu alguns movimentos de outras artes marciais, como o batuque.


Mestre Bimba também desenvolveu um dos primeiros métodos de treinamento sistemático para a capoeira. Como a palavra capoeira ainda era proibida pelo código Penal, Bimba chamou seu novo estilo de Luta Regional Baiana. 

Em 1937, Bimba fundou o centro de Cultura Física e Luta Regional, com alvará da secretaria da Educação, Saúde e Assistência de Salvador. Seu trabalho obteve aceitação social, passando a ensinar para as elites econômicas, políticas, militares e universitárias. Finalmente, em 1940, a capoeira saiu do Código Penal Brasileiro e deixou definitivamente a ilegalidade. Começou, então, um longo processo de des-marginalização da capoeira. 

Em pouco tempo a notoriedade da capoeira de Bimba demonstrou ser um incômodo aos capoeiristas tradicionais, que perdiam espaço e continuavam a ser malvistos. Esta situação desigual começou a mudar com a inauguração do Centro Esportivo de Capoeira Angola, em 1941, por mestre Pastinha.


Localizado no Pelourinho, em Salvador, o centro atraía diversos capoeiristas que preferiam manter a capoeira em sua forma mais original possível. Em breve, a notoriedade do centro cunhou em definitivo o termo "capoeira angola" como nome do estilo tradicional de capoeira. 

O termo não era novo, sendo, já na época do império, a prática da capoeira apelidada, em alguns locais, de "brincar de angola" e diversos outros mestres que não seguiam a linha de Pastinha acabaram adotando-o. 

Atualmente 

Hoje em dia, a capoeira se tornou não apenas uma arte ou um aspecto cultural, mas uma verdadeira exportadora da cultura brasileira para o exterior. Presente em dezenas de países em todos os continentes, todo ano a capoeira atrai ao Brasil milhares de alunos estrangeiros e, frequentemente, capoeiristas estrangeiros se esforçam em aprender a língua portuguesa em um esforço para melhor se envolver com a arte. 

Mestres e contra-mestres respeitados são constantemente convidados a dar aulas especiais no exterior ou até mesmo a estabelecer seu próprio grupo. Apresentações de capoeira, geralmente administradas em forma de espetáculo, acrobáticas e com pouca marcialidade, são realizadas no mundo inteiro. 

O aspecto marcial ainda se faz muito presente e, como nos tempos antigos, ainda é sutil e disfarçado. A malandragem é sempre presente, capoeiristas experientes raramente tiram os olhos de seus oponentes em um jogo de capoeira, já que uma queda pode chegar disfarçada até mesmo em um gesto amigável. 

Símbolo da cultura afro-brasileira, símbolo da miscigenação de etnias, símbolo de resistência à opressão, a capoeira mudou definitivamente sua imagem e se tornou fonte de orgulho para o povo brasileiro. Atualmente, é considerada patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

COLETÂNEA OXÓSSI E A CAPOEIRA - A LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS


No fim do século XIX, a escravidão no Brasil era basicamente impraticável por diversos motivos, entre eles o sempre crescente número das fugas dos escravos e os incessantes ataques das milícias quilombolas às propriedades escravocratas. O império Brasileiro tentou amenizar os diversos problemas com medidas como a "Lei dos Sexagenários" e a "Lei do Ventre Livre", mas o Brasil inevitavelmente reconheceria o fim da escravidão em 13 de maio de 1888 com a "Lei Áurea", sancionada pelo parlamento e assinada pela Princesa Isabel. 

Livres, os negros viram-se abandonados à própria sorte. Em sua grande maioria, não tinham onde viver, onde trabalhar e eram desprezados pela sociedade, que os via como vagabundos. O aumento da oferta de mão de obra europeia e asiática do período diminuía ainda mais as oportunidades e logo grande parte dos negros foi marginalizada e, naturalmente, com eles a capoeira. 

Foi inevitável que diversos capoeiristas começassem a utilizar suas habilidades de formas pouco convencionais. Muitos começaram a utilizar a capoeira como guardas de corpo, mercenários, assassinos de aluguel, capangas. 

Grupos de capoeiristas conhecidos como maltas aterrorizavam o Rio de Janeiro. Em pouco tempo, mais especificamente em 1890, a República Brasileira decretou a proibição da capoeira em todo o território nacional, vista a situação caótica da capital brasileira e a notável vantagem que um capoeirista levava no confronto corporal contra um policial. 

Devido à proibição, qualquer cidadão pego praticando capoeira era preso, torturado e muitas vezes mutilado pela polícia. A capoeira, após um breve período de liberdade, via-se mais uma vez malvista e perseguida. Expressões culturais como a roda de capoeira eram praticadas em locais afastados ou escondidos e, geralmente, os capoeiristas deixavam alguém de sentinela para avisar de uma eventual chegada da polícia.

COLETÂNEA OXÓSSI E A CAPOEIRA - OS QUILOMBOS


Não tardou para que grupos de escravos fugitivos começassem a estabelecer assentamentos em áreas remotas da colônia, conhecidos como quilombos. Inicialmente assentamentos simples, alguns quilombos evoluíam atraindo mais escravos fugitivos, indígenas ou até mesmo europeus que fugiam da lei ou da repressão religiosa católica, até tornarem-se verdadeiros estados multiétnicos independentes. 

A vida nos quilombos oferecia liberdade e a oportunidade do resgate das culturas perdidas à causa da opressão colonial. Neste tipo de comunidade formada por diversas etnias, constantemente ameaçada pelas invasões portuguesas, a capoeira passou de uma ferramenta para a sobrevivência individual a uma arte marcial com escopo militar. 

O maior dos quilombos, o Quilombo dos Palmares, resistiu por mais de cem anos aos ataques das tropas coloniais. Mesmo possuindo material bélico muito aquém dos utilizados pelas tropas coloniais e geralmente combatendo em menor número, resistiram a, pelo menos, 24 ataques de grupos com até 3 000 integrantes comandados por capitães do mato. 

Foram necessários dezoito grandes ataques de tropas militares do governo colonial para derrotar os quilombolas. Soldados portugueses relataram ser necessário mais de um dragão (militar) para capturar um quilombola, porque se defendiam com estranha técnica de ginga e luta. O governador-geral da Capitania de Pernambuco declarou ser mais difícil derrotar os quilombolas do que os invasores holandeses.

COLETÂNEA OXÓSSI E A CAPOEIRA - HISTÓRIA E ORIGENS


A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música. 

Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos com alguma influência indígena, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas. 

Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista experiente que ignora a musicalidade é considerado incompleto. 

A palavra capoeira é originária do tupi-guarani, que significa "o que foi mata", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi"). Refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil onde era praticada agricultura indígena. Acredita-se que a capoeira tenha obtido o nome a partir destas áreas que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata. Capoeiristas fugitivos da escravidão e desconhecedores do ambiente ao seu redor, frequentemente usavam a vegetação rasteira para se esconderem da perseguição dos capitães-do-mato. 

Outras expressões culturais, como o maculelê e o samba de roda, são muito associadas à capoeira, embora tenham origem e significados diferentes. 

História 

A história da capoeira provavelmente começa com o início da escravidão africana no Brasil. A partir do século XVI, Portugal começou a enviar escravos para as suas colônias, provenientes primariamente da África Ocidental. O Brasil, com seu vasto território, foi o maior receptor da migração de escravos, com quase quarenta por cento de todos os escravos enviados através do Oceano Atlântico. Os povos mais frequentemente vendidos no Brasil faziam parte dos grupos sudanês (composto principalmente pelos povos Iorubá e Daomé), guineo-sudanês, dos povos Malesi e Hausa e do grupo banto (incluindo os kongos, os Kimbundos e os Kasanjes), provenientes dos territórios localizados atualmente em Angola, Congo e Moçambique. 

A capoeira ainda é motivo de controvérsia entre os estudiosos de sua história, sobretudo no que se refere ao período compreendido entre o seu surgimento e o início do século XIX, quando aparecem os primeiros registros confiáveis com descrições sobre sua prática. 

Origem 

No século XVI, Portugal tinha um dos maiores impérios coloniais da Europa, mas carecia de mão de obra para efetivamente colonizá-lo. Para suprir este déficit, os colonos portugueses, no Brasil, tentaram, no início, capturar e escravizar os povos indígenas, algo que logo se demonstrou impraticável. A solução foi o tráfico de escravos africanos. 

A principal atividade econômica colonial do período era o cultivo da cana-de-açúcar. Os colonos portugueses estabeleciam grandes fazendas, cuja mão de obra era primariamente escrava. O escravo, vivendo em condições humilhantes e desumanas, era forçado a trabalhar à exaustão, frequentemente sofrendo castigos e punições físicas. Mesmo sendo em maior número, a falta de armas, a lei vigente, a discordância entre escravos de etnias rivais e o completo desconhecimento da terra em que se encontravam desencorajavam os escravos a rebelar-se. 

Neste meio, começou a nascer a capoeira. Mais do que uma técnica de combate, surgiu como uma esperança de liberdade e de sobrevivência, uma ferramenta para que o negro foragido, totalmente desequipado, pudesse sobreviver ao ambiente hostil e enfrentar a caça dos capitães-do-mato, sempre armados e montados a cavalo.

OLHOS DE OXALÁ - PALAVRAS DE PEDRO MANUEL T' OGUM

Motumbá a todos (as) meus (minhas) irmãos (ãs) de nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ. Bom Dia.

Com grande alegria estamos chegando ao final do mês de NOVEMBRO. E graças a Deus, através da força de OGUM E OXAGUIÃN, estamos de fato conseguindo conquistar nosso propósito: renovar a nossa grade de assuntos de nosso BLOG, referentes ao ORIXÁ OXÓSSI.

Nossa preocupação era de fato corrigir a seqüência da grade desde ABRIL para cá, até os dias atuais, pois achávamos que não iriamos dar conta em tempo hábil para as expectativas referentes a todos os assuntos decorrentes ao aprendizado BÁSICO deste ORIXÁ. E conseguimos chegar ao final do mês com 90% das postagens referentes a ele. 

Hoje, estamos finalizando este nosso propósito, totalizando então o dito 100% da mesma. Iremos abordar hoje temas que já foram postados quanto a LIGAÇÃO DE OXÓSSI COM A CAPOEIRA. Um assunto que já foi postado anteriormente e como faz parte da grade iremos postar novamente não permitindo que caísse no esquecimento.

Já estamos preparando o conteúdo para 2013, sobre a COLETÂNEA OXÓSSI APROFUNDAMENTO. Onde iremos falar sobre os PRETOS VELHOS DE OXÓSSI, os ERÊS DE OXÓSSI. Assuntos referentes a este ORIXÁ da CAÇA E DA FARTURA, na NAÇÃO DJEJE. Bem como cultos voltados a este ORIXÁ como as QUARTINHAS DE OXÓSSI, praticado principalmente na nação EFON. Assuntos como a ALVORADA DE OXÓSSI, culto muito efetuado na NAÇÃO KETU e uma vasta seqüência. Mas ainda fará parte deste MÓDULO, as CANTIGAS APROPRIADAS deste ORIXÁ, a fim de conheçê-las ainda mais. 

Esperamos piamente que estejam gostando da nova forma de estarmos abordando os assuntos e que continuem fazendo parte de nossa família.

Deixamos aqui um grande agradecimento ao nosso querido amigo BABALORIXÁ KLEBER DE OGUM, que com seu exemplo de humildade e de amor aos ORIXÁS, nos inspirando a cada vez mais buscarmos fazer a coisa certa.

Pedro Manuel de Ogum.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

COLETÂNEA OXÓSSI CONHECIMENTOS GERAIS - A MORTE DE OXOSSI

Oxóssi morto por Oxumaré


Outra lenda de Oxóssi, conta que numa de suas inúmeras caçadas, sem que tivesse consultado antes Ifá, encontrou uma cobra no mato – Oxumarê. 

Ela lhe diz que não pode ser morta por ele, pois não é um bicho de penas, ele pouco se importou com o aviso, e matou-a com a lança, cortando-a em diversos pedaços e levando para casa para ele mesmo preparar um guisado, com o qual se refastelou. 

No dia seguinte, Oxum, sua esposa, prevendo muitas catástrofes, por causa da quebra de tantos tabus, encontra Oxóssi, deitado no chão morto e rastros de cobra que iam em direção a floresta. Oxum chorou tanto e tão alto que Ifá, condoído pela sua dor, fez Odé, o caçador, renascer sob a forma divina de Oxóssi.

COLETÂNEA OXÓSSI CONHECIMENTOS GERAIS - OXÓSSI É ENFEITIÇADO

Oxossi é enfeitaçado por Ossãe 



Oxóssi, em uma de suas caçadas, teria sido enfeitiçado pelo seu irmão Ossãe, apesar dos avisos de sua mãe Yemanjá, para que tivesse cuidado. Afasta-se da família até que o encanto seja quebrado, quando volta, encontra Yemanjá ainda irritada pela atitude do filho em não tê-la ouvido. Oxóssi volta a floresta sob a influência de Ossãe o que faz com que Ogum se rebele contra a própria mãe.

Este aprendeu todos os segredos da mata com seu irmão Ossãe e é ele quem defende o acesso às plantas, dificultando a penetração no mato daqueles que não tem o preparo devido.

COLETÂNEA OXÓSSI CONHECIMENTOS GERAIS - O CAÇADOR DE UMA FLEXA

OXÓSSI, O ORIXÁ DE UMA FLECHA SÓ 


Em tempos distantes, Odùdùwa, Obà de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. 

De repente, um grande pássaro, (èlèye), pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando fardas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as Àjès (feiticeira, portadoras do pássaro), personificando seus poderes atravez de Ìyamì Òsóróngà. 

Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes. O Oba então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. 

Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. 

Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu. 

Por fim, já com todos sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. 

Sua mãe Yemonjá, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, vez que três dos melhores caçadores falharam em suas tentativas. Indo se consultar com Ifá para Òsotokànsosó. 

Foi consultar os Bàbálàwo. Eles disseram que fizesse algumas oferendas. Que preparase um pouco de ekùjébú (grão muito duro) naquele dia. Como também tenha um frango òpìpì (frango com as plumas crespas). Com èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira). Nesta oferenda tinha de ter seis kauris. 

Yemonjá faz então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção. Isto deveria ser oferecido numa estrada, e que fosse recitado o seguinte: “Que o peito da ave receba esta oferenda”

Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abria sua guarda recebendo a oferenda ofertada por Yemonjá, recebendo também a flecha serteira e mortal de Òsotokànsosó. 

Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: “òsóòsì! òsóòsì!” (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje.

COLETÂNEA OXOSSI CONHECIMENTOS GERAIS - OXÓSSI APRENDE A ARTE DA CAÇA

Oxóssi aprende com Ogun a arte da caça 


Oxóssi é irmão de Ogum, tendo, pelo irmão, um afeto especial. 

Num dia em que voltava da batalha, Ogum encontrou o irmão temeroso e sem reação, cercado de inimigos que já tinham destruído quase toda a aldeia e que estavam prestes a atingir sua família e tomar suas terras. Ogum vinha cansado de outra guerra, mas ficou irado e sedento de vingança. Procurou dentro de si mais forças para continuar lutando e partiu na direção dos inimigos. Com sua espada de ferro pelejou até o amanhecer. 

Quando por fim venceu os invasores, sentou-se com o irmão e o tranqüilizou com sua proteção. Sempre que houvesse necessidade ele iria até seu encontro para auxiliá-lo. Ogum então ensinou Oxóssi a caçar, a abrir caminhos pela floresta e matas cerradas. 

Oxóssi aprendeu com o irmão a nobre arte da caça, sem a qual a vida é muito mais difícil. Ogum ensinou Oxóssi a defender-se por si próprio e o ensinou a cuidar da sua gente. Assim, Ogum, podia voltar tranquilo para a guerra. Ogum fez de Oxóssi o provedor. 

Oxóssi é o irmão de Ogun. 

Ogum é o grande guerreiro. 

Oxóssi é o grande caçador. 

Osòósì mata o grande pássaro.

COLETÂNEA OXÓSSI CONHECIMENTOS GERIAS - O CONSELHO ARAMEFA



Bom Dia, Arole Kole !! 

ARO LE KOLE! 

Hoje homenageio a este conselho sagrado de pai odé. 

Me refiro ao "arámefá", conselho constituído por 6 pessoas que zelam e cuidam do ile odé em uma casa de axé. Toda casa com algum tempo de aberta deve possuir tal conselho com toda clareza e certeza. Odé exigirá isto do babá ou yá. 

Tais cargos e pessoas que cuidam de toda preparação dos objetos pessoais de culto a Odé no ile como tocar alvorada, enfeitar o ile odé e zelar pela caça do grande rei. 

O POSTO DE QUE LEVA A CAÇA A ODÉ NO QUARTO DE SANTO CHAMA-SE: ÁLÁJOPÁ. CARGO DE QUE SO SE DA A ALGUÉM DE MUITÍSSIMA CONFIANÇA DO ORIXA ODÉ. 

Ele é responsável por uma das partes mais importantes do ritual do grupo aramefá encarregado de zelar e perpetuar o culto de Odé. 

LEMBRANDO QUE POSTO NÃO E TRANSITÓRIO SE JA DEU SÓ SE SUBISTITUI APÓS A MORTE DA PESSOA!! Boa tarde povo dom bem; oke aro! 

Odé, hoje me deixou inspirado. Babalorisa Kleber Ti Ogum.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

COLETÂNEA FILHOS DE OXÓSSI - PAI KABILA DE OXÓSSI



Wladimir de Carvalho, o Pai Kabiladeji de Oxóssi, (São Paulo, 7 de julho de 1950) é um babalorixá do Candomblé de São Paulo, pertence ao Axé da Casa de Oxumare, Salvador, Bahia que, segundo os historiadores, possui mais de dois séculos de existência. Filho-de-santo da Iyalorixá Mãe Nilzete de Iemanjá e neto de santo de Mãe Menininha do Gantois.


História

Nasceu em São Paulo no dia 07 de Julho de 1957, recebendo o nome de batismo de Wladimir de Carvalho, neto de imigrantes italianos e portugueses recebeu educação religiosa Católica até seus doze anos de vida, pois desde os seus seis anos de idade Pai Kabila, já começou a sentir o dom da espiritualidade que veio em forma de alteração em sua saúde, não havendo na época remédio que pudesse resolver seu problema. Sua mãe, muito católica relutou em levá-lo para uma benzedeira para olhar o problema, onde foi detectado seu dom espiritual.

Esta senhora que era conhecida por todos do bairro de Vila Isabel em Osasco, São Paulo, era iniciada na religião do Candomblé de Angola e era filha do Orixá Xangô, tinha sua dijína de Oba Tunké, foi ela que levou Pai Kabila pela primeira vez em uma casa de Candomblé em uma festa para crianças (Ibeji) no mês de setembro, onde Pai Kabila se sentiu muito mal e desmaiou (bolar no santo) como se dizia na época.

Assim Dona Lindaura (Obatunke) falou para a mãe de Pai Kabila a Senhora Dona Yolanda que ele tinha dom espiritual e que era preciso iniciá-lo na religião do Candomblé; Dona Iolanda desconhecendo a religião logo foi dizendo um “não”; não quero meu filho envolvido nessas coisas de macumba. Assim Pai Kabila continuou sofrendo por mais um ano com sua doença, vendo que remédios não faziam o menor efeito para a cura de Pai Kabila, ela então resolveu encaminhá-lo para que se pudesse fazer então a iniciação no Candomblé para que ele pudesse ser curado.

Sendo assim, aos treze anos de idade Pai Kabila foi levado para uma casa de Candomblé na cidade de Osasco no Bairro do Jardim Oriental e foi iniciado pela Iyalorixá Sambauê de Oxum, filha do saudoso Pai Olegário de Omolú do Recife, de raiz do sítio do Pátio do terço da nação de Angola, sua iniciação se deu para o mundo do Candomblé no dia 19 de fevereiro de 1970, onde recebeu dijína de Kabiladegy, que com o passar do tempo passou a ser chamado por Pai Kabila.

Como tinha que ser e já estava escrito em seu destino Pai Kabila com uma vidência anormal começou a desenvolver o seu dom, falando para as pessoas o que via e sentia até que se manifestou seu caboclo “Pena Verde”, com quem começou a atender o público no ano de 1974, todas as, quinta-feira e sábados, a fila de pessoas querendo se consultar com o caboclo Pena Verde era enorme, e era feita em sua casa, pois não existia um local específico para o atendimento do grande público, e não podia ser diferente, pois Pai Kabila ainda era muito novo na religião do Candomblé e não jogava Búzios, pois esse ritual somente pode ser realizado por Babalorixás ou Iyalorixás, “pessoas com mais de sete anos de iniciados”.

COLETÂNEA FILHOS DE OXÓSSI - CAMAFEU DE OXÓSSI



Ápio Patrocínio da Conceição mais conhecido como Camafeu de Oxóssi - (Salvador, 4 de outubro de 1915 - 1994), filho de Faustino José do Patrocínio e Maria Firmina da Conceição, nasceu no bairro do Gravatá, em Salvador, Bahia. 

Mestre de capoeira, foi presidente do Afoxé Filhos de Gandhi no período de (1976 a 1982) e Obá de Xangô, Osi Obá Aresá no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, ao lado de Carybé, Dorival Caymmi e Jorge Amado, tinha três barracas no Mercado Modelo, ganhou o restaurante de presente do então prefeito Antônio Carlos Magalhães.


História do apelido

Uma História Oral do povo de Candomblé e de Salvador: "Um camafeu era e ainda é uma jóia usada pelas senhoras da sociedade para prender a gola de seus vestidos. Geralmente esse broche tinha como principal atrativo uma figura em relevo do rosto de uma senhora ou do seu esposo. Havia um comerciante que se chamava Ápio, que era filho-de-santo do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, e era de Oxóssi, no sincretismo religioso o orixá da caça, da mata e da fartura. Era então conhecido como tal. Um dia passeando com amigos pelo Pelourinho, tropeçou e quando caiu viu um broche lindo, o tal camafeu. Gostou tanto que os amigos o apelidaram de Camafeu de Oxóssi e assim surgiu o nome do seu restaurante o bom e agradável Camafeu de Oxóssi, cozinha típica e internacional, hoje de outro comerciante, mas mantendo sempre a tradição baiana."

Quando Camafeu de Oxossi morreu em 1994 no seu enterro estavam presentes Mestres de Capoeira, muitos babalorixás e iyalorixás do Candomblé, ele era Obá de Xangô do Ilê Axé Opô Afonjá, cargo honorífico dado a pessoas especiais. Entre os babalorixás presentes estava Luís da Muriçoca cantando cantigas fúnebres em yorubá.

COLETÂNEA FILHOS DE OXÓSSI - MÃE STELLA DE OXÓSSI


Maria Stella de Azevedo Santos - Iya Odé Kayode - nasceu no dia 2 de maio de 1925, na Ladeira do Ferrão, no Pelourinho, na cidade de Salvador. Seus pais se chamavam Thomazia de Azevedo e Esmeraldino Antino dos Santos. Como ficou órfã bem cedo, ela foi adotada por uma irmã de sua mãe (Archanjá de Azevedo), que era casada com José Carlos Fernandes, um abastado tabelião, proprietário de um cartório na Bahia. Formada em enfermagem, pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, com especialização em Saúde Pública, Stella exerceu a profissão durante trinta anos.

Ela foi iniciada no candomblé por Mãe Senhora, em setembro de 1939, quando tinha apenas catorze anos. Mãe Senhora foi a mãe religiosa de Mãe Stella e esta lhe acompanhou durante décadas, na casa-de-santo Ilê Axé Opô Afonjá, até 1967, ano em que a ialorixá faleceu. Ondina Valéria Pimentel (Mãezinha) assumiu, então, o Opô Afonjá e, um ano após sua morte (em 1976), Stella foi escolhida por Xangô e pelos búzios para ser a ialorixá do terreiro de São Gonçalo do Retiro. Nessa época, ela tinha quarenta e nove anos e havia se aposentado como enfermeira.

O terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, por sua vez, teve seu início com Mãe Aninha, que instaurou no Brasil a tradição dos doze Ministros de Xangô, osobás, seis à mão direita e seis à mão esquerda; cada obá com dois substitutos, o otum e o ossi. Após a morte de Mãe Aninha, Mãe Senhora (Dona Maria Bibiana do Espírito Santo) assumiu a direção do Axé, dando-lhe muito prestígio.

Mãe Stella viajou várias vezes para a África, visando aprofundar os conhecimentos sobre a cultura iorubá (que é, basicamente, oral), e conseguiu transformá-la em uma herança escrita. Isto possibilitou uma maior divulgação dos cultos africanos e da religião dos orixás, em todo o país. Na década de 1980, ela participou de vários congressos nacionais e internacionais sobre os cultos afro-brasileiros, escreveu artigos, foi entrevistada por jornais e revistas, deu conferências, e publicou dois livros - o primeiro deles, em co-autoria com Cléo Martins, sua filha, que se intitula. E daí aconteceu o encanto; e, o segundo, Meu tempo é agora. Stella foi a primeira ialorixá a escrever livros e artigos sobre sua religião. Ela combateu, ainda, o sincretismo entre o candomblé e o catolicismo, ressaltando que a fusão de elementos culturais distintos descaracterizava as duas religiões, e pre ju dicava a religião dos oprimidos.

Neste sentido, ela declarou:

O que nós pregamos, sempre, é o respeito mútuo. O importante é que não existam agressões. O entrosamento não tem muita importância porque são religiões paralelas. O importante, eu volto a afirmar, é que exista o respeito. Existem pessoas que freqüentam o terreiro e que vão à igreja, e isso é normal. Quando falei da questão do sincretismo, me referia ao fato de não se misturar as obrigações. Como, por exemplo, fazer sua obrigação para o orixá e ir à igreja porque sincretizou o orixá com um santo. Não sou contra a Igreja Católica e, sim, contra o sincretismo. A nossa maior preocupação é que o ser humano se sinta bem, se realize. Se isso acontece freqüentando as duas crenças, melhor para ele.

As atividades religiosas do Ilê Axé Opô Afonjá iniciam em setembro, começando com as Águas de Oxalá, e se estendem até a doação de presentes para Oxum e Iemanjá, ocasião em que as pessoas-de-santo depositam as oferendas no mar. Durante o culto, no terreiro, é revivido um ritual: o orixá que habita o iniciado no momento do transe se materializa e penetra no corpo dos participantes, através dos ritos de possessão. Neste sentido, Stella declara:

Quem pratica e crê, presencia e sente. A fé abarca a pessoa em sua totalidade. Não se chega a ela pelo intelecto. Também ao Orixá só se chega pelo coração... Nós não escolhemos o Orixá. é ele quem nos escolhe, o mesmo acontecendo, creio eu, em todos os tipos de sacerdócio e em todas as religiões. O importante é que o amor toma conta de nossas vidas.

Ao se identificar com o orixá, segundo a filosofia africana (na qual o candomblé se baseia), o iniciado ganhará uma nova identidade e, em decorrência disso, transformar-se-á noutra pessoa, com nome e comportamentos diferentes, tudo isso para ser ela mesma. Os orixás, que são entidades transcendentais, se comunicam com os fiéis por meio da mãe-de-santo. Tudo o que for feito no espaço sagrado do candomblé representa uma parte importante dos rituais: cozinhar para o santo, receber o santo, cuidar dos animais, dar banho em cabras e bodes, ou cuidar das oferendas. 

A mãe-de-santo é a líder religiosa, cultural e social da comunidade, aquela que transmite conhecimentos aos seus auxiliares, dirige os cultos, garante a correção dos ritos, consagra sacerdotisas e sacerdotes, e possui autoridade suprema e absoluta para exercer qualquer função dentro do terreiro, tais como substituir o sacrificador, colher plantas sagradas ou consultar o oráculo.

Em 1981, Maria Stella criou o Museu Ohun Lailai, auxiliada pela psicóloga Vera Felicidade de Almeida Campos. Trata-se do primeiro museu aberto em uma casa de candomblé. Nele, entre tantos objetos, é possível se apreciar a roupa que ela colocou, quando assumiu o Opô Afonjá; vestimentas de ex-mães-de-santo; cadeiras e ferramentas usadas por orixás; antigas panelas utilizadas por filhas-de-santo para preparar comidas saborosas; uma pedra na qual se ralava milho (para se fazer pamonha, canjica, e outros pratos); folhas sagradas com seus nomes em iorubá; e atabaques. Em uma das salas do museu é possível observar, inclusive, as lembranças que são oferecidas aos orixás.

Em homenagem aos sessenta anos de iniciação de Mãe Stella, oInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em novembro de 1999, através do Ministério da Cul tu ra, tombou o Ilê Axé Opô Afonjá, declarando-o patrimônio cultural brasileiro.

Sacerdotisa de vanguarda, Mãe Stella é respeitada por suas idéias no País e no exterior, sendo uma referência em termos de diálogo inter-cultural e inter-religioso. Como defensora da cultura negra e cidadã do mundo, elarecebeu vários prêmios, homenagens e condecorações, dentre os quais o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (ao completar oitenta anos), o troféu Esso para escritores negros, a comenda Maria Quitéria, o troféu Clementina de Jesus, a comenda da Ordem do Cavaleiro (pelo Governo do Estado da Bahia), e a comenda do Mérito Cultural (pela Presidência da República). Na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), contra o racismo e a intolerância, ocorrida em Durban, em agosto de 2001, ela foi uma das mais fortes lideranças brasileiras. Em 2001, na condição de fomentadora de cultura, ganhou ainda o prêmio jornalístico Estadão.

Mãe Stella de Oxossi foi uma das primeiras vozes do candomblé a condenar o sincretismo, um sistema que associa as divindades africanas aos santos católicos, confundindo santos e orixás, ritos de candomblé e ritos cristãos, em decorrência da proibição dos cultos dos orixás, por parte dos colonizadores portugueses. Ela afirma que Iansã não é Santa Bárbara, recusa a idéia de que o candomblé é uma seita sincrética, e declara que ele possui parâmetros de iniciação e liturgia próprios, defendendo sua condição de religião brasileira. A religiosa tem lutado, também, pela democratização cultural, combatendo a discriminação dos negros, das mulheres, entre outras camadas sociais marginalizadas.

No que diz respeito ao candomblé, ela Stella declara:

Nós conseguimos impor a crença trazida pelos escravos, pelo respeito humano que sempre guiou nossas ações. Por isso, hoje, brancos e negros, pobres e ricos se unem aqui em busca de paz e equilíbrio. Somos a tradição e o novo.

Artistas de renome, a exemplo do compositor Dorival Caymmi, do pintor Caribé e do falecido escritor Jorge Amado, entre tantas personalidades ilustres, foram ou ainda são membros do Opô Afonjá e sempre reverenciaram Mãe Stella. Mãe Menininha do Gantois era, também, sua amiga e admiradora.

“Baluarte de sua fé, profundamente enraizada na tradição religiosa, consistente e disciplinada, Mãe Stella mudou a percepção que o negro iniciado tinha dele próprio, mudou a maneira de se perceber o candomblé, mostrou que não éramos uma ilha, conseguindo, assim, através da estruturação de atitudes de aceitação do que se é, do que se tem, do que se faz, transformar um terreiro de candomblé em um pólo de individualidade cultural, conseguindo também – sem nem pensar nisto, mas é o resíduo estruturado, constituir-se em um marco: candomblé, religião africana no Brasil, já tem um nítido parâmetro cultural/social: antes e depois de Mãe Stella” (CAMPOS, 2000).

Em suma, foi através de Mãe Stella de Oxossi que o candomblé se tornou uma religião respeitada e adaptada à realidade do País. Ela tornou possível uma síntese entre cultos, crenças e ritos, oriundos de diversas etnias africanas, e colocou em evidência a importante tradição dos antepassados na vida das pessoas. Por meio de sua força, ternura, carisma e competência, a ialorixá sedimentou a religião dos afro-descendentes, defendendo a concepção de que os negros precisam ser considerados elementos relevantes da sociedade brasileira, assim como agentes ativos, de uma história que está, permanentemente, em processo de edificação.

COLETÂNEA FILHOS DE OXÓSSI - ARITANA DE OXÓSSI, UM EXEMPLO DE VIDA

A COLETÂNEA FILHOS DE OXÓSSI, é mais uma fonte de conhecimento. Pois através dela vamos de fato visualizar através dos EXEMPLOS de vida,  destas grandes personagens da história de nosso CANDOMBLÉ ou até da UMBANDA SAGRADA, fortes inspirações para que possamos nos espelhar e ser mais canais de força para levar o AXÉ a todos que de fato precisam.

Vamos conhecer um pouco de sua história:

Ex-evangélico, o médium Aritana de Oxóssi disse ter recebido o chamado do "Índio" para fazer trabalhos que envolvem previsão e prevenção para problemas espirituais. 

Embora não tenha revelado quais são seus clientes, o consultor espiritual afirma ter alertado Kelly Cyclone sobre os perigos que corria poucos dias antes de sua morte, além de achar que o problema que envolveu a banda New Hit poderia ser evitado. “Foi em um dia em que ele [o dono da banda, Jorge Sacramento] não estava com a banda, pois pelo que eu conheço dele, ele é muito rígido”, relata Aritana, que disse ter certeza sobre o vencedor da eleição pela prefeitura de Salvador e alerta que a magia negra no Esporte Clube Bahia foi responsável pelo baixo rendimento do clube em campo nos últimos anos. 

“Há muitos anos o Bahia já teve um chamado embaixo do pé de templo de magia negra. Com isso se o Bahia ganhar hoje amanhã perde”. O médium disse não frequentar mais festas de candomblé porque muitas pessoas lhe pedem para tirar foto para se promover em cima de sua imagem, mas não vê contradição em frequentar igreja evangélica e diz que os orixás estão hierarquicamente abaixo de Deus. “Os evangélicos têm um carinho incrível por mim”, garante.

Não é a toa que muitas vezes não sabemos como ajudar a quem precisa. Achamos que não temos saída e que até a sociedade que nos rodeia não muda nunca. Mas... se nunca tirarmos de nosso olhar, o medo que nos assola, nunca iremos fazer nada e com isso nossa religiosidade fica cada vez mais guardada no bolso. 

Tomemos por exemplo deste homem que fez de seu exemplo de vida um verdadeiro mudar e botar a religiosidade em prática.


OLHOS DE OXALÁ - PALAVRAS DE PEDRO DE OGUM

Motumbá a quem é de motumbá, Meu Kolofé a quem é de Kolofé e meus mais respeitosos Saravás, a quem é de Saravá. Bom dia.

Com grande alegria aqui estou novamente chegando até você, para agradecer toda a alegria que tenho recebido ao entrar aqui no BLOG OLHOS DE OXALÁ, para verificar as estatísticas de visualizações deste instrumento de comunicação virtual. 

Um instrumento que com apenas OITO MESES de vida. Já tem alcançado a muitos e cada dia que passa me surpreendo mais com as histórias que chegam ao meu conhecimento de alguns amigos pessoais e até seguidores parabenizando este trabalho. Poder lembrar de tudo que já passei para manter este BLOG no ar. Criticas e até uma sugestão de uma antiga dita zeladora que para não prejudicar o BLOG do filho que era da mesma linha de trabalho, o BLOG OLHOS DE OXALÁ fosse tirado do ar. Ai de mim se o fizesse, estaria cego.

E de fato, esta família que se reúne em qualquer horário do dia ou da noite para verificar cada postagem nova, ou até mesmo as antigas, é o meu motivo maior de continuar com ele sempre. Buscando cada vez mais melhorar no que for necessário.

Finalizamos no dia de ontem as postagens referentes à COLETÂNEA OXÓSSI NA UMBANDA, onde nos aprofundamos nas questões dos CABOCLOS e dos BOIADEIROS DE OXÓSSI. Muito bem visualizados e para minha surpresa compartilhados por alguns membros do BLOG em questão, tanto no FACEBOOK, como no ORKUT e para minha surpresa o número de compartilhamentos no GOOGLE+ de fato meu surpreendeu. 

Isto antes de mais nada agradeço a Deus por estar acontecendo. Em segundo lugar a OXÓSSI, foco central desta nova reformulação. Agradeço a todas as ENTIDADES por estarem de fato abrindo caminhos. Mas nunca esquecer de OGUM e de OXAGUIÃN, que estão no meu ORI fazendo toda a diferença. 

Então que as próximas postagens, sejam como estas de fato inspirações de conhecimento e aprendizado mutuo. Um grande abraço a todos. 

Pedro Manuel T'Ogum.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

COLETÂNEA OXÓSSI NA UMBANDA - TEXTO DOUTRINÁRIO SOBRE OS BOIADEIROS



Texto doutrinário: Os Boiadeiros 

Fonte: “Arquétipos da Umbanda”, Rubens Saraceni, Madras Editora, 2007, páginas 108/109 e 111. 

A Bíblia cita carruagens de fogo (de luz) puxadas por cavalos. Também cita os Cavaleiros do apocalipse, em suas cavalgadas pelo espaço levando o terror aos pecadores. 

Outras mitologias religiosas citam seres espirituais que cavalgam pelo espaço infinito. Inclusive, a Mitologia cita as Valquírias, que eram (ou são) exímias amazonas sobrenaturais. A mitologia grega cita Pegasus, o cavalo alado, e cita seres que têm corpo de cavalo e humano. 

Bem, separando as descrições míticas, temos de fato espíritos de cavalos que, após desencarnarem, retornam para uma dimensão da vida que é, em si, uma realidade de DEUS, toda dedicada a abrigá-los. E não só aos que encarnaram, porque essa realidade se assemelha a um sonho ou a um conto de fadas. Além de ser uma dimensão quase toda plana, só quebrada por algumas ravinas, colinas, bosques e riachos, ela é infinita em qualquer direção, e é toda verdejante, recoberta por algumas espécies de gramíneas ou capins de baixa estatura. 

Nela vivem equinos das mais variadas espécies, cada uma tão bela quanto as outras; e andam em manadas tão grandes que encantam os olhos de quem os vê correndo ao longe. 

Ninguém é obrigado a crer no que aqui revelamos, mas essa dimensão realmente existe. Assim como existem os verdadeiros exércitos de espíritos montados em seus garbosos cavalos que, a um comando dos seus montadores, se atiram numa cavalgada pelo espaço. 

Briosos e fogosos, esses cavalos obedecem aos seus montadores como se ouvissem o pensamento deles. 

Esses exércitos de espíritos montados vigiam, como soldados dedicados, tudo o que acontece nos campos da Lei Maior e sempre estão prontos e alertas para acudirem os necessitados. 

Ogum, na Umbanda, difere um pouco de sua descrição no Candomblé porque nela Ele foi todo associado à Lei Maior e é “o senhor das demandas”

Ogum corta demandas o tempo todo para os umbandistas. São pedidos e mais pedidos nesse sentido e ninguém mudará essa imagem, esse arquétipo de Ogum, pois foi pra exercê-la que ele foi incorporado à nascente religião umbandista. 

Pois bem, a Linha de Boiadeiros é sustentada, em um dos seus Mistérios, por Ogum, e a alusão aos cavalos, ao tocar da boiada, ao laçar e trazer de volta o boi desgarrado do rebanho, o atolado na lama, o arrastado pelos temporais, o que se embrenhou nas matas e se perdeu, o que foi atravessar o rio e foi arrastado pela correnteza, etc., tudo tem a ver com o trabalho realizado por esses destemidos espíritos Boiadeiros de Umbanda. 

E assim sucessivamente com as alusões dos seus pontos cantados, pois as “ventanias”, as “poeiras”, as “enxurradas” e outros simbolismos indicam os campos de atuação e de ações desses espíritos aguerridos que lidam com os “bois desgarrados do grande rebanho”

Na Bíblia, o cordeiro simboliza espírito. 

Na Umbanda dos Boiadeiros eles são chamados de “bois”

Boiadeiros são espíritos que conduzem de volta às pastagens tranquilas e seguras os “bois” que se “desgarraram” e se desviaram da grande corrente evolucionista humana. 

É para buscá-los de volta e reincorporá-los, mesmo que à força (o laço e o chicote), que os Boiadeiros (Caboclos de Ogum ligados ao TEMPO) existem. 

Eles não são só espíritos de ex-vaqueiros ou ex-peões. Eles são grandes resgatadores de espíritos rebelados contra a Lei Maior porque não aceitam os “cabrestos” ou as “peias” criadas por ela [Lei Maior] para educar os “cavalos e bois” [espíritos] chucros e arredios, difíceis de serem domados e domesticados. 

O simbolismo por alusão é tão associado à lida com o gado e com suas dificuldades que, ou o interpretamos corretamente ou muitos desavisados ficarão com a impressão de que eles são só espíritos de ex-peões tocadores de gado do plano material. 

Ogum é o senhor das demandas; 

Yansã é a senhora dos Eguns (espíritos); 

Logunan é a senhora do Tempo cronológico [Obs.: do tempo que passa, das eras, e também do Tempo Infinito de Deus, que é a eternidade]. 

No tempo, em que tudo acontece (a evolução), esses Caboclos de Ogum demandam com as forças das trevas pela libertação e reerguimento consciencial dos espíritos, amparados pela nossa Divina Mãe Yansã. 

Também, a Linha de Boiadeiros é uma linha transitória criada por Ogum e outros Orixás para que todos os Exús de Umbanda, assim que evoluam, possam galgar um novo grau de trabalhos espirituais, no qual deixam de ter que atender a todos os pedidos, não importando se são justos ou injustos, se são bons ou ruins, pois Exu é neutro e assume a polaridade de seu ativador. Obs.: Exu é neutro. Ele “funciona” de acordo com a polaridade da pessoa que o ativa. Mas a responsabilidade é de quem o ativou e lhe deu a própria polaridade, boa ou má. 

Todo espírito que atua como Exu de Umbanda, ao conquistar o grau de Boiadeiro, recupera o seu livre arbítrio e já não é obrigado a responder às invocações com fins negativos. 

Após conquistar o grau de Boiadeiro, o espírito deixa de ser conduzido pelos “bois” e torna-se um tocador “de gado”

Jetuá, Boiadeiro!

COLETÂNEA OXÓSSI NA UMBANDA - DIVERSAS INFORMAÇÕES SOBRE A LINHA DOS BOIADEIROS


Muita coisa temos de aprender sobre estas linhas de trabalho que atinge a energia de OXÓSSI, seja ela pelos CABOCLOS como também pelos BOIADEIROS

Desta forma, já vamos anunciando o que estamos preparando para a segunda parte desta COLETÂNEA OXÓSSI NA UMBANDA, onde ainda iremos futuramente abordar este tema buscando de forma mais aprofundada poder partilhar mais alguns conhecimentos interessantes a fim de que possamos ter ainda mais condições para atuar com esta linha energética.

Nomes simbólicos: Boiadeiro da Serra da Estrela, Zé do Laço, Zé das Campinas, João Boiadeiro, Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro de Imbaúba, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro do Chapadão. 

Dia da semana: A terça-feira, associada a Marte e aos Orixás Ogum e Yansã. 

Algumas Casas lhes dedicam a quinta-feira, na regência do planeta Júpiter, este associado aos Orixás Xangô e Egunitá, por entenderem que os Boiadeiros são regidos pelos Orixás Ogum, Yansã e Egunitá. Considerando que há uma grande ligação entre os campos da Lei e da Justiça Divinas, essa interpretação tem lá seus fundamentos. 

Campo de atuação: Recolhem os espíritos que se desviaram perante a Lei Divina e agem de forma desequilibrada em qualquer dos Sentidos da Vida; combatem os espíritos trevosos e as magias negativas; promovem uma limpeza profunda em nosso campo magnético, despertando em nossas vidas, de forma ordenada, movimento e direção. 

Ponto de força: Os caminhos, as campinas, os espaços abertos e as pedreiras. 

Saudação: Jetuá, Boiadeiro! 

Cor: Azul escuro e amarelo. Em algumas Casas também o marrom e/ou o roxo. 

Elementos de trabalho: Berrante, couro, laço, cabaça, terra, pedras, semente olho de boi, anis estrelado, corda, chifres, chicotes, pembas. 

Ervas: Folhas de bambu, arruda, eucalipto, peregum, quebra-demanda, espada de São Jorge, lança de Ogum, espada de Santa Bárbara, pinhão roxo, casca de alho, casca de cebola, canela, anis estrelado, cravo, folhas de limão e de laranjeira, folhas de café e de fumo (tabaco). 

Fumo/defumação: Cigarro de palha, fumo de corda, charuto. 

Incenso: Benjoim, anis estrelado, cravo, canela, arruda, eucalipto. 

Pedras: Hematita, Granada, Turmalina Preta, Ônix Preto. Também e especialmente as Drusas de Cristal e as Drusas de Ametista. As drusas são agrupamentos de várias pontas em uma única base. Elas trabalham a união e o agrupamento de pessoas ou de objetivos e limpam o ambiente. (Fonte quanto às Drusas: “Os cristais e os Orixás”, Angélica Lisanty, Madras Editora, 2008, página 84.) 

Frutos: Abacaxi, carambola, limão, laranja, uva, banana, açaí, frutas de casca amarela ou vermelha, as frutas ácidas em geral, abóbora, cará, mandioca. 

Flores: Cravos vermelhos, rosas vermelhas e amarelas, flores vermelhas e amarelas em geral. 

Bebidas: Suco de frutas ácidas; vinho tinto seco; vinho branco; aguardente com pedaços de canela; água de coco; cerveja clara; conhaque; café com canela; vinho tinto doce ligeiramente aferventado com folhas frescas de eucalipto; vinho tinto doce fervido com pedacinhos de gengibre. 

Resina: Benjoim (serve apenas para defumações, e NÃO para banhos). 

Oferenda: Frutas, ervas (inclusive dos Orixás Ogum, Oyá-Tempo e Yansã), bebidas, pedras, velas.

COLETÂNEA OXÓSSI NA UMBANDA - ALGUMAS EXPRESSÕES USADAS PELOS BOIADEIROS

Motumbá meus (minhas) amigos (as) do BLOG OLHOS DE OXALÁ, Boa Noite!!!

Aqui estamos novamente para lhe trazer algumas novidades em relação às nossas postagens referentes à COLETÂNEA OXÓSSI NA UMBANDA. Lembrando que estamos abordando a energia dos BOIADEIROS, servidores de OXÓSSI. Assim visando concluir esta parte da COLETÂNEA ainda hoje a fim de darmos entrada no próximo tópico.

Uma linha de trabalho, que manifestadas apresentam alguns termos em seu linguajar muitas vezes não compreendido de acordo com tudo que eles vem realizar a favor de todos aqueles a quem vêem recorrer. Neste caso os BOIADEIROS.


Assim buscamos trazer pra todos vocês alguns destes significados para facilitar ainda mais a compreensão de todos e do que se referem de fato durante suas consultas:

Significado de algumas expressões usadas pelos Boiadeiros (Fonte: “Arquétipos da Umbanda”, Rubens Saraceni, 2007, Madras Editora, página 110) 

Cavalos = filhos de fé; 

Boi = espírito acomodado; 

Boiada = grande grupo de espíritos reunidos por eles e reconduzidos lentamente às suas sendas evolucionistas; 

Laçar = recolher à força os espíritos rebelados; 

Boi atolado = espírito que afundou nos lamaçais e regiões pantanosas; 

Boi açoitado pelos temporais = egum caído nos domínios de Yansã e do Tempo, onde os “temporais são inclementes”

Açoite ou chicote = instrumento mágico de Yansã, feito de fios de crina ou de rabo de cavalo; 

Laço = instrumento do Tempo (Mãe Oyá-Tempo); 

Bois afogados em rios = espíritos caídos nas águas profundas das paixões humanas; 

Bois arrastados pelas correntezas = espíritos arrastados pelas correntezas turbulentas da vida; 

Bois que se embrenharam nas matas e se perderam = espíritos que entraram de forma errada nos domínios de Oxóssi; 

Bois atolados em lamaçais = espíritos caídos nos domínios de Nanã Buruquê; 

Bois perdidos nos pantanais = espíritos que abandonaram a segurança da razão e se entregaram às incertezas das emoções.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

COLETÂNEA OXÓSSI NA UMBANDA - COMIDAS RITUALÍSTICAS DOS BOIADEIROS

Agora como não podia deixar de ser outro assunto, não visto nem estudado anteriormente. Vamos partilhar com vocês um pouco sobre o que podemos OFERTAR aos nossos irmãos BOIADEIROS, tanto para eles como entidades bem como aos viventes que participam de seus cultos.

Cozinha ritualística 


1- Caldo de mocotó - Cozinhar um mocotó em água, com uma colher de sopa de vinho tinto seco. Depois de cozido, retirar a panela do fogo. Retirar um pouco do caldo, acrescentar cerca de uma colher de sopa de farinha de milho branca e mexer para dissolver bem a farinha. Acrescentar essa mistura ao caldo que ficou na panela e misturar bem. Temperar tudo com sal, alho, cebola e temperos frescos a gosto. Levar de novo ao fogo e deixar aferventar um pouco. Esse caldo é muito nutritivo e também tem um poder de “limpeza” extraordinário em casos de magias negativas e de enfraquecimento do campo mediúnico. 


2- Cebola branca deixada no sereno - Descascar uma ou mais cebolas brancas, cortar em fatias grossas e deixar de molho em água mineral, numa vasilha branca (de louça ou de vidro) coberta com um pano branco e colocada no tempo (em espaço aberto) durante uma noite, para receber sereno. Coar. O sumo que fica (água mineral + o sumo da cebola + a ação do sereno) é muito bom para purificação e equilíbrio. Pode ser usado para banho, desta maneira: ferver um pouco de água, retirar do fogo e esperar amornar. Acrescentar um pouco daquele sumo e fazer o banho. 

As rodelas de cebola também podem ser passadas em azeite de oliva, temperadas com uma pitada de sal e folhas de manjericão ou de hortelã picadinhas e servidas para a Entidade manipular, ou podem ser ingeridas pelas pessoas. Isso tem ação curativa e alto poder de limpeza. 


3- Arroz com lentilhas (ou ervilhas) e carne seca desfiada - Lavar as lentilhas (ou ervilhas) e deixar de molho em água por cerca de uma hora. Escorrer e reservar. Dessalgar a carne seca e cozinhá-la um pouco em água com dentes de alho picadinhos. Juntar as lentilhas (ou ervilhas) e esperar até que tudo esteja cozido. Retirar a carne seca e desfiar. Refogar a carne desfiada com cebola, alho picadinho, pimenta vermelha picadinha e sem as sementes, orégano e/ou cheiro verde a gosto. Reservar. Refogar o arroz e juntar água quente para o cozimento. Quando estiver quase seco, acrescentar a carne seca desfiada e as lentilhas (ou ervilhas). Terminar o cozimento em fogo mínimo. Pode-se também servir este arroz acompanhado de pedaços de abóbora cozida e refogada em azeite, sal e temperos a gosto. 


4- Feijão tropeiro - Dessalgar e cozinhar um pedaço de carne seca cortada em cubinhos. Guardar a água do cozimento. Reservar a carne já cozida. Cozinhar um pouco de feijão naquela água onde a carne seca foi cozida, deixando-o em ponto firme, para que os grãos não desmanchem. Reservar o feijão e um pouquinho da água do seu cozimento (uma concha pequena). Em separado, aferventar duas vezes uma calabresa e um paio, trocando a água da fervura para eliminar excessos de gordura. Retirar a pele e cortar em cubinhos. Dourar em azeite de oliva alguns dentes de alho e uma cebola picadinhos. Colocar sal a gosto e acrescentar a carne seca, as linguiças e por último o feijão com um pouquinho da água do seu cozimento. Mexer com cuidado. Juntar um pouquinho de farinha de mandioca torrada ou de farinha de milho, misturando tudo para dar o ponto de um virado. Acrescentar temperos frescos picadinhos a gosto (cheiro-verde, orégano, pimenta etc.). Regar com um fio de azeite de oliva. 


5- Arroz tropeiro - Meio kg de arroz, 200 g de lombo de porco, 200 g de costelinha defumada,uma linguiça defumada, 200 g de carne de sol, várias cebolas pequenas inteiras. 

Preparo: O lombo é a única carne que precisa ser temperada com alho e sal a gosto. Fritar à parte: a linguiça, a carne de sol e a costelinha; depois, fritar o lombo e, assim que ficar bem dourado, colocar os outros ingredientes já fritos e o arroz. Acrescentar água quente e deixar o arroz cozinhar. Servir com couve refogada. 


6- Frutas variadas: especialmente as de polpa vermelha e as de casca amarela. 


7- Costela de boi - Temperar com sal, alho e cebola, tomate, pimentão amarelo e vermelho e cheiro-verde (todos picadinhos), orégano e um pouco de vinho tinto ou de vinagre. Deixar a costela de molho nessa mistura por cerca de uma hora. Fazer assada com batatas e/ou fatias de batata doce. Também pode ser refogada e dourada na panela. 


8- Arroz carreteiro - ½ kg de arroz, 50 g bacon, ½ kg de carne seca, 1 linguiça calabresa defumada, 1 linguiça mista, 1 cebola picada, 2 dentes de alho picados, 1 colher de óleo. Preparo: Dessalgar a carne seca e cortar em cubos. Fritar o bacon até dourar e reservar. Fritar as linguiças e reservar. Numa panela grande o suficiente, refogar o alho e depois a cebola. Acrescentar a carne seca, a linguiça e o bacon e dar uma boa refogada. Colocar o arroz e refogar. Juntar água quente, o necessário para o cozimento do arroz. 


9- Arroz Tropeiro mineiro - Meio quilo de arroz, 1 colher de óleo, 1 tablete de caldo de galinha, pimenta-do-reino a gosto, 1/2 quilo de carne de sol; três dentes de alho, 1 cebola roxa, 2 tomates e salsinha bem picadinhos. Preparo: Picar a carne em tiras finas e refogar em óleo e alho. Adicionar um pouco de água quente e deixar a carne cozinhar por uns 10 minutos. Em separado, ferver água para o cozimento do arroz; quando ferver, juntar a ela o caldo de galinha e os temperos picados. Colocar o arroz para refogar junto com a carne. Adicionar a água que foi fervida e temperada para o cozimento do arroz. Não deixar secar muito, pois o ponto desse arroz é meio mole. 


10- Carne seca com farofa de farinha de milho amarela e torresmo - acompanhada de mandioca, cará e pedaços de abóbora cozidos. Decorar com pimentas. 


11- Leite de cabra - Oferendar em copos ou em metades de casca de coco, especialmente em trabalhos de limpeza “pesada” e para saúde. Pode-se fazer banho: aquecer água e retirar do fogo. Juntar um pouquinho do leite de cabra e fazer o banho.

COLETÂNEA OXÓSSI NA UMBANDA - A IMPORTÂNCIA DOS ATABAQUES NOS TOQUES DE BOIADEIROS

Estamos vendo dentro de toda realidade voltada à LINHA DOS BOIADEIROS, na energia de Oxóssi, muita coisa que talvez nem tivéssemos conhecimento ou que jamais iriamos parar para pensar, estudar e aprender.

Uma destas, quando se esta num TOQUE DE BOIADEIROS OU DE CABOCLOS é sem dúvida alguma a energia que amana do som dos ATABAQUES. De fato, ficamos tão empolgados e até envolvidos por seus gestos, brados e modo de atuação espiritual, que não nos voltamos a prestar atenção nesta realidade fundamental de todo culto.

Percebemos então que a função de um "Ogãn" bem instrumentalizado e de fato intimo de seu instrumento, a sua importância quanto a realização de um bom trabalho voltado pela LINHA DOS BOIADEIROS.


Atabaques: Dentro da ritualística de Umbanda existe um elemento de grande importância que é a Curimba formada por médiuns que se dedicam ao estudo dos cânticos ritualísticos.

Há uma grande influência dos boiadeiros no trabalho da curimba, pois eles regem suas forças e fundamentos.

Os atabaques são formados basicamente por três elementos da natureza: Animal (couro), Vegetal (madeira), Mineral (ferragens). Estes elementos por sua vez encontram-se no ambiente (reino) natural destas entidades e a força da curimba no terreiro está justamente em conseguir dissipar as energias negativas, inibir a ação de obsessores e desagregar miasmas e larvas astrais que estejam impregnados no ambiente de trabalho conseguindo com isso um êxito maior.