sexta-feira, 26 de abril de 2013

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - FILME: O PODER DO MACHADO DE XANGÔ

Motumbá meus (minhas) irmãos (ãs) do BLOG OLHOS DE OXALÁ

Estamos voltando com tudo após, digamos assim, de um período de hibernação. E como não poderia deixar de ser, estamos dando seguimento às postagens referentes ao grande ORIXÁ XANGÔ, o SENHOR DA JUSTIÇA.


Com grande alegria meus irmãos dando continuidade a tudo que se refere ao ORIXÁ XANGÔ, desta forma o DOCUMENTÁRIO SOBRE O PODER DO MACHADO DE XANGÔ relata não somente o que se refere ao ORIXÁ em questão. Mas sobretudo ao que se refere ao CANDOMBLÉ E SUA CULTURA AFRO-DESCENDENTE.






Espero que este documentário possa servir de lição sobre vários aspectos de nossa religiosidade.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - DÀDA BÀAYÀNI ÀJÀKÚ



Dàda Bàayànì Àjàkú, o Filho de Òrànmíyàn e Ìyá Mòrèmí 

Antes de Ìyá Torosí, Òrànmíyàn casou-se com Ìyá Mòrèmí e com ela teve um filho, cujo os cabelos nasceram em tufos, era Dàda Bàayànì Àjàkú. Dàda (Àjàká), que também foi um Aláàfìn Òyó, irmão de Sàngó, era um rei muito calmo e pacífico e sua personalidade não permitiu-lhe ser um grande comandante. Aproveitando-se disso, Sàngó apossou-se do reina do de Òyó, tornando-se Aláàfìn. 

Dàda Bàayànì Àjàkú, passou, então, a reinar um povoado próximo de Òyó. Envergonhado com o seu despojamento, Dàda passa a usar uma coroa que lhe cobre todo o rosto (Adé Bàayànì), a qual tiraria apenas quando reconquistasse seu lugar em Òyó. 

O reinando de Sàngó durou exatos sete anos, nesse período, ele foi um governante cruel, sendo chamado de aterrorizador (Èrùjèjè), desta feita, Sàngó abdica do trono de Òyó e se refugia em Kòso, lugar onde ele desaparece aos pés de um Igi Àyàn. 

Um provérbio yorùbá diz: "De Wole Nira Oya, Ni Kòso Do Wole Sàngó" ("Oya adentrou à terra em Irá e Sàngó adentrou à terra em Kòso). 

Isto posto, Dàda Bàayànì Àjàkú retomou o reinado de Òyó, governando a cidade até sua morte. Posteriormente, Aganjú seu filho, torno-se o novo Aláàfìn. 

Que a Grande Divindade do Arco-Íris, o nosso pai Òsùmàrè, olhe por todos, dando vida longa com saúde! 

Terreiro de Òsùmàrè

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - AS ESPOSAS DE XANGÔ

AS ESPOSAS DE XANGÔ 


No reino de Oyó, ficavam as três esposas do Orixá, a sua espera, cada vez que ele saia para guerrear. Quando voltava, Xangô comemorava com elas suas conquistas com grandes festas, regadas a vinho de palma. 

Iansã era esposa de Ogum e foi seduzida por Xangô. Oxum vivia com Oxóssi e tambèm foi seduzida pelo Orixá. Obá apesar de ser uma deusa mais velha, também foi esposa de Xangô. 

As cerimonias para Xangô, na África, duram cinco, nove ou 17 dias. Sua importância no Brasil é grande, que chegou a originar cultos específicos em Pernambuco e em outros estados Nordestinos.

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - O REI NÃO SE ENFORCOU


O MITO - " O REI NÃO SE ENFORCOU" 

Conta-se que quando Xangô teve dificuldade para se manter no trono de Oyó, ele voltou-se para a terra dos Tapa e, vendo-se abandonado por todos, ele enforcou-se numa árvore de obí. 

Seus inimigos proclamaram "Obaso" - "O rei enforcou-se". Seus partidários negaram este fato e gritaram "Oba Kò Sô", ateavam fogo nas casas dos detratores de Xangô, nas noites de tempestades, para confirmar a reputação do Deus do trovão. 

Alusão feita a Xangô que, quando irado, ateava fogo pelas narinas, para punir os infratores ( texto extraído do livro de Pierre Verger - Os Orixás) - segundo a lenda é por isso que Xangô tem aversão à morte e aos eguns (mortos).

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - XANGÔ ENSINA A AGANJÚ A LIDAR COM O FOGO


Hoje, vamos contar uma história de Aganjún, Divindade da Família de Sàngó. 

Aganjú é o Òrìsà da força, deidade do sol e dos vulcões (Obá Aganjú Oniná Oke - "Rei Aganjú, lava das montanhas..."), ele é a força em chamas que emerge da terra. 

Aganjú passava por sérios problemas em seu reinado (vizinho à Òyó), sabedor disso, Sàngó o procurou, afim de "ajudá-lo". Próximo às terras de Aganjú, Sàngó ouviu vozes e, se escondeu entre as árvores, objetivando observar o que estava acontecendo. Ficou espantado ao ver um homem em chamas, era Aganjú. 

Ao lado dele estava Òsun, que com a sua água doce, tentava acalmar aquele homem em chamas. Aganjú estava muito nervoso, afinal, seu reino estava em decadência, não obstante, percebeu que havia alguém lhe olhando e, nervoso, indagou quem era. 

Sàngó mostrou-se, dizendo: "Sou Sàngó, o Aláàfìn Òyó". Irritado, Aganjú perguntava quem lhe havia dado permissão para entrar em suas terras. Sàngó disse que não precisava de autorizações, sendo ele o rei de Òyó. 

Cada vez mais furioso, Aganjú disse: 'Você não sabe a que perigo está se expondo com tanta ousadia! Sabe que posso transformá-lo em cinzas agora mesmo?". Rindo, Sàngó disse que se quisesse poderia transforma-se em fogo também. 

Intentando alarmar Aganjú, Sàngó se tomou por fogo, mostrando o seu poder e dizendo que queria apenas ajudá-lo. Aganjú, então, questionou de que forma Sàngó queria lhe ajudar. 

O rei de Òyó disse que poderia lhe ensinar a controlar seus poderes, sendo que Aganjú, acabava por queimar todos àqueles que se aproximavam e, que poderia ser uma espécie de "porta voz" do seu povo. 

Desconfiado, Aganjú perguntou porque ele estava fazendo isso; Sàngó disse que temia que os problemas chegassem à Òyó e por isso estava se prevenindo. 

Òsun, que continuava jogando água em Aganjú, percebia que aquela não era a verdadeira intenção de Sàngó. Aganjú disse que aceitaria a oferta de Sàngó, mas perguntou qual o preço que teria que pagar por isso. 

Sàngó, por sua vez, disse que não havia necessidade em lhe pagar, no entanto, deveria, a partir daquele momento, utilizar todas as ferramentas de Sàngó, tais como Osé e o Séré. 

"Desse modo, seu povo, ao ver em minhas mãos as mesmas insígnias usadas por você, não contestará a minha autoridade e, reconhecendo os atributos, acatarão as ordens que a eles eu irei transmitir, afirmou Sàngó"

Aganjú indagou a opinião de Òsun, que já flertava com Sàngó. Òsun disse acreditar ser um bom negócio, podendo desta forma, restabelecer a ordem em seu País. 

Diante disso, Aganjú aceitou a proposta de Sàngó e recebeu do Aláàfìn de Òyó um Séré e um Osé. 

Feito isso, Sàngó impôs no reinado de Aganjú o seu regimento e, Aganjú por sua vez, começou a utilizar-se das ferramentas de Sàngó. Anos depois, Aganjú tornar-se-ia também um Aláàfìn Òyó. 

Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!! Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó

OLHOS DE OXALÁ - CONVITE

Com grande carinho, respeito, amizade e dedicação a nosso amigo PAI GUIMARÃES DE OGUM, bem como ao BABALORIXÁ EDSON T' OSUN e toda a equipe da ABRATU. Estamos enviando o convite da FESTA DE OGUM


Com a obrigação de PEDRO  MANUEL T' OGUM, ele não estará presente. Mas, nós da EQUIPE OLHOS DE OXALÁ, estaremos para dar uma acompanhada no evento e poder partilhar com todos vocês esta grande festividade a nosso PAI OGUM.

OLHOS DE OXALÁ - CONVIDA A TODOS PARA FESTA DE CABOCLO

Com grande alegria, nós da família do BLOG OLHOS DE OXALÁ, convidamos vocês amigos, seguidores, visitantes à participar da festa do CABOCLO SR 7 CRUZEIROS, no ILÊ ASÉ JAGUM, agora dia 30/04.

Segue o BANNER do evento:


Venham participar deste evento, que garantimos que a alegria será enorme com sua presença.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

COLETÂNEA XANGÔ, SENHOR DOS RAIOS


Motumbá meus (minhas) amigos(as) do BLOG OLHOS DE OXALÁ, Bom dia!!! 

Já demos, neste mês, um breve início sobre o estudo de nosso grande ORIXÁ XANGÔ, através da postagem "CELEBRIDADES FALAM SOBRE XANGÔ". Hoje vamos nos adentrar em todo o conhecimento do grande ORIXÁ DA JUSTIÇA


Teria sido o terceiro Àlàáfìn Òyó - Rei de Oyó -, filho de Oranian e Torosi. 

Na África sob seus aspectos, histórico e divino. A filha de Elempe, rei dos Tapás, que havia firmado uma aliança com Oranian.Xangô cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se mais tarde, em Kòso (Kossô), onde os habitantes não o aceitaram pelo seu caráter violento e imperioso; mas ele conseguiu, finalmente, impor-se por sua força. 

Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oyó, onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Kossô. Conservou, assim, seu título de Obá Kòso, que, com o passar do tempo, veio a fazer parte de seus oríkì. 

Xangô, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yamase como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.  

Xangô é o irmão mais jovem, não somente de Dadá-Ajaká como também de Obaluaiyè. Entretanto, ao que parece, não são os vínculos de parentesco que permitem explicar a ligação entre ambos, mas sua origem comum em Tapá, lugar onde Obaluaiyè seria mais antigo que Xangô , e, por referencia para com o mais velho, em certas cidades com Seketê e Ifanhim são sempre feitas oferendas a Obaluayiè na véspera da celebração das cerimônias para Xangô. 

Xangô, é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores, razão do que de sobra, para ser denominado, deus da justiça. 

Os èdùn àrá (pedras de raio - na verdade, pedras neolíticas em forma de machado), são consideradas emanações de Xangô, e são colocadas sobre um odó - pilão de madeira esculpida -, consagrado à Xangô. 

Seu símbolo é oxé - machado de duas lâminas - lembra o símbolo de Zeus em Creta. Esse oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao mesmo tempo, o duplo machado e lembra, de certa forma, a cerimônia chamada ajere, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma vasilha cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo; e, em uma outra cerimônia, chamada àkàrà, durante a Qual engolem mechas de algodão embebidas em azeite de dendê em combustão. É uma referência à lenda, segundo a qual Xangô tinha o poder de escarrar fogo graças a um talismã que ele pedira à Oyá buscar no território bariba. 

Os adeptos de Xangô , em cerimônias, seguram nas mãos o xéré , um instrumento musical utilizado apenas por eles (desde que autorizados), feito de uma cabaça alongada e contendo no seu interior pequenos grãos, que convenientemente sacudido, imita o ruído da chuva. 

Em algumas situações também usa um làbà - uma bolsa grande em couro ornamentado -, onde guardaria seus èdùn àrà, que lança sobre a terra durante as tempestades. 

Suas danças são acompanhadas por um tambor chamado bàtá (tem uma forma de ampulheta, com couro dos dois lados de tamanhos diferentes), são pendurados no pescoço por uma tira de couro, e seus tocadores, os olúbatá, que batem com uma tira de couro no lado menor do tambor, para fazer vibrar o instrumento, e com a mão fazem pressões mais ou menos fortes do outro lado, para obter os tons da língua yorubá. 

No Recife, seu nome serve mesmo para designar o conjunto de cultos africanos. Suas cores são o vermelho e branco, e sua saudação é: Kawó kabiyèsílé ! - Venham ver o Rei descer sobre a terra!! Em sua dançá, o alujá , Xangô brande orgulhosamente seu oxé e assim que a cadência se acelera, ele faz um gesto de quem vai pegar num labá (sua bolsa) imaginário, as pedras de raio, e lançá-las sobre a terra. 

Xangô está em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral. Xangô é a ideologia, a decisão, a vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, a vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o poder de liderança. 

Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo rei é mais importante que o medo. Este, que apesar de grande guerreiro, justo e conquistador, detesta doenças, a morte e aquilo que já morreu. 

Xangô é avesso a eguns (espíritos desencarnados). Admite-se até que ele é uma espécie de imã de eguns, daí sua aversão a eles. Xangô costuma entregar a cabeça de seus filhos a Obaluaiê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal o grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas. 

Qualidades: 

1) Dadá 

2) Afonjá 

3) Lubé 

4) Ogodo 

5) Koso 

6) Jakuta 

7) Aganju 

8) Baru 

9) Oloroke 

10) Airá Intile 

11) Airá Igbonam 

12) Airá Mofe ou Adjaos 

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - O PORTAL DA JUSTIÇA



Talvez estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras. 

Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. 

Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é misticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. 

Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo. 

Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos. 

Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão. 

Na África, se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar o solo em busca das pedras-de-raio formadas pelo relâmpago. Pois seu axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o Meteorito é seu axé máximo. 

Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade (a não ser em contendas pessoais suas, presentes nas lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente. Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá. 

Xangô não contesta o status de Oxalá de patriarca da Umbanda, mas existe algo de comum entre ele e Zeus, o deus principal da rica mitologia grega. 

O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. 


Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada. 

Segundo Pierre Verger, esse símbolo se aproxima demais do símbolo de Zeus encontrado em Creta. Assim como Zeus, é uma divindade ligada à força e à justiça, detendo poderes sobre os raios e trovões, demonstrando nas lendas a seu respeito, uma intensa atividade amorosa. 

Outra informação de Pierre Verger especifica que esse Oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao mesmo tempo, o duplo machado, e lembra, de certa forma a cerimônia chamada ajerê, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo, demonstrando através dessa prova, que o transe não é simulado. 

Xangô portanto, já é adulto o suficiente para não se empolgar pelas paixões e pelos destemperos, mas vital e capaz o suficiente para não servir apenas como consultor. 

Outro dado saliente sobre a figura do senhor da justiça é seu mau relacionamento com a morte. Se Nanã é como Orixá a figura que melhor se entende e predomina sobre os espíritos de seres humanos mortos, Eguns, Xangô é que mais os detesta ou os teme. Há quem diga que, quando a morte se aproxima de um filho de Xangô, o Orixá o abandona, retirando-se de sua cabeça e de sua essência, entregando a cabeça de seus filhos a Obaluaiê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal o grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas. 

Deste tipo de afirmação discordam diversos babalorixás ligados ao seu culto, mas praticamente todos aceitam como preceito que um filho que seja um iniciado com o Orixá na cabeça, não deve entrar em cemitérios nem acompanhar a enterros. 

Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô. 

Xangô teria como seu ponto fraco, a sensualidade devastadora e o prazer, sendo apontado como uma figura vaidosa e de intensa atividade sexual em muitas lendas e cantigas, tendo três esposas: Obá, a mais velha e menos amada; Oxum, que era casada com Oxossi e por quem Xangô se apaixona e faz com que ela abandone Oxossi; e Iansã, que vivia com Ogum e que Xangô raptou. 

No aspecto histórico Xangô teria sido o terceiro Aláàfin Oyó, filho de Oranian e Torosi, e teria reinado sobre a cidade de Oyó (Nigéria), posto que conseguiu após destronar o próprio meio-irmão Dada-Ajaká com um golpe militar. Por isso, sempre existe uma aura de seriedade e de autoridade quando alguém se refere a Xangô.

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - POR QUE XANGÔ COME QUIABO?

Por que em tudo que XANGÔ come, deve ir QUIABO




LOUVANDO A QUARTA FEIRA DIA DE XANGO; TRAGO A VOCES KABIESILE XANGO ! 

A guerra de Ogum e Xangô, pelo amor de Oxum. Em passeio, Ogum com Oxum e Xangô com Iansã, os dois irmãos com suas respectivas companheiras. 

Em determinado momento Ogum foi tomado por um grande ciúme, por achar que Oxum já conversava demais com seu irmão. Ao passarem por uma ponte, Ogum furioso atirou Oxum nas àguas do rio, e foi embora sem querer saber se ela estava viva ou morta. Xangô, que vinha atrás com Oya, viu toda a cena, correu e retirou Oxum das águas. 

Oxum estava mal, então Xango á levou nos braços para seu palácio, onde Oxum teve todos os cuidados necessários. 

Recuperada, Oxum afirmou não mais voltar à viver com Ogum, devido ao seu ciúme e violência. Ogum estava achando que Oxum havia morrido e um dia resolveu visitar seu irmão Xangô. Ao chegar no palácio, Ogum ficou surpreso ao ver Oxum, linda, bela e maravilhosa, à pentear-se na varanda do palácio. 

Oxum ao ver Ogum, mais insinuante se fez, colocando perfume e fazendo de tudo para mostrar à seu antigo companheiro que ela estava linda e cheia de vida. 

Ogum se sentiu traído por Xangõ, por ele não ter lhe avisado que Oxum estava viva. Tomado de um grande ódio, Ogum pensou em invadir o palácio e trazer Oxum de volta, ou matá-la ali mesmo, mas pensou bem e ficou maquinando um jeito de fazer. 

Oxum voltar para sua choupana na mata. Foi para casa e mandou um presente para Xangô, um carneiro bem bonito, gordo e branquinho. Recebendo o presente, Xangô viu logo que era falsidade de Ogum, deduzindo que ele já havia descoberto tudo. 

Então resolveu retribuir o presente, e mandou para Ogum um cachorro bem magro, para que ele soubesse, que ele (Xangô) já sabia da intenção do presente que Ogum havia lhe mandado, com o propósito de agradá-lo e tomar Oxum de sua companhia. 

Quando o presente de Xangô chegou, Ogum tomado de ódio estraçalhou o bicho com a boca, dizendo se vingar de Xangô. Exu, que de longe à tudo assistia, esperou Ogum se acalmar e lhe disse: Ogum, "ila" (quiabo) é o que faz Xangô ficar lesado, mande bastante quiabo para ele que você terá vitória. 

Ogum deu um agrado à Exu, e foi ao mercado comprar um cesto de quiabos, o qual mandou para Xangô. 

Quando este novo presente chegou ao palácio de Xangô, este esqueceu de tudo e de todos, até do amor de Oxum, para comer o tão apetitoso quitute. 

Aproveitando-se do descuido de Xangô, Ogum entrou no palácio, pegou Oxum e à levou de volta para sua choupana na mata, dizendo que jamais á maltrataria. 

Desde então, toda oferenda à Xangô deve levar quiabo. 

Por babalorisá Kleber Ti Ogun !

segunda-feira, 15 de abril de 2013

OLHOS DE OXALÁ - TRANSFORMAÇÃO DA BONECA DE OXUM DE MARCOS DE ODÉ

Com grande alegria venho até vocês compartilhar um pouco da transformação da BONECA DE IGBÁ do meu irmão MARCOS DE ODÉ, do ILÊ ASÉ JAGUM, que nos solicitou esse agrado para nossa tão amada OXUM.

Devido à festividade dos 26 anos de Oyá, de nossa amada Iyalorixá Bárbara de Oyá, nosso irmão acima citado, nos solicitou uma mudança na BONECA DE OXUM, que já se encontrava no seu IGBÁ ORIXÁ. Acompanhem conosco o antes e o depois e vejam o que veio a ficar esta boneca transformada com muito amor.






Para que possamos fazer a sua também, é muito prático, entre em contato conosco. Pois cada uma montada de acordo com seu orixá. Lembrando que é confeccionada de acordo com sua devida qualidade, a fim de cobrir inteiramente o seu IGBÁ ORIXÁ, deixando-o mais bonito e protegido contra o pó que sempre assola os quartos de Santo de qualquer ILÊ ASÉ.

VALOR: R$ 100,00 A UNIDADE.

Entre em contato pelos fones 11 5844-4397 ou pelos celulares: 11 98833-4651 (Claro operadora - Pedro T'Ogum) ou 99422-5133 (Claro operadora - Fernando T'Oxaguian).

Ou pelos e-mails:

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E faça seu pedido agora mesmo.

OLHOS DE OXALÁ NOS 26 ANOS DE OYÁ LOGUNERE

Motumbá meus (minhas) irmãos (ãs) do BLOG OLHOS DE OXALÁ

Com grande alegria venho partilhar com todos vocês o ajó de 26 anos de Iniciação de minha Iyalorixá Bárbara de Oyá, no Ilê Asé Jagum, Taboão da Serra. 

Uma festividade que teve todas suas funções compreendidas entre 06/04 até o dia de Sábado, 13/04/2013. Com uma festividade muito linda, com presença de grandes nomes de nosso amado Candomblé, como: Babalorixá Carlito de Oxumarê, Babalorixá Claudinho de Oxum (meus avôs de santo), Babalorixá Mauro de Oxum (RJ), Pai Ribamar de Ayrá, entre muitos outros Babalorixás e Iyalorixás presentes no evento.

Festividade esta, dedicada literalmente ao louvor de Oyá, que se fez presente dignamente e majestosamente. 

Vejam vocês mesmo um pouco desta belíssima festividade.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

OLHOS DE OXALÁ LEMBRANCINHA DOS ORIXÁS - XANGÔ AGANJU

Outra maravilhosa confecção que nos deixou muito felizes em estar prestando esse serviço a nossa irmã DANIELA, na ZONA NORTE. A mesma será destinada para presentear uma grande amiga de nossa irmã do BLOG OLHOS DE OXALÁ.





Comunicamos que todas as ENCOMENDAS fora do ESTADO DE SÃO PAULO, onde nos encontramos, seja de preferencia solicitada sempre com um (1) mês de antecedência a data do evento marcado para evitar atrasos de CORREIO, quanto a entrega. Bem como o FRETE é acrescentado sobre o valor do cento das lembrancinhas.

Dúvidas, solicitações de orçamentos e até formalização de pedidos devem ser feitos pelos emails:

manufeshowboy@yahoo.com.br

olhosdeoxala@gmail.com

comunidadeabarca@gmail.com

fernando.caveda@ig.com.br

fernandotosun@hotmail.com

Ou pelos fones: 11 5844-4397 (fixo) ou pelos celulares da CLARO OPERADORA: 11 99422-5133 (Fernando T'Oxaguian) ou 11 98833-4651 (Pedro T' Ogum).

OLHOS DE OXALÁ LEMBRANCINHAS DOS ORIXÁS - PILÃO DE OXALÁ

Mais um serviço prestado à nossa amiga e irmã do BLOG OLHOS DE OXALÁ, Bete T'Odé, para reabertura do ILÊ ASÉ, após um ano de preceito devido ao período de Axexê do antigo Babalorixá em ERMELINDO MATARAZZO, SÃO PAULO, com uma linda e maravilhosa festa das ÁGUAS DE OXALÁ.








Comunicamos que todas as ENCOMENDAS fora do ESTADO DE SÃO PAULO, onde nos encontramos, seja de preferencia solicitada sempre com um (1) mês de antecedência a data do evento marcado para evitar atrasos de CORREIO, quanto a entrega. Bem como o FRETE é acrescentado sobre o valor do cento das lembrancinhas.

Dúvidas, solicitações de orçamentos e até formalização de pedidos devem ser feitos pelos emails:

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Ou pelos fones: 11 5844-4397 (fixo) ou pelos celulares da CLARO OPERADORA: 11 99422-5133 (Fernando T'Oxaguian) ou 11 98833-4651 (Pedro T' Ogum).

OLHOS DE OXALÁ LEMBRANCINHAS DOS ORIXÁS - IANSÃ ONIRÁ

Motumbá meus (minhas) irmãos(ãs) de nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ. Bom dia!

Com grande alegria quero agradecer imensamente a presença de todos vocês que nos visitam diariamente em nosso MEIO DE COMUNICAÇÃO, que de forma tão simples, tem ajudado tantas pessoas pelos relatos que estamos recebendo seja por comentários nas postagens, como via email.

Esperamos de fato, que este mesmo MEIO DE COMUNICAÇÃO, seja para todos que participam dele através de suas páginas, suas postagens, como fontes de pesquisa ou até mesmo estudo, crescimento ou fonte de solucionar dúvidas. Mas também para nossa EQUIPE DE COLABORADORES - EQUIPE OLHOS DE OXALÁ E A EQUIPE DE CO-AUTORES, que visem sempre a busca de fazer deste BLOG cada vez melhor.

Um outro motivo que me faz vir aqui hoje é partilhar com todos mais um serviço que nos foi encomendado através de nossa PÁGINA LEMBRANCINHAS DOS ORIXÁS, onde aqui expomos as LEMBRANCINHAS DE IANSÃ ONIRÁ. Mas ainda temos mais ORIXÁS para compartilhar com vocês. 

Esta no caso, foi para nossa irmã SEBASTIANA, da cidade de FORMOSA, no estado de GOIÁS. Espero que gostem.





Comunicamos que todas as ENCOMENDAS fora do ESTADO DE SÃO PAULO, onde nos encontramos, seja de preferencia solicitada sempre com um (1) mês de antecedência a data do evento marcado para evitar atrasos de CORREIO, quanto a entrega. Bem como o FRETE é acrescentado sobre o valor do cento das lembrancinhas.

Dúvidas, solicitações de orçamentos e até formalização de pedidos devem ser feitos pelos emails:

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fernandotosun@hotmail.com

Ou pelos fones: 11 5844-4397 (fixo) ou pelos celulares da CLARO OPERADORA: 11 99422-5133 (Fernando T'Oxaguian) ou 11 98833-4651 (Pedro T' Ogum). 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - O DIA EM QUE FOI CHAMADO DE COVARDE


O Dia em que Sàngó foi chamado de Covarde 

Sàngó e Èfón entraram em disputa pelo amor de uma mulher muito bela, filha de Àpákò. Por determinação da mulher, Sàngó e Èfón deveriam combater entre si e, no fim de dezesseis dias, ela anunciaria qual dos dois seria considerado vencedor, conquistando assim o direito de desposá-la. Èfón armou-se com um poderoso par de chifres e dirigindo-se ao campo de luta, atacou furiosamente Sàngó que surpreso, bateu em retirada, indo refugiar-se no Orun. 

Naquele tempo, Sàngó era ainda muito jovem e inexperiente, mas aconselhado por Èsù, consultou Ifá para saber de que forma poderia vencer a disputa pela mulher amada. Na consulta, fora-lhe prescrito um sacrifício. Enquanto isso, os adversários de Sàngó espalhavam o boato de que ele era um grande covarde, que havia fugido de Èfón sem opor a menor resistência. 

Sàngó, então, realizou o sacrifício e imediatamente após começou a trovejar. No meio da tempestade, surgiu Sàngó e a cada brado que emitia, numerosos raios saiam de sua boca numa demonstração de seu poder incontestável. Diante de tão assustadora visão, Èfón depôs suas armas e curvando-se, submeteu-se ao poder de Sàngó, suplicando-lhe piedade. 

Após esse dia, nunca mais ninguém ousou chamar Sàngó de covarde 

Que a Grande Divindade do Arco-Íris, o nosso pai Òsùmàrè, olhe por todos, dando vida longa com saúde! 

Terreiro de Òsùmàrè

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANG^0 - OS 12 MINISTROS


0S 12 MINISTROS DE XANGO 

Bom dia Oba nixé Kawo Kabiesile. 

A corte do rei Xangô e seus 12 ministros homens de confiança reis de varias regiões africanas que em decorrência de terras conquistadas por xango, em vez de Xangô aprisioná-los ou escravizá-los; os fez consultores imediatos de suas decisões em seu reino. 12 homens com sabedoria impar e de decisões que até o próprio Xangô não vacila. Xangô é a justiça, mas nem mesmo ele esta livre dela. 

Por que quem é justo tem que ser o 1 a dar exemplo, e os 12 obás são os da direta de Xangô com direito de vóz e vóto nomes, OBÁ ARÉ ,OBÁ TELÁ, OBÁ KANKANFO, OBÁ ARESSÁ, OBÁ ABIODUN,OBÁ AROLÚ. Os da esquerda que só tem direito as condenações impostas pelo REI XANGO, NOMES: OBÁ ONIKOY, OBÁ OLUGBON, OBÁ ONANXOKÚN, OBÁ XORUN, OBÁ ERIM. 

ESTES 12 REIS, 12 HOMENS E QUE DECIDEM TODO O DESTINO E JUSTIÇA FEITA NO MUNDO POR XANGÔ E TAMBEM FAZ PARTE DE SEU CULTO DENTRO DO CANDOMBLÉ COM INEDITISMO COMPARTILHO COM TODOS IRMÃOS DE FÉ; OS 12 MINISTROS DE XANGÔ. 

ÓTIMA SEGUNDA FEIRA A TODOS; XANGO ABENÇÕE A TODOS NÓS.

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - APRESENTAÇÃO

ÒRISÁ SÀNGÓ 


Xangô, Shango ou Sango, é um Orixá, de origem Yorubá. Cujo mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba xango.

Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas que: Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.

Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.

Shango, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yemanjá como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.

Shango orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô.

Sacerdote de Sango - Magba

Sacerdotisa de Sango - Iya Magba

Atabaque de Sango - Ilu bata

Toque favorito - Alujá

Fruto favorito - Orogbo

Bichos - Akunko, Agutan, Ajapá

Comida - Amalá

Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. Xangô é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.

PALAVRAS DE PEDRO MANUEL T'OGUM - NOVOS TEMPOS


Motumbá meus irmãos e irmãs, que esta semana se inicie cheia de grandes realizações e vitórias nas suas vidas e na de todos que visitam nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ. Que de fato se tornou não somente uma fonte de aprendizado e comunicação. Mas quem faz parte dele se torna membro de uma grande família que é sondada pelos perfeitos e insondáveis olhos de OXALÁ

Antes de mais nada venho pedir ago (desculpas), pelo pouco andamento de nosso BLOG, mas os motivos além de serem sempre louváveis. Agora ainda mais, são de fato decisivos. Fatos que no presente momento me fez ficar alguns dias, verdadeiros momentos de pleno silêncio, pois precisava tomar algumas decisões pessoais, profissionais e acima de tudo espirituais. E o tempo chegou. 

Como meu cigano, JUAN CALIXTO, mesmo deixou claro, chegou o tempo de um novo ciclo. E com isso chega o tempo de dar minha obrigação. E como todos sabem é um período de recolhimento, de abandonar tudo e todos, deixar a vida de lado para dedicar-se unica e exclusivamente ao ORIXÁ. E no meu caso, por falta de um tem logo dois: OGUM E OXAGUIAN, que os amo de paixão.

Em relação ao BLOG também demos uma parada devido a algumas encomendas atuais de LEMBRANCINHAS DOS ORIXÁS, que buscamos de fato não somente nos dedicar pelo pouco tempo devido as datas serem muito próximas e terem nos pedido digamos bem claramente de ULTIMA HORA. Mas como todo bom guerreiro, adoro desafios e com isso IANSA (ONIRÁ), XANGÔ (AGANJU) E OXALUFÃ E OXAGUIAN, foram de fato dignamente confeccionados, honrados e criados com todo amor e devoção.

Mas na presente data que se extende até o dia 21/05, dia do meu recolhimento, devido a minha OBRIGAÇÃO, vamos dar continuidade de forma rápida. Mas nunca parcial, dos assuntos que fazem parte da grade voltada e dedicada ao ORIXÁ XANGÔ. Pai da justiça, dos trovões. 

Desejamos que não deixem de participar, acompanhar e deixar claro o seu comentário sempre que seu coração quizer aqui no BLOG. Pois assim teremos uma noção de quanto o nosso MEIO DE COMUNICAÇÃO, esta atingindo você e de que forma esta ou não contribuindo para seu crescimento.

Pedro Manuel T' Ogum.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

COLETÂNEA CURIOSIDADES DE XANGÔ - PEDRA RAIO E AS FAVAS


Dentro de todo o conteúdo deste mês voltado ao ORIXÁ XANGÔ, uma das coisas que muitas vezes se para pensar é de fato o ASSENTAMENTO DO IBÁ DO ORIXÁ REI

Xangô de fato é um ORIXÁ muito complexo e exigente em tudo que se direciona a Ele. E dentro de sua realidade, muitos ficam meio que perdidos quanto a alguns itens que fazem parte destes, e que por falta de conhecimento nem se chega a saber de fato o que vem a ser. 

Hoje para auxiliar um pouco mais dentro desta realidade, resolvemos expor algumas coisas que fazem parte deste ORIXÁ DA JUSTIÇA E DO FOGO

Edun Ará, a famosa Pedra do Raio de Xangô 



Um dos materiais mais difíceis de se encontrar para realização de um assentamento de Xangô. A pedra do raio, edun ará, que neste caso (foto) foi trazida por Pai Jefferson da Bahia e confirmada por Mãe Zilda do Ilê Axé Opô Afonjá. Dificilmente você terá outra oportunidade de ver uma foto desta pedra, e isso pode auxiliá-lo bastante para não ser confundido.

Dentro desta realidade, aproveitamos para compartilhar outros itens que fazem parte do seu Igbá, e que muitas vezes se adquirem de forma errada.



Fava de Jatobá 
Veja o detalhe da mão para ter noção do tamanho

Orobô 

Neste caso a semente seca, pode ser encontrada em conserva

Bola do Bucho do Boi

Fava de Xangô 


Assim de forma bem didática, esperamos ter contribuído um pouco mais para o conhecimento quanto ao ORIXÁ XANGÔ.

COLETÂNEA CURIOSIDADES SOBRE XANGÔ - FALANDO DO ELEMENTO FOGO


 

O elemento fogo - na religião 

A humanidade sempre nutriu um respeito profundo pelo fogo e o poder à ele atribuído. Esse respeito pelo fogo e a curiosidade em relação a ele provavelmente começaram quando os seres humanos adquiriram coragem suficiente para levar o fogo causado pelo relâmpago para seus acampamentos e usá-lo para se aquecer e cozinhar. Alguns arqueólogos colocam essa ocorrência entre 250 e quinhentos mil anos atrás. Enquanto os seres humanos não aprendiam a acender sozinhos o fogo, nossos ancestrais tinham muito cuidado em manter aceso o tempo todo esse fogo "capturado e sagrado". 

Não demorou muito para os seres humanos descobrirem que o fogo possuía dois aspectos: um sagrado e um mundano. OS Xamãs acendiam o fogo de maneiras específicas com madeiras especiais. Eles usavam esse fogo para iluminar cavernas misteriosas e locais de poder sagrado onde somente certas pessoas entravam para participar de rituais místicos. Esse fogo sagrado ajudava o xamã e outros participantes iniciados a entrar em contato com os mundos espirituais onde eles recebiam mensagens e aprendiam em primeiro lugar a magia e a arte da cura. Uma vez que o fogo podia ser ou criativo ou destrutivo, acreditava-se que aqueles que lidavam com ele haviam sido tocados pelo divino. 

Muitas divindidades de culturas de todo o mundo são associadas ao fogo em uma ou vários de suas formas, como a lareira, os vulcões e o relâmpago. 

Muito mais tarde na história, os seres humanos desenvolveram formas mais portáteis para usar o fogo sagrado. Primeiro surgiu a tocha e depois a lamparina de azeite e as velas. Os lugares sagrados eram sempre iluminados por essas formas de fogo em miniatura, bem como também o eram os altares privados nos lares. Os sacerdotes ensinavam que a chama das lamparinas e das velas representavam o mais elevado potencial do espírito e que a fumaça conduzia as preces e os desejos dos adoradores para a esfera espiritual. 

As ervas eram queimadas como incenso, onde não apenas exalavam um aroma agradável, como também frequentemente eram escolhidas pela sua capacidade de desencadear estados alterados que conduziam o sacerdote a um estado de consciência mais elevado. Acompanhados pela prece, cantos, danças e/ou concentração profunda, os sacerdotes aprendiam que eram capazes de transformar seus desejos em realidade. 

Desse modo, a magia foi descoberta. 

Até mesmo hoje, os rituais do fogo ainda são usados em muitas culturas e religiões ao redor do mundo. Quase todas as religiões usam velas, lamparinas ou incenso para caracterizar seus templos religiosos e cerimônias. 

O fogo sempre foi sagrado. As memórias genéticas nos fazem lembrar que ele ainda é. Como resposta, somos atraídos pelas velas, quer as usemos em rituais quer simplesmente as acendamos em um bolo de aniversário ou na mesa para um jantar especial.