Motumbá, meus (minhas) amigos (as)!
É interessante que as vezes parece que os assuntos surgem aos montes para serem postados em minha cabeça, ainda mais agora que o Blog esta passando por uma nova reestruturação.
Olho cada tema visitado do tempo antigo, me fazendo sondar o que é necessário para melhorar ainda mais o andamento do mesmo, quanto as postagens, visitas, comentários enfim. Mas sempre chego numa conclusão nada melhor que o tempo certo de tudo.
Já me ponho a pensar, e isso é engraçado, e ao mesmo tempo; relembrar do meu tempo em que a Igreja Católica era o auge de minha vida como seminarista e como catequista de crianças, jovens e adultos. Professor de crisma e ainda formador para Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística (pessoas autorizadas e instituídas pelos bispos a ajudarem o Sacerdote - Padre, a distribuir a Hóstia Consagrada, durante a Comunhão).
Mas nunca deixei o meu lado espiritualista, que aprendi nas duas realidades: Umbanda e no Candomblé, sabendo que a minha falecida Mãe Carmem de Oxum, tinha seus filhos na realidade Umbanda, bem como filhos na realidade do Candomblé, com sua casa sempre cheia, numa totalidade de 350 filhos. E uma das suas maiores lições sempre foi: "Nunca deixe a água de sua guardinha secar". Uma frase tão simples, às vezes até boba, mas com uma profundidade enorme.
Se formos analisar no ato físico seria você ir lá onde estão suas coisas do Santo, pegar a sua Quartinha e de fato verificar como anda a quantidade de água, que representa a vida. Para saber se esta cheia, meia quantidade ou quase vazia, nunca podendo deixar secar inteiramente. Claro que isso tem um significado enorme e não seria agora, a hora certa de explicar ou explanar este assunto. Mas o outro significado da mesma expressão é o que tem de maior profundidade, que agora deve ser partilhado.
O outro sentido que me refiro na expressão: "NUNCA DEIXE A ÁGUA DE SUA QUARTINHA SECAR", é sem dúvida o nosso momento particular com nosso Orixá. Conversar com ele, dialogar, agradecer pelos caminhos que eles nos trouxeram. Por aquilo que com sua força e energia, conseguimos conforme o que lhe era de agrado. Colocar diante deles os nossos problemas, nossas vitórias, tristezas e até dúvidas, enfim colocar na quartinha do coração interior deles a nossa vida, a nossa água, a nossa pequenez reconhecendo que de fato nada somos sem a força e a energia deles.