Candomblé é uma religião africana trazida pelo Negro que veio para o Brasil como escravo, com suas práticas ritualísticas, seus dialetos, sua visão de mundo, comidas, ritmos, músicas e danças que influenciaram na construção da sociedade brasileira.
No Continente Africano, o Negro cultua seus Orixás e seus Antepassados (EGUNS) em diferentes áreas e regiões. Chegando ao Brasil, foram agrupados nas senzalas negros de várias nações, como estratégia de dominação plena pelos Senhores de Engenho, dificultando a integração entre os líderes e os sacerdotes que, mesmo assim, com o passar do tempo, conseguiram se reestruturar socialmente, retomando a prática do culto aos seus ORIXÁS.
Em todo lugar da África a religiosidade e a espiritualidade, independentes da região, apresentam algumas características comuns:
Expressão do culto através dos rituais e da dança. O negro dança para tudo: nascimento, casamento e morte, etc.
É uma religião essencialmente voltada para cultuar a vida e a natureza, a integração da vida no universo e no mundo. Tudo é dinâmico. Tudo tem solução se bem integrado às forças da natureza que nos conduzem.
É uma religião de transe mediúnico que se manifesta no corpo (incorporação). É uma religião iniciática (preparação do sacerdote).
Acreditam que todos os homens fazem parte da mesma força universal, fluído cósmico universal e possuem uma energia inteligente protetora que filia e integra ao Cosmo – um ELEDÁ (Orixá) que ilumina no alto do seu Ori (cabeça) auxiliando na evolução espiritual durante essa sua existência no mundo físico.
É uma religião Oracular e Oral. Oracular por usar vários processos adivinhatórios. Oral, pois a transmissão das tradições e do conhecimento se dá através da vivência, da experiência e da orientação da fala. É participando das obrigações e dos seus rituais que você aprende os fundamentos dos Orixás.
O Candomblé é uma religião monoteísta, pois seus adeptos acreditam em um DEUS único criador – OLORUM, OLODUMARÉ, ZAMBÍ ou ZAMBIAPONGUE: e nos Orixás que representam as qualidades do Deus Superior.
RITO ou RITUAIS – desde os XIRÊS (Festas Públicas) até os ritos mais internos, todos com a mesma proposta de integração da vida no sentido de renovação, mobilizando constantemente a comunicação entre os homens e os Orixás, entre o mundo terreno e o mundo espiritual.
Trabalham com a noção de ÓRUM ou QUATENZALA – o mundo espiritual, espaço dos Orixás e dos Eguns; e a nação de AIYÊ, mundo físico, a vida na terra. Esses dois espaços estão em constante comunicação e intercâmbio e o culto aos Orixás tem a função de viver constantemente à relação entre os dois planos.
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