Este Orixá em torno o qual, se tem elaborado tantas histórias distintas, teve uma missão muito importante na religião Iorubá, porque ele é o Oxogun de todos os Orichas (o encarregado de dar-lhes de comer). Com a sua faca se mata e isso não é outra coisa que não seja a representação de Ogum no Santo. É certo que o sangue que chega as taças dos demais Orixás cruza primeiro com Ogum (antes que o Santo que está comendo). A missão deste santo é guerrear por todos nós nesta religião e a vida, é que ele cometeu uma falta muito grave ao abusar de sua mãe Yembó. Isto causou que Obatalá tratou de maldizer, mas não deu tempo, que Ogum maldiçoou-se a si mesmo.
A maldição que escolheu foi não dormir de dia e de noite até que o mundo seja mundo. Ele considera que todas as mulheres, incluindo a sua mãe, são iguais. Ogum é bruxo e guerreiro (como Changó) e nas guerras o demonstra. Ogum nasce da entranha da terra, porque ele é o ferro e nasce também daí.
A palavra Ogum tem muito a ver com os Eggun (espíritos). Ele gosta de coisa de mortos. Sua esposa é Oyá, e por ganhar o amor a essa teve de lutar contra Xangô. Teve amores com Yemanjá, a que ensinou a arte do amor. Na terra vive com Oxossi, por mandato de Obatalá ao lado da porta do Ilé (casa), para nada de mal entre na casa e por tudo isto Maferefun Oggún aguanille aerere.
Dia da semana………..Quinta-feira (para alguns, terça-feira)
Cores…………………..Verde e amarelo
Sincretismo……………….São Jorge
O que faz………………..Dá força para vencer demandas e habilidade para lidar com ferro.
Saudação…………………Patakori!
Presentes prediletos………Flores vermelhas, velas, charutos, suas comidas e bebidas.
Pataki (1)
Ogum foi o segundo filho de Yemanjá e era muito ligado ao irmão mais velho, Exú. Os dois eram muito aventureiros e brincalhões, estavam sempre fazendo asneiras juntos. Quando Exú foi expulso de casa pelos pais, Ogum ficou muito zangado e resolveu acompanhar o irmão. Foi atrás dele e por muito tempo os dois correram mundo juntos. Exú, o mais esperto, resolvia para onde iriam; e Ogum, o mais forte e guerreiro, iam vencendo todas as dificuldades do caminho. É por isso que Oum sempre surge no culto logo depois de Exú, pois honrar seu irmão preferido é a melhor forma de agradá-lo; e enquanto Eshú é o dono das encruzilhadas, Ogun governa a reta dos caminhos.
Pataki (2)
Quando Ogum conquistou o reino de Irê, deu o trono para o filho e partiu em busca de novas batalhas. Anos depois, ele voltou; mas chegou no dia de uma festa religiosa em que todos deviam guardar silêncio. Sentindo sede, quis beber, mas o vinho havia sido todo usado no ritual religioso; pediu comida e ninguém lhe respondeu, por causa da proibição religiosa. Pensando que o desprezavam, Ogum puxou a espada e matou todo mundo. Quando terminou a cerimônia religiosa, o filho veio ao encontro de Ogun, prestou-lhe todas as homenagens e ofereceu-lhe um banquete. Quando lhe explicaram o que ocorrera, Ogum ficou horrorizado com seu crime. Cravou a espada no chão e fez com que se abrisse um grande buraco por onde se afundou, tornando-se desde então um Orixá.
Pataki (3)
Depois que Exú foi expulso de casa pelos pais, ficou decidido que Ogun, o segundo filho, seria o sucessor do pai no governo. Entretanto, Ogum não gostava desse tipo de atividade. Seu prazer estava nas aventuras. Quando substituiu o pai durante uma viagem deste, Ogum deixou de lado as funções de governante, dedicando-se os passeios e confusões com os amigos. Estava sempre se metendo com as namoradas alheias e arrumando brigas. Para mantê-lo sossegado, então, o pai lhe deu o comando do exército e a missão de responder às agressões ao reino e de conquistar novos territórios. Nessas atividades, ele foi muito bem sucedido.
Okanbi Com a bênção de Meu Pai Aggayú e Yemanjá
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