sábado, 31 de março de 2012

OS ORIXÁS, O CANDOMBLÉ E O CRISTIANISMO E OS TEMPLOS


Os Orixás

Na Mitologia Yorubá, Olorum é o Deus supremo do povo Yorubá, que criou as divindades chamadas Orixá para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas não são considerados deuses.

Os Orixás/Inkices/Voduns são arquétipos de uma atividade ou função e representam as forças que controlam a natureza e seus fenômenos, tais como as águas, o vento, as florestas, os raios, etc.

Cada Orixá tem um dia da semana a ele consagrado, por isso a grande quantidade de baianos vestidos de branco nas sextas feiras, pois sexta-feira é dia de Oxalá, a divindade da Criação e o branco é a sua cor. Oxalá é sincretizado com Nosso Senhor do Bonfim, padroeiro da cidade de Salvador.

Eles recebem homenagens regulares, com oferendas de comidas, ervas, minerais, cânticos, danças e roupas especiais.

Candomblé e Cristianismo

No tempo das senzalas os negros para poderem cultuar seus Orixás, Inkices e Voduns usavam como camuflagem, um altar com imagens de santos católicos e por baixo os assentamentos escondidos.

Depois da libertação dos escravos começaram a surgir as primeiras casas de candomblé, e é fato que o candomblé tenha incorporado muitos elementos do Cristianismo. Crucifixos e imagens eram exibidos nos templos, Orixás eram freqüentemente identificados com Santos Católicos, algumas casas de candomblé também incorporam entidades caboclos, que eram consideradas pagãs como os Orixás.

Mesmo usando imagens e crucifixos inspiravam perseguições por autoridades e pela Igreja, que viam o candomblé como paganismo e bruxaria, muitos mesmo não sabendo nem o que era isso.

Templos

Os Templos de candomblé são chamados de casas, roças ou Terreiros. As casas podem ser de linhagem matriarcal, patriarcal ou mista.

Casas pequenas, que são independentes, possuídas e administradas pelo Babalorixá (Babalorixá, ou Baba, é um sacerdote e chefe de um Terreiro de Candomblé) ou Iyalorixá (Yalorixá ou Iyá ou ainda Yalaorixá é uma sacerdotisa e chefe de um terreiro de Candomblé Ketu) dono da casa e pelo Orixá principal respectivamente.

Em caso de falecimento do dono, a sucessão na maioria das vezes é feita por parentes consangüíneos, caso não tenha um sucessor interessado em continuar a casa é desativada. Não há nenhuma administração central.

Casas grandes, que são organizadas tendo uma hierarquia rígida, não são de propriedade do sacerdote, nem toda casa grande é tradicional, é uma Sociedade Civil ou Beneficente.

Existem também as Casas de linhagem matriarcal (só mulheres), que assumem a liderança da casa como Iyalorixá.

A progressão na hierarquia é voltada ao aprendizado e ao desempenho dos rituais longos da iniciação. Em caso de morte de uma Iyalorixá, a sucessora é escolhida, geralmente entre suas filhas, na maioria das vezes por meio de um jogo divinatório Opele-Ifa ou jogo de búzios. Entretanto a sucessão pode ser disputada ou pode não encontrar um sucessor, e conduz frequentemente ao fechamento da casa. Há somente três ou quatro casas no Brasil que completaram 100 anos.

Também é denominado candomblé o templo em que são realizados os ritos e cerimônias.

A visita ao candomblé, como a qualquer outro templo religioso deve ser feita com seriedade e respeito, seguindo-se algumas regras básicas: não trajar bermuda ou roupa de banho; não tirar fotos, gravar ou filmar os cultos.



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