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sexta-feira, 1 de março de 2013

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - QUE FILHO DE SANTO EU SOU?


Irmãos esta postagem eu copiei do perfil de um dos meus amigos do ORKUT. Prefiro não comentar o nome pois é uma pessoa muito conhecida no CANDOMBLÉ da região de CARAPICUÍBA. Mas a medida que formos lendo, além é claro de rir muito, ELA POR SI SÓ NOS FAZ PENSAR MUITO sobre a nossa real posição dentro da RELIGIOSIDADE

Vamos ler com bastante atenção, mas não é proibido rir não, viu!!! 

QUE FILHO DE SANTO EU SOU?
 

FILHO DE SANTO AVESTRUZ: Na hora do vamos ver, sempre se esconde. 

FILHO DE SANTO JIBÓIA: Só vai nas festas para se empanturrar. 

FILHO DE SANTO PITBULL: Não deixa ninguém se aproximar do Pai de Santo. 

FILHO DE SANTO PEQUINÊS: Está sempre lambendo o Pai de Santo. 

FILHO DE SANTO GATO: Dá o tapa e esconde a mão. 

FILHO DE SANTO BICHO PREGUIÇA: Na hora da função, cadê ele? 

FILHO DE SANTO MACACO: Pula de Casa em Casa. 

FILHO DE SANTO HIENA: Está sempre rindo, mas não sabe do que. 

FILHO DE SANTO CAVALO: Só serve pra dar coice, cuidado! 

FILHO DE SANTO CONDOR: Está sempre gemendo nos cantos. 

FILHO DE SANTO GIRAFA: O corpo ta no chão mas a cabeça ta longe. 

FILHO DE SANTO ELEFANTE: Impossível não notar sua presença. 

FILHO DE SANTO URUBU: Só aparece quando a coisa fedeu. 

FILHO DE SANTO ARANHA: Trabalha muito em sua casa, e ainda tem gente que não da valor. 

FILHO DE SANTO VIRA-LATA: Leva Coió, mas sempre volta com o rabo entre as pernas. 

FILHO DE SANTO SAPO: Está sempre cheio de feitiço. 

FILHO DE SANTO PAVÃO: Gosta de aparecer mais que os outros. 

FILHO DE SANTO FRANGO: Novo no Santo, mas gosta de cantar de Galo. 

FILHO DE SANTO MICO: Só serve pra fazer os outros rirem. 

FILHO DE SANTO ZEBRA: Sempre corre do "Leão do Pai de Santo". 

FILHO DE SANTO PEIXE: Todos contribuem com a festa e ele NADA. 

FILHO DE SANTO RINOCERONTE: Debaixo de toda aquela casca dura tem um coração mole. 

FILHO DE SANTO PAPAGAIO: Repete o que o Pai de Santo diz, mas não sabe o que esta falando. 

FILHO DE SANTO CORUJA: Fica só de longe observando. 

FILHO DE SANTO POMBO: Se tiver comida ele vem todo dia. 

FILHO DE SANTO LEÂO: Se você olhar nos olhos dele ele te avança. 

FILHO DE SANTO CABRITO: Quando aparece na Casa, é no Sacrifício. 

FILHO DE SANTO BORBOLETA: Ta sempre voando pro ai, e quando aparece é só pra enfeitar o Salão. 

FILHO DE SANTO GRILO VERDE: Quando aparece é pra dar Sorte. 

FILHO DE SANTO BARATA: Ninguém gosta mas ta sempre na Casa de Santo. 

FILHO DE SANTO GALINHA D’ANGOLA: Cheio de fundamento 

FILHO DE SANTO BEIJA-FLOR: Vem na Casa, fica um pouquinho e vai embora. 

FILHO DE SANTO TAMANDUÁ: Tem a língua maior que a boca 

FILHO DE SANTO UNICÓRNIO: Perfeito, mas todos sabem que não existe. 

Que bicho você é ?????????????????????

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - O USO DA CARIDADE - PARTE IV

Hoje muito se tem falado sobre o uso da caridade. Talvez nossa maior dificuldade seja não somente como prática-la, mas também como fazer acontecer. 

A caridade como a própria Bíblia Cristã, utilizada por protestantes e católicos, é apresentada como o maior dom de todos. Pois a caridade nada mais é que colocar o AMOR em prática. 

É muito triste ver hoje em nossa realidade social, várias pessoas, precisando de ajuda, de colaboração; na busca de um dia ainda melhor. Vários sofrendo de males muitas vezes até ignorados pela sociedade em questão. Mas para as famílias que vivem o problema é que sabem de fato o grau de sofrimento que isso gera nas suas realidades em seu dia a dia. 

Muitos em estado de pobreza grotesco, outros acometidos pelo uso de entorpecentes químicos, seja pela droga em si, pelo álcool e tantos outros derivados. Pessoas doentes que muitas vezes por falta de condições melhores, acabam ou jogadas como carne dentro de um açougue nos corredores de um Hospital Público lotado, ou ficam em casa, sem ter de onde tirar seu sustento para manter os seus remédios. 

Uma das coisas que o ESPIRITISMO prega e com louvor é de fato o uso da CARIDADE entre os mais fracos. A UMBANDA SAGRADA, em seus atendimentos, também de alguma forma realiza também laços de caridade, devido ao que os próprios GUIAS buscam sempre mostrar: o uso da CARIDADE, seja nos passes, no atendimento e até por que não dizer em OBRAS SOCIAIS. No CANDOMBLÉ o mesmo acontece, mas não com tanta frequência, quanto deveria. 

Um exemplo que destaco e com louvor em nossa religiosidade CANDOMBLECISTA é de fato o ILÊ ASÉ OPO AFONJÁ, com a criação de sua ESCOLA que atende não somente crianças descendentes do próprio ILE ASÉ, mas também da região onde ele se encontra. São raras as pessoas que se preocupam em arrecadar cestas básicas para a população carente por eles próprios atendidos. Mais raro ainda quanto aos próprios membros em si, que muitas vezes, são cobrados valores absurdicamente autos para iniciar ou zelar por um ORIXÁ de determinado filho (a) de Santo. 

Hoje o que se vê em nossa religiosidade em sua maioria? Um eterno e grandioso desfile de modas, onde os ORIXÁS EM SUA ESSÊNCIA não se encontram mais. Encontra-se hoje ALEGORIAS CARNAVALESCAS. Lembrando que caridade vem da pratica da HUMILDADE. Umas das coisas que todas as suas casas pregam hoje constantemente. Mas que infelizmente com o passar do tempo vemos que isso não se vive. 

ORIXÁ é pé no chão. Primeira coisa que eles fazem ao estar em terra é justamente os pés no chão, descalços. Mostrando de fato o que eles querem para seus filhos. Seus gestos ao abraçar um determinado filho de santo, um ogãn, ou até um zelador(a). É o reconhecimento do amor que os homens e mulheres devem ter por estes que estão aqui para nos ajudar a ser melhores. 

Quantos já tenho visto dizer que fazer SANTO é vir a ter um dia uma boa casa. Ganhar um carro ou ganhar mundos de dinheiro. Onde foi que se aprendeu isso? ORIXÁ é caminhos para você ter força e lutar para conquistar aquilo que for seu por direito. Mas nada cai do céu! Coitado de quem pensa que entrar na RELIGIOSIDADE vai ficar rico. 

O uso da CARIDADE é de fato amar o seu irmão muito mais que a ti mesmo. Mostrando à sociedade e a todos os que abrem as suas bocas indevidamente contra a nossa RELIGIOSIDADE. Pois é aquele negócio falar é muito fácil, fazer ai sim quero ver. E quem faz não precisa brigar por respeito. Pois a própria atitude já fala por si só e acaba até calando a boca de muitos. 

Muitas vezes não se faz nada por falta de coragem e peito. Pois com simples gestos assim, não veremos dizer que suas casas só tem quantidade de pessoas que se encontram de DOIS EM DOIS MESES ou de TRÊS EM TRÊS para se dar um XIRÊ. Quer ter casa cheia mas com QUALIDADE? Faça o que estas fotos podem vir a te ensinar. As vezes arregaçar mangas seja de fato o que esteja faltando no seu ILE ASÉ.

PEDRO MANUEL T'OGUM E ELAINE T' OXUMARE

ROBERTA T' OGUM E ELAINE T' OXUMARE

EQUIPE OLHOS DE OXALÁ EM REUNIÃO

 MATERIAL ARRECADO PARA BAZAR

  SAPATOS ARRECADADOS PARA BAZAR

ELAINE T' OXUMARE, FERNANDO T' OXAGUIAN E ROBERTA T' OGUM, SELECIONANDO OS SAPATOS PARA BAZAR

 UMA DAS SENHORAS QUE VISITAMOS NOS ASILOS

 ADRIANA T' YEMANJÁ NA VISITA AO ASILO

 MARIA T' OXUM, ARRUMANDO O BAZAR

 ROBERTA T'OGUM ATUANDO NO BAZAR

MARIA T'OXUM, DE COSTAS, SUPERVISIONANDO O BAZAR

  FERNANDO T' OXAGUIAN E MARIA T' OXUM, ARRUMANDO MATERIAIS DO BAZAR

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - O USO DA CARIDADE - PARTE III

Motumbá meus (minhas) irmãos (ãs) de nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ. Aqui estamos em mais um novo mês, que vem como a vida, acompanhado de muitas surpresas. Novas lutas, novas esperanças, novas conquistas.

E como temos visto a COLETÂNEA O CANDOMBLÉ, tem vindo cheia de novidades, HIERÁRQUIAS,  MATRIARCADOS, ATITUDES DENTRO DE UMA CASA DE ASÉ. Enfim, vários e vários assuntos. Não deixando de ser, desta forma, aqui estamos dando a seqüência de mais um tema bem atual, interessante e pouco usado: O USO DA CARIDADE

Vamos ver o que temos por aqui: 

Novamente voltando a dar seqüência a esta coletânea sobre O USO DA CARIDADE NO CANDOMBLÉ, vamos partir do ponto lógico para darmos continuidade ao assunto em questão. 

E para isso vamos tentar compreender melhor o seu CONCEITO, o que vem a ser de fato a dita CARIDADE, que todos comentam, falam e ainda se dizem fazer.


CONCEITUANDO CARIDADE 

Este ponto é muito interessante, visto que, existe uma aceitação muito forte de que caridade significa ter piedade de alguém, quer dizer, dar alguma coisa para que alguém sane sua fome, ou mate sua sede, ou se agasalhe, como fazem as pessoas todos os dias, quando passam por alguém que pede nas ruas. 

O simples ato de pedir muitas vezes não é para matar a fome de alguém, pode-se dizer que seria até um mau costume que se adquiriu na infância que dificilmente se libertará, haja vista que, este vício tem proliferado muito, nas grandes e médias cidades. 

Observe que é lucrativo pedir, quando as doações são feitas em dinheiro, e é o que costumeiramente acontece, obviamente, no final do dia, ou do mês, a soma arrecadada de um pedinte sempre ultrapassa os ganhos forçados de quem ganha um salário mínimo, ou rendimentos advindos da roça. 

Muitas pessoas vêem caridade como uma passagem para se conseguir o reino celestial, como coisa que uma esmola que se dê a alguém possa transformar o interior do ser humano que continua a praticar todo tipo de iniqüidade, e transtornos para com todos que estão ao seu lado. 

Matar a fome de um ser que passa em sua residência, com um convite para um almoço, deixando-o saciado dessa dificuldade, é uma ajuda, entretanto, deve-se ficar claro que aquela refeição não é o bastante para toda uma vida.  

O mais desgastante, é que, a humilhação de pedir venha sempre com a resignação de quem está sofrendo por qualquer ato praticado no passado, e necessita suportar tais tipos de coisas para que se trabalhe alguma inferioridade que de livre e espontânea vontade, que não conseguiu se libertar. 

A ajuda mútua, ou doações às pessoas que pedem não constituem caridade, mas, um dever como ser humano que deve ter sempre dentro de si o princípio de cooperação, de irmandade, de amparo, àqueles que se encontram no caminho do sofrimento, e da dor material com fome e frio. 

Sabendo-se que todos têm a obrigação natural como ser social a ajudar a todos que o cercam, constitui uma obrigação que todos têm e não podem fugir, porque o princípio do amor, da felicidade, da benevolência deve estar sempre aflorando no coração de todos. 

A esmola que muitas pessoas dão, tem imediatamente a exigência de que tal fato seja convertido em caridade, cujos impulsos normalmente, são reclamações do passado que as pessoas não entendem, mentalizando que a prática de ajudar ao próximo seja fazer caridade. 

Muitas pessoas dizem: olha, quando eu passo por perto de um pedinte que não dou esmola, fico apavorada, volto e faço a minha doação àquele irmão que pediu tão humildemente, e a pessoa quando faz isto, realmente deve estar precisando muito. 

Veja que algumas outras pessoas, passam, jogam qualquer quantia no prato do mendigo, e continuam sempre arrogantes, imaginando que já fizeram a sua caridade, ao aliviar a dor de um irmão que não precisa somente de comer e sanar seu frio, que é uma constante; todavia, muitos outros problemas que não são esmolas, que vão resolver a contento as suas dificuldades, por toda a vida real, que é a que continua. 

Muitos seres humanos foram enquadrados para virem na forma de pessoas miseráveis, para tentar se libertar da prepotência, do egoísmo, ou de algo semelhante, mas não suportam. 

A caridade ultrapassa a tudo isto que foi colocado, não é esmola, não é doação de comida, não são doações de restos de roupas e cobertores que vão caracterizar uma caridade, que a humanidade ainda não compreendeu o seu real significado. 

A caridade é benevolência, é amor, é simplicidade, é misericórdia, e são todas as coisas que servem para a evolução do espírito que precisa ser testado em sua trajetória de evolução; não um teste pejorativo de querer derrubar o mais próximo, mas de sentir que tem condições de caminhar sozinho. 

A caridade é sentir e respeitar as fragilidades dos outros, na medida do possível orientando e auxiliando, para que haja a felicidade entre todos que precisam de luz e amparo nas suas vivências materiais e espirituais. 

As pessoas surgiram no planeta para viverem, e viverem muito bem, quer estejam no mundo espiritual, quer estejam no mundo material, não devendo existir a preocupação de quando estiver no mundo espiritual, e nem tão pouco quando estiver no mundo material. 

A vida deve prosseguir em qualquer estágio, é claro, observando sempre os princípios de amor, de paz, de felicidade, sem se macular por ser espírito inferior, pois as inferioridades que são imanentes, devem ser esquecidas, dando lugar a tudo de bom que existe. Entretanto, sinta que vibrando no que é bom, tudo muda em seu modus vivendi; a paz conta para o equilíbrio interior, e os trabalhos cotidianos fluem com mais acertos, mais cooperação, e fraternidade entre todos que aceitaram em seu coração um viver correto e salutar para sempre. 

As substâncias materiais não criam transformações por si só, para evolução da vida, entretanto, o seu uso é de grande importância para que as pessoas possam compreender o porque das dores e dos sofrimentos, como algumas derrocadas que as pessoas passam e não sabem porque estão naquela situação. É aí onde entra a caridade, devido o uso de tudo que a matéria utiliza sem consistência, a não ser que se tenha como ajuda a todos aqueles que necessitam de tais esclarecimentos para a compreensão de seu processo de evolução em toda a sua trajetória. 

Compreendendo as relações existentes entre as pessoas e espíritos, é que se pode praticar a caridade em seu real sentido, e não da forma como se utiliza normalmente, como uma compra de um cantinho no céu, como coisa que a moral das pessoas se comprasse com qualquer ínfima doação monetária. 

Em mensagem da irmã FRANÇA (1862) , que consta no Evangelho Segundo o Espiritismo, há uma explicação bastante interessante quando revela que, deveis amar os infelizes, os criminosos como criaturas de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como a vós mesmos, pelas faltas que cometeis contra sua lei. Pensai que sois mais repreensíveis, mais culpados que aqueles aos quais recusais o perdão e a comiseração, porque freqüentemente, eles não conhecem Deus como vós o conheceis, e lhes será pedido menos que a vós. 

Esta explanação mostra a todos, o mais completo conceito de caridade, quando conclama a todos para que se desperte para este conhecimento que se inicia com aqueles que perseguem e maltratam, mas que devem ser compreendidos pelos sábios. 

Aquilo que se sente de piedoso, de vontade de ajudar e de um sofrer, por ver alguém com dificuldade, não constitui bondade interior, nem tão pouco é caridade que se tem para com os demais ao suprir deficiências que alguém por ventura venha a ter em sua caminhada. Esses sentimentos podem ser uma resposta do passado quando se praticou nos outros quaisquer tipos de sofrimento, cujas insistentes remorsos que aparecem, naqueles que estão com tais sintomas, é uma lembrança forte do que fez no passado ou praticou com algum em seu pretérito. 

A caridade se apresenta de maneira simples, onde qualquer benevolência que se exercite, não tenha o sentido de recompensa, nem tão pouco do sentimento porque alguém está sofrendo a dor da fome e frio, porém, a necessidade de mãos amigas para o progresso secular. 

Um outro exemplo de caridade vem de LAMENNAIS (1862), citado também no Evangelho Segundo o Espiritismo, quando ele pergunta se um homem muito ruim, vai morrer, pode escapar, e voltar para praticar muito outros crimes; você o salvaria dessa morte? 

Veja que para as pessoas que não têm consistência na sua evolução espiritual é uma situação difícil de ter uma resposta, mas esse irmão diz que a morte, talvez, chegue muito cedo para ele; a reencarnação poderá ser terrível; lançai-vos, pois, homens! vós a quem a ciência espírita esclareceu; lançai-vos, arrancai-o à sua condenação, e então, talvez esse homem que morreria vos insultando, se atirará em vossos braços. Todavia, não é preciso perguntar-vos se o fareis ou não, mas ide em seu socorro, porque salvando-o, obedeceis a essa voz do coração que vos diz: 'Tu podes salvá-lo, salva-o!'  

Em verdade, a morte não elimina a idiossincrasia de um ser humano, em seus momentos de prática do mal; ela apenas adia a oportunidade de aprendizado em um corpo físico para acumular alguns conhecimentos em seu progresso. 

Aí está a caridade que sobrepõe a uma simples pena de uma fome, de um frio, ou de qualquer sofrimento que estar servindo para uma melhora de uma consciência, sem masoquismo, nem auto-flagelo que muitas pessoas praticam sem entender o seu porque verdadeiro. 

A caridade é está em frente a um desafeto, e aceitá-lo tal qual ele é, sem nenhum tipo de rancor, nem mágoa, pois, muitas pessoas dizem perdoar o seu irmão, mas não desejam nunca o ver, que ele fique para lá, e eu para cá, e aí não há caridade, nem tão pouco o perdão. 

Neste contexto, não houve caridade, porque caridade é amor, é benevolência e é, sobretudo, esquecimento do passado, como também a certeza de somente fazer o bem em todos os instantes, na busca de que todos sintam amor e felicidade numa linha de progresso. 

As pessoas caridosas não têm dentro de si, nenhum tipo de discriminação, tal como existe no mundo inteiro do branco contra o negro, ou vice versa, das mulheres bem casadas contra as prostitutas, dos homens contra os homossexuais, do pobre contra o rico, enfim, dos seres humanos que devem ser vistos dentro de uma situação qualquer. 

Enquanto isto perdurar, não haverá como se exercer a caridade, nem tão pouco o amor uns para com os outros, e a guerra vai continuar alimentando as ignorâncias individualizadas por muitos e muitos séculos. Finalmente, a caridade começa e termina na máxima que atribuem a JESUS, quando foi claro ao pronunciar: amemo-nos uns aos outros e façamos a outrem o que quereríamos que nos fosse feito.