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terça-feira, 3 de abril de 2012

MENSAGEM DO DIA

Meus (minhas) amigos (as) seguidores, visitantes, participantes do perfil do ORKUT OLHOS DE OXALÁ ( O BLOG). A mensagem de hoje, 03/04/2012, foi enviada por nosso amigo PAI ZÉZINHO DE OXUM

Meus sinceros agradecimentos e meus respeitos meu Pai e meu amigo. Que sua caminhada no CAMINHO DOS ORIXÁS seja de fato uma jornada de paz, amor e vida a todos que buscarem seu carinho de Pai e sua dedicação de Babalorixá. 

Adupé.

MAE ANA DE OGUM - UM EXEMPLO DE AMOR


Ana Maria Araújo Santos, mais conhecida como Mãe Ana de Ogum, filha-de-santo de Mãe Simplícia de Ogun da Casa de Oxumare, Iyálorixá do Candomblé Ilê Axé Oju Onirê localizado no Parque Jacarandá – Taboão da Serra, São Paulo. 

Iniciada para o culto aos Orixás (Candomblé) em 24 de maio de 1960, aos 16 anos de idade. Se aprofundando e mantendo viva a tradição do candomblé, iniciou e ainda inicia inúmeras pessoas, ostenta em sua trajetória de vida vários prêmios e louvores religiosos, sociais, e preza pela harmonia e boa conduta na religião que se tornou parte integral de sua vida.

No ano de 2010, completou 50 anos de iniciação (Odum Adotá), juntamente com suas irmãs de barco: Elza de Oxóssi, Walquíria de Oxum e Beth de Oxalá. Motivo de muita festa e celebração no Axé Oxumaré. M

Mãe Ana De Ogum Sacerdotiza do Candomble de Ketu, fala em vídeo sobre sua fé, sobre os nossos segredos na simplicidade de quem tem uma sabedoria que espapalhou pelo Brasil. São Mulheres assim que ajudam este mundo a ser um lugar melhor, pois transmitem paz espernaça e fé.




MÃE ANA RECEBE PRÊMIO "MAMMA AFRICA"


O III Prêmio África Brasil, evento internacional criado e realizado pelo Centro Cultural Africano, que homenageia personalidades, empresas e governos que se destacaram com projetos e ações sociais e contribuíram na inclusão sócio-cultural e ambiental sustentável dos afros descendentes.

Em sua terceira edição, entre os laureados que receberam o troféu “Mamma África”, foi homenageada um ícone dentro do candomblé: Mãe Ana de Ogun.

A cerimônia de premiação realizada no dia 24 de maio, data que antecede a comemoração da Independência da África, no Four Plus Hotel, em São Paulo, também foi marcada por ser o dia do Odu da Iyalorixá homenageada. Junto de suas irmãs de Barco (que foram convidadas especiais): Iyá Beth de Oxalá e Iyá Walquiria de Oxum ,dona Ana recebeu o prêmio na categoria Religião.

O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OGUM


Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, briguentas e impulsivas e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. 

Incapazes de perdoarem as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que nos momentos difíceis triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança. Das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranquilo dos comportamentos. 

Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhes prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas. Arquétipo:impetuosos, autoritários, cautelosos, trabalhadores, desconfiados e um pouco egoístas. 

São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor. 

Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. 



Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande. 

Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor. 

São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas. 

As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca "falam por trás" de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos. 

Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. 



Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor. 

A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. 

Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. 

Adapta-se facilmente em qualquer lugar.Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por ser Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. Não admite a fraqueza e a falta de garra. 

Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de qualquer coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes, extraordinária coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as horas. 

É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser musculosos e atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia nervosa que necessita ser descarregadas em qualquer atividade que não implique em desgastes físicos. 

Sua vida amorosa tende a ser muito variada, sem grandes ligações fixas, mas sim superficiais e rápidas. 

CONHECENDO MAIS O ORIXÁ OGUM - PARTE III

Motumbá meus (minhas) irmãos (ãs). 

Mais uma vez aqui estamos dando continuidade ao Estudo que nos propomos a fazer sobre este ORIXÁ DO FERRO. O primeiro que entra na ordem do XIRÊ. Aquele que abre os caminhos, que quebra todas as demandas. Aquele que forja o Ferro, criando armas, utensílios para uso individual ou coletivo. O mesmo que criou todas as armas dos outros ORIXÁS. 

Desta forma, desejo que a continuação deste Estudo possa ser um motivo a mais para acrescentar em nossa devoção a este ORIXÁ, bem como uma forma de apoiar nele nossa confiança, nas horas de adversidade e necessidades de batalhas. 

Ogum 


Governa o ferro, a metalurgia, a guerra. È o dono dos caminhos, da tecnologia e das oportunidades de realização pessoal. Foi, num tempo arcaico, o orixá da agricultura, da caça e da pesca, atividades essenciais à vida dos antigos. 

Assim, ele é muito próximo de Oxóssi ou Odé e outros orixás caçadores, como Erinlé ou Ibualama, Logun Edé e Otim, que são os donos da vegetação e da fauna, detendo a chave da sobrevivência do homem através do trabalho. Orixá Oco divide com Ogum o patronato da agricultura, mas foi esquecido no Brasil, provavelmente porque aqui o candomblé se formou como religião urbana.



Ogum dá aos homens o segredo do ferro




Na Terra criada por Obatalá, em Ifé, os orixás e os seres humanos trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole. Por isso o trabalho exigia grande esforço. Com o aumento da população de Ifé, a comida andava escassa. Era necessário plantar uma área maior.



Os orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as árvores do terreno e aumentar a área da lavoura. Ossaim, o orixá da medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno. Mas seu facão era de metal mole e ele não foi bem-sucedido. Do mesmo modo que Ossaim, todos os outros orixás tentaram, um por um, e fracassaram na tarefa de limpar o terreno para o plantio. Ogum, que conhecia o segredo do ferro, foi até a mata e limpou o terreno.

Os orixás, admirados, perguntaram a Ogum de que material era feito tão resistente facão. Ogum respondeu que era o ferro, um segredo recebido de Orunmilá. Os orixás invejavam Ogum pelos benefícios que o ferro trazia, não só a agricultura, como a caça e até mesmo a guerra.

Por muito tempo os orixás importunaram Ogum para saber o segredo do ferro, mas ela mantinha o segredo só para si. Os orixás decidiram então oferecer-lhe o reinado em troca de que ele lhes ensinasse tudo sobre aquele metal tão resistente. Ogum aceitou a proposta. 

Os humanos também vieram a Ogum Pedir-lhe o conhecimento do ferro. E Ogum lhes deu o conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro tiveram sua lança de ferro.

Mas apesar de Ogum ter aceitado o comando dos orixás, antes de mais nada ele era um caçador. Certa ocasião, saiu para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada. Quando voltou da mata, estava sujo e maltrapilho. Os orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado. Eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do reinado. 

Ogum se decepcionou com os orixás, pois, quando precisaram dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora diziam que não era digno de governá-los. Então Ogum banhou-se, vestiu-se com folhas de palmeira desfiadas, pegou suas armas e partiu. Num lugar distante chamado Irê, construiu uma casa embaixo da árvore de acocô e lá permaneceu.


Os humanos que receberam de Ogum o segredo do ferro não o esqueceram. 
Todo mês de dezembro, celebram a festa de Iudê-Ogum. Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifícios em memória de Ogum. Ogum é o senhor do ferro para sempre.             



Obs. Mariô é a folha da palmeira do dendê (usada por Ogum para cobrir seu corpo e defender-se de insetos; foi usada nas casas como um símbolo de proteção. Muito presente em sua festa).