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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

COLETÂNEA OXÓSSI NA UMBANDA - QUEM SÃO OS CABOCLOS?


São geralmente espíritos de civilizações primitivas, tais como índios: Íncas, Maias, Astecas e afins. Foram espíritos de terras recém formadas e descobertas, eles formaram sociedades (tribos e aldeias), com perfeita organização estrutural, tudo era fabricados por eles, desde o cultivo de alimentos até a moradia. 

Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização. 

Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham “incorporados” a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual. 

São subordinados aos Orixás, o que lhes concede uma força mestra na sua personalidade e forma de trabalho, igual aos Preto-velhos. 

Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho. 

Costumam usar durante as giras, penachos e fumam charutos. Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha. 

Seus “brados”, que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma “senha” entre eles. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons. 

Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter: 


Caboclos da mata – Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas. 

Caboclos da mata virgem – Esses viveram mais interiorizado nas matas, sem nenhum contato com outros povos. 

Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros. 

A primeira é a “especialidade” de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros. 

A segunda é diferença criada pela “força da natureza” que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham. 

Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a “personalidade” de um caboclo se dá pela junção de sua “origem”, “especialidade” e “força da natureza” que o rege. 

E é nessa “personalidade” que centramos nossos estudos. Assim como os Preto-velhos, eles podem dar passe, consulta e correntes de energização ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação. 

Quando falamos em manipulação, estamos nos referindo desde preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral até manipulação física, como por rezar “espinhela caída”. 

Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia. Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais. 

Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influência de Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas, independente do Orixá que trabalhe. 

São espíritos que também trabalham muito com passe. Acreditamos ser pela facilidade de locomoção, já que normalmente trabalham em pé. 

São também bastante necessários na hora de um descarrego, pois conseguem acoplar no médium em qualquer posição. 

Os chefes dos povos se denominam “chefes dos Orixás”, sendo que são chamados “chefes de falange” ou “falangeiros”. Os chefes e todos os integrantes de cada linha vem em representação do Orixá que os manda, atuando como este e trabalhando do mesmo modo, apesar de terem diferenças entre si, dependendo do tipo de “falange” a que pertencem.

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