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terça-feira, 5 de março de 2013

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - GALINHA DE ANGOLA



Na semana passada, nosso amado Pai Pecê, falou-nos que tudo do Candomblé está fundamentado nas histórias, cânticos e danças. Dessa forma, hoje, resolvemos publicar uma antiga história Nàgó que explica o surgimento das pintas brancas da Galinha de Angola, explica ainda, porque essa ave é o principal animal da Religião dos Òrìsàs. Isso ratifica que na nossa religião para tudo que fazemos, existe sim uma fundamentação. 

A Galinha de Angola era uma ave muito feia e por isso, afastava as pessoas de perto de si, mesmo sendo muito rica. Ela vivia abandonada em uma grande floresta em meio a sua riqueza. 

Cansada de ser desprezada, resolveu consultar o oráculo sagrado no Palácio de Obatalá. Quando lá chegou, o Sacerdote a colocou para fora, dizendo que ela deveria estar usando um Alá branco para entrar na casa do Grande Deus Funfun. Ainda mais triste, a Galinha de Angola resolveu ir para outra floresta e de uma vez por todas, deixar de conviver perto de tudo e todos. 

Após 21 dias caminhando, a Galinha de Angola parou em uma floresta, sem saber que era sagrada (Igbodu). Lá, ela encontrou um velho maltrapilho gemendo de dores. Esse velho disse: 

“Pare! estou muito doente e não tenho dinheiro para me alimentar, me dê o que comer e beber, por favor,”

A Galinha de Angola pegou tudo o que tinha e deu ao velho homem que, após saciar a sua fome e sede, caiu dormindo em sono profundo. A Galinha de Angola continuou preocupada com o velho e ficou ao seu lado enquanto ele dormia. Ao acordar, o velho perguntou-lhe, porque ainda estava lá, fazendo companhia para aquele velho maltrapilho. 

A Galinha começou a dizer que não poderia abandoná-lo, pois ele estava precisando del, dize sua história ao velho, falando que todos lhe achavam feia, com um aspecto repugnante e que não mais queria viver. 

O Velho respondeu que o seu exterior não importava em nada, pois por dentro, ele era um dos seres mais belos que existia. Disse que aquela era uma floresta sagrada e que na verdade, ele era Obatalá. A Galinha de Angola ficou surpresa com a revelação, pedindo-lhe desculpas por entrar na floresta sagrada. 

Obatalá pegou Efun e começou a pintar a Galinha de Angola, que ficou muito bonita. Além disso, Obatalá disse que, o maior símbolo para os iniciados era o Osu e modelou um na superfície da cabeça da Galinha de Angola, dizendo que, a partir daquele momento, ela seria o Animal mais Sagrado do Culto aos Òrìsàs, pois somente ela, traz o Grande Osù em sua cabeça. 

Essa história é um grande ensinamento, pois mostra que não podemos julgar ninguém por sua aparência, mostra que não devemos jamais negar comida e bebida. Nossa religião oferta, ajuda e acolhe, essa é mensagem que devemos guardar. 

Que nosso Pai Òsùmàrè Aràká continue olhando e abençoando todos. 

Terreiro de Òsùmàrè

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - O SIMBOLISMO DA ÁGUIA



ÁGUIA 

A águia em seu simbolismo, representa o espírito da primavera! Ela traz em si a força do espírito, da cura, e da criação. A águia é símbolo do zenith, uma ótima lembrança de sua própria capacidade de alcançar grandes patamares. 

Águias são mensageiros do céu e a personificação do espírito do sol. Aqueles com um totem da águia precisa ter um envolvimento com a criação; uma vontade de experimentar os extremos; uma vontade de usar sua habilidade mesmo que isso signifique ficar "queimada" um pouco como você voa alto; uma vontade de procurar suas verdadeiras emoções. 

Um totem exigente, mas que oferece tanta recompensa no final da viagem. 

Seus pés de quatro dedos lembrá-lo de ficar aterrado foi mesmo voando alto; Suas garras lembrá-lo a entender as coisas da terra; Seu bico afiado mostra-lhe quando falar, quanto e como fortemente. 

Este totem irá mostrar-lhe oportunidades e como montar os ventos para o seu benefício. 

Pessoas de águia podem viver no Reino do Espírito no entanto, continuam a ser conectado e equilibrado dentro do Reino da terra. 

Você deve se tornar muito mais do que você jamais sonhou ser possível.

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - O BORI



Ebori ou Bori é um ritual das religiões tradicionais africanas e diáspora africana como culto de Ifá, Candomblé e outras, que harmoniza e diminui a ansiedade, o medo, a dor e a tristeza trazendo a esperança, alegria e a harmonia. É através do jogo de Búzios que o babalorixá recebe as instruções para realizar este ato ritualístico. 

Desta forma, o Bori é uma das oferendas mais importantes que visa o bem estar individual no Candomblé. O Ritual de Bori é muito sério, complexo e profundo. Ori (Yoruba) significa, literalmente, cabeça e é, misticamente, o primeiro Orixá a ser cultuado. Seu objetivo é o de alimentar o Ori Eledá, seja qual for o sexo, raça, profissão, idade, nível social da pessoa. 

Omin e Obi, por exemplo, são elementos indispensáveis no Bori. Omi, a água, representa paz, abundância e fertilidade enquanto o Obi é usado para aplacar a fúria das adversidades, alimentar e agradar as divindades. 

EBORÍ- RITUAL LITÚRGICO OFERTADO AO NOSSO ÓRÌSÀ ORÍ 

ÒRÚMÌLÀ disse que na porta de um quarto deveria haver um “diafragma” na entrada IFÁ, a questão é “Quem entre as divindades pode acompanhar o seu devoto em uma longa viagem sobre os mares sem retornar?” 

ÒÒSÀÀLÀ disse que Ele poderia acompanhar o seu devoto em uma longa viagem sobre os mares sem retornar. IFÁ perguntou “O que Você fará se depois de caminhar uma longa distancia, andando e andando, e Você voltar à IFON e eles matarem uma galinha choca com seus ovos, e eles lhe oferecerem duzentos ÌGBÍN, temperados com vegetais e melão?” 

ÒÒSÀÀLÀ disse “Depois de comer até estar satisfeito, Eu retornarei para minha casa”. ÒÒSÀÀLÀ disse que Ele não poderia acompanhar o seu devoto em uma longa viagem sobre os mares sem retornar. ÒRÚMÌLÀ disse que na porta de um quarto deveria haver um “diafragma” na entrada IFÁ, a questão é “Quem entre as divindades pode acompanhar o seu devoto em uma longa viagem sobre os mares sem retornar?” 

ELÉGBARA- ÈSÙ disse que Ele poderia acompanhar o seu devoto em uma longa viagem sobre os mares sem retornar. 

IFÁ perguntou “O que Você fará se depois de uma longa caminhada, andando andando, e Você retornar para KÉTU, a casa de seus pais, e eles ofertarem um galo, e uma grande quantidade de EPO PUPA?” 

ELÉGBARA disse “Depois que Eu comer até estar satisfeito, Eu retornarei para a minha casa”. ELÉGBARA disse que Ele não poderia acompanhar o seu devoto em uma longa viagem sobre os mares sem retornar. E assim IFÁ pergunta a todos os ÒRÌSÀ, inclusive a ÒRÚMÌLÀ e a resposta foi a mesma que Eles não poderiam acompanhar o seu devoto em uma longa viagem sobre os mares sem retornar. 

Então IFÁ pergunta “A questão é quem entre todas as Divindades pode acompanhar o seu devoto em uma longa viagem sobre os mares sem retornar?” 

ÒRÚMÌLÀ disse “Desde que a humanidade morre, o ORÍ é separada antes do enterro”. IFÁ disse “É ORÍ, só ORÍ é quem pode acompanhar o seu devoto em uma longa viagem sobre os mares sem retornar”. “Se eu tenho dinheiro” “É para ORÍ que eu louvarei” “Meu ORÍ é Você” “ Se eu tenho crianças na terra” “É para ORÍ que eu louvarei” “Meu ORÍ é você” “ Todas as coisas boas que eu tenho na terra” “É para ORÍ que eu louvarei” “Meu ORÍ é você” “Você que não esquece o seu devoto” “ Que abençoa o seu devoto mais rápido que os outros ÒRÌSÀ” “Nenhum ÒRÌSÀ abençoa um homem” “Sem o consentimento de seu ORÍ” “ORÍ eu te saúdo” “Você que permite que as crianças sobrevivam” “Uma pessoa cujo sacrifício é aceito pelo seu ÒRÍ” “Deve rejubilar-se extraordinariamente”. 

Este ITÒN do Corpo literário de IFÁ é apresentado por W. ABIMBOLA, em seu livro : IFÁ, an Exposition of Literary Corpus. 

Ele nos fala sobre o nosso ÒRÌSÀ ORÍ, o nosso ÒRÌSÀ interior, em toda a sua essência, força e grandeza. ÒRÌSÀ ORÍ o primeiro a ser louvado, é a representação particular de existência individualizada, é aquele que acompanha o homem do nascimento até a morte, norteando a sua caminhada, e assistindo ao homem no cumprimento do seu IPIN. 

Se o nosso ÒRÌSÀ ORÍ deixar de existir, a ligação entre o plano Divino e o nosso corpo humano também deixará de existir, isto explica o porquê do nosso ÒRÌSÀ ORÍ nos acompanhar até a nossa morte. 

O nosso Orí é o primeiro ÒRÌSÀ a ser louvado ao nascer o dia. O nosso ÒRÌSÀ ORÍ conhece as nossas necessidades em nossa caminhada pela vida, nossos acertos e desacertos, ELE tem os recursos adequados e todos os indicadores que nos permitem a reorganização para que possamos equilibrar a nossa vida com a essência energética positiva dos nossos ÒRÌSÀ ÈLÉÈDÁ. 

Ele tem como essência principal o equilíbrio do ser humano, concretizando assim a harmonia criada por OLÚDÙMARÈ, em sua força detentora e distribuidora de ÀSE. Esta é a razão pela qual o ato ritualístico do EBORÍ, é a forma de Louvação, Reintegração e Fortalecimento que utilizamos para o nosso ÒRÌSÀ ORÍ, quando Ele esta em desarmonia. 

É considerado o primeiro ÒRÌSÀ da existência (a essência real do ser). Deve ser assentado e louvado antes de qualquer outro ÒRÌSÀ, depois de ÈSÙ no ritual do EBORÍ para uma INICIAÇÃO, pois só o nosso ÒRÌSÀ ORÍ permite a compreensão para a nossa Incorporação com o nosso ÒRÌSÀ ÈLÉÈDÁ. EBO- OFERENDA ORÍ- CABEÇA Este ritual deve sempre ser precedido de um “Jogo de Búzios” para que este oriente o Sacerdote ( a) e defina a real necessidade deste ORÍ. 

O ato do EBORÍ é utilizado nas seguintes situações: - Como um processo de religação do ORÍ com o seu IPIN. 

Como ritual do processo Iniciático. - Como resposta á condições de stress ou fragilização das estruturas psicológicas da pessoa resultantes de situações particulares da vida. 

Como ritual complementar a um EBO. Como extrema necessidade resultante de forças energéticas negativas adquiridas. 

Como anual agrado a ÁJÁLÀ MÒPÍN OBS. O Culto a ÁJÁLÀ foi trazido pelos nossos Ancestrais, a mais de 460 anos, época dos escravos. 

Muito importante lembrar sempre que o uso e a combinação a serem utilizados, os Sacerdotes (a) devem levar conta qual é a situação real deste ÒRÌSÀ ORÍ, ou seja, se Ele esta GUN ( nervoso demais) ou ÈRÒ ( calmo demais), para que se possa manipular os elementos corretos. Manipulamos também para este ato ritualístico do EBORÍ o ÈJÈ PUPA e o ÈJÈ FUNFUN. 

O EBORÍ com o ÈJÈ PUPA é usado quando estamos com muitos problemas na vida como perda de empregos, miséria, brigas, perigos, descontrole emocional, depressão ou doenças. O EBORÍ com o ÈJÈ PUPA dá força física, restabelece a energia vital e fortalece a ÈSÙ. O EBORÍ com o ÈJÈ FUNFUN é usado quando existem muitos perigos na vida, brigas, perigo de prisão, morte ou desequilíbrio total. O EBORÍ com o ÈJÈ FUNFUN, acalma e restabelece a essência vital. 

Temos em geral neste ato do EBORÍ um ritual básico a ser seguido, e este ato pertence às Nações KÉTU- NÀGÓ, ÈFÓN e IJÈSÀ, sendo por isto necessário que louvemos ÁJÁLÀ neste ato. ÁJÁLÀ MÒPÍN como já descrevi, é louvado dentro da cerimônia do EBORÍ, sendo um ÒRÌSÀ que pertence aos Cultos de origem YORÙBÁ. 

Cabe alertar que este ato Ritualístico do EBORÍ que temos dentro do Culto aos ÒRÌSÀ pertence “SOMENTE” aos seguimentos de Matriz Africana. Alguns Africanos YORÙBÁ possuem o hábito de fazer a cada quatro dias uma oferta ao seu próprio ORÍ, de certos elementos num ato simples como: OMI, OTÍ ÒIBÓ, EFUN, ÒRÍ VEGETAL, OBÌ ÀBÁTÁ e ORÓGBÓ. 

Esse ato de adoração é para proteção e agradecimento, é um EBORÍ no Culto à ORÍ. Aqui no Brasil temos duas cerimônias que usamos para a harmonização do ÒRÌSÀ ORÍ como Transmissão e Veiculação de ÀSE e como estabilização energética: - EBORÍ completo com todos os elementos ritualísticos que usamos como variadas oferendas alimentares, animais, bem como os Objetos símbolos sacralizados para o momento. OBÌ neste ato são manipulados em quantidade menor os elementos ritualísticos. 

O que realmente importa é oferecer exatamente o que este ORÍ esta necessitando para a sua HARMONIZAÇÃO como VEICULAÇÃO E TRANSMISSÃO do Verdadeiro ÀSE Também tenho que abordar mais um grande "ERRO” que ainda persiste em ser transmitido de nossa Liturgia Ritualística “o EBORÍ é oferecido ao ÒRÌSÀ ORÍ e não há ÒRÌSÀNLÁ ou YEMONJA". 

Cultuar o ÒRÌSÀ ORÍ é um direito de qualquer ser humano não há nada que impeça isso, mesmo que a pessoa seja um ÀBÍON. 

O IGBÁ ORÍ é o nome do assentamento sagrado do ÒRÌSÀ ORÍ. Cada IGBÁ ORÍ é uma representação material e espiritual dos OMO ÒRÌSÀ KON, captando constantemente as ENERGIAS VITAIS provenientes de OLÓDÙMARÈ – OLÓÒRUN. 

A iniciação no Culto ao ÒRÌSÀ significa o nascimento do ORÍ- INÚ. Sendo assim a partir da Iniciação, o ÀBÍON nasce para a Religião, como também para o SAGRADO; com a confirmação do seu ORÍ- INÚ, que passará a ter representação física no ÀIYÉ. O ÒRÌSÀ ORÍ é quem individualiza o ser humano, como no caso das impressões digitais, ninguém tem um ORÍ igual ao de outra pessoa, cada ORÍ é único e exclusivo. 

Por isto é que devemos ser criteriosos quando escolhemos o nosso BÀBÁLÓÒRÌSÁ ou a nossa ÌYÁLÓÒRÌSÀ, pois são eles que vão fazer com que a Essência, Transmissão e Veiculação de Àse em nosso ORÍ esteja presente em nossas VIDAS. 

COLETÂNEA O CANDOMBLÉ - A IMPORTÂNCIA DO EBÓ


FOTO ILUSTRATIVA - INDICAÇÃO DE LIVRO 

A Grande importância do EBÓ 

Antes de fazer qualquer tipo de ebó, sempre consulte um Babalorisá, uma Yalorisá ou um babalawo e consulte o jogo para saber qual é o ebó adequado a seu problema. 

Importante em um ebó a saber: 

Dia - cada dia tem um orisá regente. 

Hora- a horários inapropriados para alguns tipos de ebó. 

Lua - todas as fases da lua trazem um significado para certos ebós. 

Oficiante - quem pode fazer ( indicado a Babalorisás Yálorisas e Babalawos ) 

Local a ser arriado - Consultar o jogo e as determinações dos orixas para o local. Nunca faça nada sem consultar o jogo ou alguém serio. Ebó é sagrado! 

Os Ebós são uma série de rituais que visam corrigir várias deficiências na vida de um ser humano (saúde, amor, prosperidade, trabalho profissional, equilíbrio, harmonia familiar, etc.). 

A composição de cada ebó depende de sua finalidade e seus componentes irão desde bebidas, frutas, folhas, velas, adornos, alimentos secos, mel, dendê, louças, artefatos de barro ou ágata. 

Os EBÓS têm grande importância para o ALTO CANDOMBLÉ. Eles são como uma súplica para se alcançar uma graça. Mesmo os EBÓS mais simples de serem feitos envolvem um profundo conhecimento dos fundamentos do ALTO CANDOMBLÉ, pois absolutamente nada pode sair errado ou desconsiderado. 

É de total obrigação de uma GUARDIÃ DE ORIXÁ dever neste momento saber escolher e adquirir os alimentos e presentes que compõem o EBÓ

Fora isso, quando uma GUARDIÃ DE ORIXÁ está na cozinha do santo (que deverá estar muito limpa e na mais perfeita ordem) a GUARDIÃ deverá estar completamente vestida de branco, cabeça coberta, preparando os alimentos no mais profundo silencio, e sem nenhum tipo de interrupção. 

Na cozinha impecavelmente limpa, a Guardiã de ORIXÁ está em um momento “especial”, focada no seu trabalho e nos fundamentos específicos do Candomblé para o correto preparo daquele prato, sempre em posição de total respeito ao ORIXÁ

Muitas vezes também acontece do próprio ORIXÁ que vai receber aquele EBÓ “encostar suas energias” na Guardiã e solicitar alguma alteração em determinada preparação. 

Mas o maior problema está na hora de “arriar um EBÓ”, pois esta é uma ação ritualística, um processo detalhado de aproximação e de maior troca de energias com o ORIXÁ. Somente as pessoas iniciadas na religião é que podem e devem fazê-lo pois arriar um EBÓ envolve um conhecimento muito profundo do lugar, do dia e da hora que isso deve ser feito. 

Eu sempre costumo dizer que “arriar um EBÓ” significa perpetuar a troca do AXÉ entre os dois mundos, o sagrado e o profano. É a parte dinâmica das transferências entre o ORIXÁ e a pessoa que necessita aquele EBÓ

By BABALORIXÁ PAULO DE OMULU.