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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

COLETÂNEA CONHECENDO OXUM - ÁFRICA E BRASIL



Oxum, na religião Yorubá, é uma (Orixá) que reina sobre a água doce dos rios, o amor, intimidade, beleza, riqueza e diplomacia. Muito querida para os seguidores do candomblé. Sendo ela a dona do ouro, e dona da nação ijexá.  

África 


Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yorubá é um orixá feminino. O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu Ejioko e Ôxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado igba oxum. 

É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex.: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc. 

Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá. O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo".

O Festival de Osun é realizado anualmente na cidade de Osogbo, na Nigéria. O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, onde se encontra o Templo de Osun, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.

Brasil 


Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. 

Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de "Senhora do Ouro", que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época. 

Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos, identificados por chorões. 

Candomblé Bantu - a Nkisi Ndandalunda, Senhora da fertilidade e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum. 

Candomblé Ketu - Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.

COLETÂNEA CONHECENDO OXUM - NOÇÕES BÁSICAS


Dona das águas. Na áfrica, mora no rio oxum. Senhora da fertilidade, da gestação e do parto, cuida dos recém-nascidos, lavando-os com suas águas e folhas refrescantes. Jovem e bela mãe, mantém suas características de adolescente. 

RIO OSUN 

Cheia de paixão, busca ardorosamente o prazer. Coquete e vaidosa, é a mais bela das divindades e a própria malícia da mulher-menina. É sensual e exibicionista, consciente de sua rara beleza, e se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas e conseguir seus objetivos. 

Quando Orunmilá estava criando o mundo, escolheu Osun para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, ate que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, oxum é considerada o orisa da fertilidade e da maternidade. 

Por sua beleza, Osun também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como uma orixá jovem e bonita, mirando-se em seus espelhos e abanando-se com seu leque (abebê ). 

No tempo da criação, quando Osun estava vindo das profundezas do orun, Olodumare confiou-lhe o poder de zelar por cada uma das crianças criadas por Orisa, que nasceriam na terra. Osun seria a provedora de crianças. Ela deveria fazer com que as crianças permanecessem no ventre de suas mães, assegurando-lhes medicamentos e tratamentos apropriados para evitar abortos e contratempos antes do nascimento ... Não deveria encolerizar-se com ninguém a fim de não recusar crianças a inimigos e conceder gravidez a amigos. Foi a primeira Iyami encarregada de ser Olutoju awo omo - aquela que vela por todas as crianças e Alawoye omo - a que cura crianças. 

Em seus oriki assim é evocada: 

Osun, graciosa mãe, plena de sabedoria! 

Que enfeita seus filhos com bronze 

Que fica muito tempo no fundo das águas gerando riquezas 

Que se recolhe ao rio para cuidar das crianças 

Que cava e cava a areia e nela enterra dinheiro 

Mulher poderosa que não pode ser atacada. 

As mulheres louvam a fertilidade trazida por Osun, repetindo: 

Yeye o, yeye o, yeye o. Oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe! 

Alguns mitos referem-se a ela como Osun Osogbo - Osun da cidade de Osogbo, outros enfatizam sua proximidade com Logunede, ora apresentado como filho, ora como mensageiro, havendo entre ambos tão estreita relação que chegam a ser considerados complementares. 

Outros mitos, ainda, a apresentam como esposa de Ifá. E aqueles que a apresentam como esposa de Sangô narram que ao tomar conhecimento da morte do marido, ficou desesperada, transformou-se num rio. 

Bastante cultuada em Osogbo, é considerada também, a divindade protetora de Abeokuta. Seus devotos freqüentemente dedicam-lhe um córrego ou rio, chamando-o de odo Osun - rio de Osun, ao lado do qual colocam o santuário. Chamada mãe das crianças, a ela pertence a fertilidade de homens e mulheres. 

Todo ano, por ocasião do festival realizado em sua homenagem, mulheres estéreis tomam água de seu santuário esperando retornar no ano seguinte com os filhos por ela concedidos, para agradecerem a graça alcançada. Não apenas a fertilidade pertence a Osun. A prosperidade também. 

Além disso, confere a seus devotos a desejada proteção contra acontecimentos adversos. Assim sendo, é invocada nas mais distintas circunstâncias, pois não há o que não possa fazer para ajudar seus devotos. 

Os sacerdotes de Osun, normalmente, trançam os cabelos de modo feminino e usam colares feitos de contas transparentes da cor do âmbar, tornozeleiras, braceletes e diversos objetos de bronze e metais amarelos. 

Seu assentamento guarda o ota (pedra); uma espada de metal amarelo ou um leque; uma tornozeleira; alguns búzios; moedas; pente, peregun; tecido branco. Ao lado fica um pote de água com seu axé. Em muitos assentamentos encontramos, também, estatuetas representando uma mulher de cabelos trançados, segurando um bebê ou amamentando. 

É comum encontrarmos o assentamento de Logunedé junto ao de Osun.

PEDRO T' OGUM - BREVE RESUMO SOBRE OXUM

Motumbá meus (minhas) irmãos (ãs). 

Com grande alegria, aqui estou, representando não somente o BLOG OLHOS DE OXALÁ, mas bem como todos que colaboram com o andamento deste que vem a ser um instrumento de comunicação a todos que fazem parte de nossa religiosidade. Seja ela do CANDOMBLÉ ou da UMBANDA SAGRADA.

Estou me referindo a EQUIPE OLHOS DE OXALÁ, como também aos CO-AUTORES que fazem deste instrumento um meio cada vez melhor de aprendizado. E como não poderia deixar de ser aqui estou dando início a toda uma SEQÜÊNCIA de postagens voltadas a MÃE OXUM.


Mas para isto, devemos tomar como ponto de partida, a sua origem. De onde ela vem? Por que esse nome? Enfim, são pequenas perguntas básicas mas que fazem toda a diferença. Sendo assim, devemos saber que Oxum é a divindade do rio de mesmo nome que corre na Nigéria, em Ijexá e Ijebu. Era, segundo dizem, a segundo mulher de Xangô, tendo vivido antes com Ogum, Orunmilá e Oxossi. 

Uma das grandes devoções relacionadas a esta ORIXÁ, vem de origem feminina onde acredita-se que as mulheres que desejam ter filhos dirigem-se a Oxum, pois ela controla a fecundidade, graças aos laços mantidos com Ìyámi-Àjé (“Minha Mãe Feiticeira”).

Além disso devemos lembrar de sua relação com OGUM, de quem Oxum é chamada de Ìyálóòde (Iaodê). Título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade. Além disso, ela é a rainha de todos os rios e exerce seu poder sobre a água doce, sem a qual a vida na terra seria impossível, bem como Senhora das Cachoeiras, algumas áreas de Lagoas, e até uma qualidade, que pega um pouco do encontro das águas salgadas com as águas doces. 

Uma outra realidade voltada à OXUM são de fato os seus axés constituídos por pedras do fundo do rio Oxum, de jóias de cobre e de um pente de tartaruga. O amor de Oxum pelo cobre, o metal mais precioso do país iorubá nos tempos antigos, é mencionado nas saudações que lhe são dirigidas: “Mulher elegante que tem jóias de cobre maciço”. Uma conotação que a lida diretamente com Oyá, em sua qualidade OPARÁ.

É uma cliente dos mercadores de cobre. Onde limpa suas jóias de cobre antes de limpar seus filhos. Lembrando que OXUM também é a senhora do Ouro, mineral em sua maioria encontrado em seus fundamentos também. Sua docilidade e sua realeza. Seu gosto pelas vaidades são divinamente visualizadas, quando OXUM, dança majestosamente no meio de seu povo.

É aquela que se banha divinamente e sedutoramente nas suas águas doces dos rios e cachoeiras e com sua personalidade nos encanta cheia de mistérios.