Páginas

segunda-feira, 26 de março de 2012

MENSAGEM DE UMA AMIGA DO ORKUT

Motumbá amigos (as) de nosso BLOG OLHOS DE OXALÁ

Assim como tenho vindo aqui agradecer por todas as mensagens que me são enviadas via PERFIL OLHOS DE OXALÁ (O BLOG), lá no ORKUT. Hoje eu venho agradecer da mesma maneira por uma inovação: um texto meditativo, bem interessante enviado por minha amiga TETE, que além de ser amiga fíel de anos na minha vida. É uma mulher que além de morar num estado maravilhoso onde eu mesmo já morei por oito anos lindos da minha vida. Estou falando do RIO DE JANEIRO. É uma CATÓLICA fervorosíssima, praticante e assídua.

Uma pessoa que em momento algum me criticou pela minha escolha religiosa e que mesmo assim esta comigo em todas as horas, mesmo com nossa separação digamos geográfica. Então partilho com vocês este mesmo texto que ela me enviou tão carinhosamente e que de fato nos fala muitas coisas. 

TETE 

Dona Cacilda é uma senhora de 92 nos, miúda, e tão elegante, que todo o dia, às 8 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão. E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.


Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, eu dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas de tecido florido que enfeitavam a janela. Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma a garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.

"Ah, eu adoro essas cortinas."

"Dona Cacilda, a senhora ainda não viu seu quarto, espera mais um pouco."

"Isso não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada. Vai depender de como eu preparo a minha expectativa. E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo. 

Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem."

"Simples assim?"
"Nem tanto; isso é para quem tem autocontrole e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos a fora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em conseqüência, os sentimentos."

Calmamente ela continuou:

"Cada dia é um presente; e, enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua 'Conta de Lembranças'. E aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de Lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica."

Depois me pediu para anotar:

1. Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe seu médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago.

2. Freqüente, de preferência, seus amigos alegres. Os "baixo-astrais" puxam você para baixo.

3. Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo. E o nome do diabo é Alzheimer.

4. Curta coisa simples.

5. Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego; ria para você mesma no espelho, ao acordar e que o sorriso seja sua última 'atitude' antes de dormir.

6. Lágrimas acontecem. Agüente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é você mesmo. Esteja vivo enquanto você viver e seja uma boa companhia para si mesmo.

7. Esteja sempre rodeado daquilo de que você gosta: pode ser família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio, sua mente seu paraíso.

8. Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável, melhore-a da maneira mais simples: caminhe, sorria, beba água, ore, veja comédias, leia piadas ou histórias de aventuras, romances e comédias.

9. Não faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, pega carona numa cauda de cometa, imagine os mais diversos objetos formados pelas nuvens no céu, mas evite as viagens ao passado, pois você pode ficar retido na estação errada. Escolha as lembranças que quer ter; não se deixe dominar por elas ou perderá o direito à escolha.

10. Diga a quem você ama que você realmente o ama, e diga isso em todas as oportunidades, através do olhar, do toque, das palavras, das ações diárias e do carinho. Seja feliz com seu próprio sentimento e não exija retribuição; você terá, de graça, o que o outro sentir; nada mais, nada menos.

Livro: Códigos da Vida
Autor: Legrand

AS DEVOÇÕES PARTICULARES SÃO CORRETAS?

Hoje, estou aqui levado por uma forte intuição de meditar sobre as diversas formas de devoções voltadas aos nossos Orixás, formas de dar o nosso melhor. Onde através deles podemos louvar e exaltar essas energias provenientes da natureza. 

Muitas vezes ficamos pensando se o fato de fazer uma comida bem feita a um determinado Orixá em oferenda pode nos ajudar em algo. Bom, vou ser sincero, a partir do momento em que surge em nossos corações a vontade própria de fazer uma comida destinada a um Santo (orixá) ou uma entidade. Já é um contato do seu lado espiritual com o grande cosmos que nos envolve.

Sentir a vontade de fazer, sem pensar muito em motivos ou pedidos a serem feitos. A compra dos ingredientes e materiais, a própria confecção em si já é um grande louvor. Pois estamos desprendendo parte de nós mesmos, parte de nosso tempo, tirando até uma parte financeira para confeccionar um bom prato já é um agrado. 

Aprendi que tudo tem de ser feito com amor e isso os ORIXÁS vêem muito, pois conhecem nossas intenções. Podemos nem saber direito os ritos para se fazer algo que agrade um Orixá em questão ou até uma entidade. Mas se sabemos que vamos fazer de coração é a porta aberta para eles verem isso com o coração. Desde uma vela acesa, o colocar uma roupa branca para fazer um agradinho. Elaborar a idéia. Podem ter certeza que isso, será muito levado em conta. 

Vejam através destas pequenas fotos alguns exemplos de entrega, de vontade, de devoção para os Orixás: 


Uma quitanda pra Ogum

Um bolo para Oxum

Um Balaio para Oxóssi ou para Caboclos
 

Uma feijoada beneficente para Ogum

São exatamente coisas assim que nos animam, que nos fazem tornar mais humanos e mais próximos das emanações boas de nossos amigos Orixás. As vezes, o simples gesto de caridade com um irmão necessitado é muito mais visto por seus olhos espirituais, que muitas vezes perder horas e dinheiro firmando velas desnecessariamente com o coração cheio de mágoas e ressentimentos. 

Não digo que ascender velas, seja errado, eu mesmo todo os dias acendo uma velinha pra meu Ogum, outra para Oxaguian, sem esquecer nunca das minhas devoções para Oxum, Yemanjá e Iansã. Mas saber perdoar tem um peso muito grande nessa hora. 

Vamos pensar nisso com carinho, assim como fui levado a pensar hoje pela manhã. Vamos deixar que o coração fale mais alto e que lá no fundo possamos ter a ousadia de fazer um agrado sem nos preocupar com os ditos daqueles que nos rodeiam. Mas que façamos tudo voltado aos Orixás de bom coração.

A FUNÇÃO DA YABASSÊ NO CANDOMBLÉ

Iyabassê

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

No candomblé, a Iyabassê ou Iyabassé é responsável pelo preparo dos alimentos sagrados. Todos iniciados podem auxiliá-la, sendo ela a responsável por qualquer falha eventual.


Muitos se perguntam: YALASÉ, para que serve dentro de um terreiro de candomblé??? 

O que faz?? 

Qual a sua importancia?? 

Para que serve? 

Esse posto existe em todos os asés?? 

É a mesma coisa de yabassé??? 

Bem, ja se começa que esse posto é muito usado no Gantois e é totoalmente diferenciado do posto de yabassé.


A YABASSÉ cuida dos asés do sacrificios e dos segredos da cozinha do orisá, e as vezes até da cozinha de brancos[comida do dia a dia das pessoas do terreiro]. 

È muito comum ter yalasé em asés no qual a liderança é masculina, alguns citam como a yalorisá do asé após o babalorisá ,ou mesmo a yalorisá junto com o babalorisá, ou posto para assumir pos-mortem do babalorisá,, mas porque uma yalorisá em casa de babalorisá? 

Tentarei dar uma explicação na qual me ensinaram: Em uma casa de candomblé a partir que todos são participantes de uma mesma família espiritual, se estabelecem como uma familia biológica, quase sanguínea, e sempre há a proibição de casamentos ou relacionamentos entre os irmãos, pais, e filhos de santo. 

Explicarei o DNA espiritual de uma casa de candomblé: Eles poderão ser: IRMÃOS DE SANTO. São todos aqueles que forem iniciados ou tomarem obrigações com o mesmo babalorisá. 

IRMÃO DE ESTEIRA: são irmãos que foram iniciados ou tomaram obrigação juntos na mesma casa de candomblé,fazendo parte do mesmo grupo de iniciados , conhecidos também como irmãos de barco. 

IRMÃO DE AXÉ: são todos que foram iniciados ou tomarem obrigações na mesma casa de candomblé, mas por pessoas diferentes,podendo ser até do mesmo barco ou de esteira.Esta questão de legitimidade de axé de poder ou não poder fazer, determina normas até para o babalorisá, yalorisá e yalasé, eles não podem iniciar seus irmãos carnais, seus pais e filhos carnais. 

Eles poderão ser iniciados na mesma casa do candomblé , mas pelas mãos de outra pessoa. 

Qual enfim a utilidade da yalasé no terreiro de candomblé? 

Vou dar um exemplo prático para o entendimento desse posto: 

Um casal que ou o marido ou a mulher já seja iniciados na casa do candomblé, e o outro precisa se iniciar ou tomar obrigação e alimenta o forte desejo de ser da mesma casa, ou se for suspenso ogan ou ekedy (yorubá, no Gantóis), o babalorisá ficará sempre a frente de tudo, dando toda a orientação da iniciação ou obrigação, mas quem irá iniciar será a yalasé, isso fará que os dois não se tornem irmãos de santo. 

Este processo, é utilizado para manter todos numa mesma casa de candomblé, participando todos do mesmo asé. 

Serão filhos de direito do babalorisá, mas não de fato. 

Serão irmãos de asé e não de santo. 

Este processo também é para que não se perca o critério de respeito e seriedade da religião, servindo também para os homossexuais de relacionamentos fixos. A yalasé também inicia certos orisá na qual o babalorisá, por ser homem, não pode colocar as mãos, não pode inicar, exemplo: NANÃ, EWÁ e YOBA


E qual a função da YAKEKERÊ

A YAKEKERÊ é a mãe pequena do terreiro, ela auxilia nas iniciações dos yawos, YAKEKERÊ não pode fazer as funções da YALASÉ, pois se a ela fosse dada a função de iniciar as pessoas as quais o babalorisá não pudessem, ou os orisá a qual a homem não se é permitido por as mãos, ela seria da mesma forma irmãs deles e o problema de consangüinidade espiritual permaneceria por ter sido ela iniciada ou adoxada pelo mesmo osú que todos os irmãos usam. 

Qual a função e utilidade dela em um terreiro que tenha YALASÉ

Na verdade, o que uma JIBONÃN (mãe criadeira) faz com os seus filhos que ela esta criando, a YAKEKERÊ deve fazer com todos do egbé (terreiro). A YAKEKERÊ reúne os atributos de mestra e fiscalizadora dos ensinamentos ancestrais e a determinação da YALASÉ, pois a YAKEKERÊ divide com a YALASÉ, ombro a ombro, as responsabilidades civis e religiosas do terreiro. 

A YALASÉ é o cartão de visita do terreiro, e no impedimento ou sua ausência a YAKEKERÊ responde pela parte da YALASÉ

Assim como o BABALORISÁ é o porta voz do orisá patrono, e a YALASÉ a porta voz do BABALORISÁ, a YAKEKERÊ é porta voz da YALASÉ perante a comunidade, pois o terreiro de candomblé é um modo de viver com hierarquia, como em um quartel. 

No interior de um barracão sentam-se em suas cadeiras com suas posições de postos como em uma reunião hierárquica de quartel: ao lado direito da cadeira do BABALORISÁ senta-se a YALASÉ, ao lado esquerdo do BABALORISÁ, as cadeiras da YAKEKERÊ, YÁ EFUN, JIBONÃN DO ASÉ, YÁ EGBÉ, e outros postos e cargos do asé. 

Os convidados de outros terreiros como babalorisá, yalorisás, ogans, ekedys, sentam-se em cadeiras ao lado da yalasé. 

BABALORISÁ: pai do orisá, sacerdote iniciado e com obrigações cumpridas, preparado para o exercícios de sacerdote ao culto aos orisás. 

YALASÉ: (para alguns o mesmo de YALORISÁ) palavra reduzida do termo que significa e fala sobre um dos princípios mais antigos da criação: iyagbalabá, agbalabá e yaagbá!


Postado por Egbomi Odé Mirò  

Iyakekerê
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Iyakekerê é o mesmo que Mãe Pequena, é a segunda pessoa na casa, na ausência da Iyalorixá ou Babalorixá é ela que assume o comando. Está sempre presente e faz parte de todos os preceitos e obrigações.

A FUNÇÃO DO BABALORIXÁ

Babalorixá


O babalorixá, ou baba (pai), é um sacerdote e líder de um centro de culto de uma das religiões afro-brasileiras. O termo é especialmente, mas não sempre, utilizado pelos líderes de terreiro de candomblé.

Na sua função sacerdotal, o babalorixá faz consultas aos orixás através do jogo de búzios, uma vez que, no Brasil, não há o hábito de se consultar o babalawo, chefe supremo do jogo de Ifá. Isso se deve à ausência da figura do mesmo na tradição afro-brasileira, desde a morte de Martiniano do Bonfim, segundo os mais antigos ocorrida por volta de 1943.

Desde então, o professor Agenor Miranda era convocado para escolher a mãe-de-santo nos grandes terreiros baianos, mas agora, com os avanços tecnológicos e com a imigração voluntária de africanos para o Brasil, ouve-se falar de novos Babalawos na tradição brasileira, donde a necessidade de diferenciar ifá de merindelogun e jogo de búzios.


Na sua função administrativa, é o responsável maior por tudo o que acontece na casa - a quantidade de filhos-de-santo, a de pessoas para serem atendidas - problemas a serem resolvidos - e nela ninguém faz nada sem a sua prévia autorização. Conta com a ajuda de muitas pessoas para a administração da mesma, cada uma com uma função específica na hierarquia, embora todos os auxiliares conheçam de tudo para atender a qualquer eventualidade.

Nas casas menores de candomblé, o Babalorixá, além da função sacerdotal acumula diversas outras funções, devendo ser conhecedor das folhas sagradas, seus segredos e aplicações litúrgicas; em caso de rituais ligados aos eguns, ou se especializa, ou consulta um ojé quando necessário.

Quando a casa ainda não tem um axogun confirmado, ele mesmo faz os sacrifícios; quando a casa ainda não tem alagbê, normalmente o Babalorixá convida alagbês das casas co-irmãs para tocar o candomblé; na ausência da iyabassê ou ekedi, ele mesmo faz as comidas dos orixás, costura as roupas das iaô, faz as compras e outras tarefas do dia-a-dia.

O candomblé pode ser considerado uma religião brasileira com origem em diversos sistemas místico-religiosos de origem africana. Nessa perspectiva corresponde simultâneamente a um sistema etnomédico ou medicina tradicional de matriz africana que vem sendo mantido (e recentemente reconstruído a partir das demandas pelo revival das medicinas tradicionais) a partir da sua origem nas diferentes culturas yorubá, bantu entre outras. 

A função do babalorixá do nesse caso ganha destaque especial por sua relação com Obaluaiyê ou com a referida prática de colher as folhas sagradas atribuídas, segundo Bastide, ao Babalosaim dedicado ao culto de Osanyin.